O brasileiro Gabriel Bortoleto está confirmado como piloto titular da Sauber na Fórmula 1 em 2025 e seguirá na equipe quando o time passar a se chamar Audi a partir de 2026. Com isso, ele encerra um hiato de oito anos sem titulares do País na principal categoria do automobilismo, desde a aposentadoria de Felipe Massa, em 2017. Recentemente, Bortoleto completou 20 anos, e vem tendo uma ascensão meteórica nas categorias diretamente abaixo da F-1.
Ele foi campeão da Fórmula 3 logo em seu ano de estreia, em 2023, e é atualmente o líder da Fórmula 2, a duas rodadas duplas do final da temporada. Seu nome passou a circular como um possível alvo da Audi, no final de julho, e as conversas ganharam força com a grande performance do brasileiro no GP da Itália, quando ele venceu a corrida principal saindo da última colocação. Mas havia um entrave, resolvido nas últimas semanas: Bortoleto era piloto da academia da McLaren, que o liberou para que ele pudesse ser anunciado ainda com o campeonato da F-2 em andamento.
Nas categorias de base, o brasileiro não vinha de resultados tão expressivos até assinar com a A14 Management, que passou a guiar sua carreira em setembro de 2022. Ele conseguiu um teste com a equipe Trident, foi bem, e garantiu sua vaga na F-3. Vencendo o título logo na sua estreia e com um bom projeto de patrocínio por trás, Bortoleto conseguiu uma boa vaga também na F-2 de 2023, na Invicta Racing, além de ter entrado para o programa de jovens pilotos da McLaren.
Ele teve alguns problemas técnicos e azares no começo do ano, mas ao longo da temporada foi mostrando regularidade e cresceu no último terço do campeonato, saindo da etapa do Azerbaijão na liderança. Faltam rodadas duplas, no Qatar e em Abu Dhabi, e ele tem 4.5 de vantagem para o segundo colocado. O plano de carreira inicial era fazer dois anos de F2, lutando pelo título logo de cara.
No entanto, o objetivo de Gabriel era mais alto: emular Oscar Piastri, Charles Leclerc e George Russell e ser campeão como estreante na F3 e na F2. Até porque, esse tipo de currículo não é ignorado pelas equipes de F1. Embora não tenha conquistado o feito, ainda, ele fez o bastante para que a Audi se interessasse.
A Audi, por sua vez, vem investindo pesado na equipe que continuará como Sauber até o final de 2025. A fábrica montada pelos alemães para fazer o motor da F1 de 2026 tem um nível de maquinário até superior ao das concorrentes. Porém, o desafio de competir de igual para igual com fabricantes com larga experiência na F1 é grande e não se espera que sua unidade de potência estreie no mesmo nível dos rivais.
Folhapress