É grande a chance de o Brasil ter um jogador no topo do mundo depois de 17 anos. Nesta segunda-feira, Vinícius Júnior é favorito a levar a Bola de Ouro, renomada premiação entregue pela revista France Football. A cerimônia de premiação começa às 16h (horário de Brasília), e será realizada no Théâtre du Châtelet, em Paris.
A revista francesa leva em consideração a temporada europeia, de agosto de 2023 a julho de 2024, para apontar uma lista de 30 finalistas, a partir da qual jornalistas de 180 países fazem listas individuais e ordenam de primeiro a quinto colocado quais são os melhores jogadores de futebol da temporada. Assim, os atletas recebem uma pontuação que é somada para definir o vencedor.
No período considerado, Vini Jr. foi protagonista de uma jornada de brilho com a camisa do Real Madrid, ainda que não tenha números tão superlativos como Cristiano Ronaldo e Lionel Messi em seus anos de glória. Ele fez 24 gols e deu 11 assistências em 39 partidas pelo time em que continua figurando como o principal astro, ofuscando o francês Kylian Mbappé.
Na semana passada, a poucos dias da premiação, Vini teve apresentação de gala, com três gols na vitória por 5 a 2 sobre o Borussia Dortmund, pela Liga dos Campeões. A atuação não será levada em conta para a definição do ganhador. Talvez nem precise.
O atacante de 24 anos foi decisivo para as conquistas do Campeonato Espanhol e, especialmente, da Liga dos Campeões. Sua estrela brilhou, inclusive, na decisão do torneio europeu do qual foi eleito o melhor jogador. Foi dele o gol que definiu a vitória por 2 a 0 sobre o Borussia Dortmund, em Wembley, e garantiu ao time espanhol seu 15º troféu da mais importante competição de clubes da Europa.
"Vini foi mais funcional nas partidas importantes da Liga dos Campeões, ajudou muito a equipe no título contra o Borussia Dortmund, sendo um dos líderes em assistências no torneio e marcando muitos gols decisivos", constata Ronaldo Fenômeno, ganhador da Bola de Ouro em 1997 e 2002, em declaração à Betfair.
O artilheiro norueguês Erling Haaland, o volante espanhol Rodri, o astro francês Mbappé e o meio-atacante inglês Jude Bellingham, este dois últimos companheiros de Vini no Real Madrid, são os principais concorrentes do brasileiro pela premiação que coroa o melhor jogador do planeta.
"O Vini vem de uma temporada brilhante com o Real Madrid, com um rendimento espetacular e títulos importantes. Está merecendo levar este troféu e ajudar o Brasil a figurar com um jogador entre os melhores do mundo novamente", opina Ronaldo.
Ridicularizado quando chegou ao Real Madrid e criticado exageradamente por, àquela época, ainda não estar pronto, Vini amadureceu, aprimorou seus fundamentos, evoluiu consideravelmente e se consolidou como uma das maiores estrelas do futebol mundial, ainda que não seja capaz de repetir na seleção brasileira o que faz no time espanhol. No Brasil, com pouquíssimas atuações elogiáveis, tem sido pudico e não assumiu o protagonismo com o vácuo deixado por Neymar, como era esperado.
"Na seleção, o Raphinha demonstra mais protagonismo que o Vini", opina o pentacampeão Denílson em entrevista ao Estadão. "Acho que com o retorno do Neymar, dividindo a atenção, ele possa jogar melhor, mais tranquilo".
Na Espanha, o AS já comparou feitos do brasileiro aos de Pelé, e o Marca vaticinou: Vini será o melhor do mundo. "De protagonista de paródias e de todo tipo de situações que tentavam torná-lo ridículo, passou a ser respeitado e temido por quem o enfrenta", escreveu a publicação.
Se confirmado no topo, o fluminense de São Gonçalo será apenas o terceiro atleta, desde 2008, a vencer a premiação além de Lionel Messi e Cristiano Ronaldo, que monopolizaram a disputa por mais de uma década. Os outros dois são o atual companheiro de clube, Luka Modric, eleito em 2018, e o centroavante francês Karim Benzema, condecorado em 2022.
"Vinícius ganhará a Bola de Ouro, para mim está muito claro e não pode haver mais ninguém ganhando", disse Carlo Ancelotti, o técnico de um "garoto que muito humilde, que evoluiu muito".
Treinador do Milan em 2007, Ancelotti era o técnico de Kaká quando ele faturou a Bola de Ouro. O ex-meia-atacante foi o último brasileiro a receber a honraria, dada também a Ronaldo, Rivaldo e Ronaldinho Gaúcho.
No período considerado, Vini Jr. foi protagonista de uma jornada de brilho com a camisa do Real Madrid, ainda que não tenha números tão superlativos como Cristiano Ronaldo e Lionel Messi em seus anos de glória. Ele fez 24 gols e deu 11 assistências em 39 partidas pelo time em que continua figurando como o principal astro, ofuscando o francês Kylian Mbappé.
Na semana passada, a poucos dias da premiação, Vini teve apresentação de gala, com três gols na vitória por 5 a 2 sobre o Borussia Dortmund, pela Liga dos Campeões. A atuação não será levada em conta para a definição do ganhador. Talvez nem precise.
O atacante de 24 anos foi decisivo para as conquistas do Campeonato Espanhol e, especialmente, da Liga dos Campeões. Sua estrela brilhou, inclusive, na decisão do torneio europeu do qual foi eleito o melhor jogador. Foi dele o gol que definiu a vitória por 2 a 0 sobre o Borussia Dortmund, em Wembley, e garantiu ao time espanhol seu 15º troféu da mais importante competição de clubes da Europa.
"Vini foi mais funcional nas partidas importantes da Liga dos Campeões, ajudou muito a equipe no título contra o Borussia Dortmund, sendo um dos líderes em assistências no torneio e marcando muitos gols decisivos", constata Ronaldo Fenômeno, ganhador da Bola de Ouro em 1997 e 2002, em declaração à Betfair.
O artilheiro norueguês Erling Haaland, o volante espanhol Rodri, o astro francês Mbappé e o meio-atacante inglês Jude Bellingham, este dois últimos companheiros de Vini no Real Madrid, são os principais concorrentes do brasileiro pela premiação que coroa o melhor jogador do planeta.
"O Vini vem de uma temporada brilhante com o Real Madrid, com um rendimento espetacular e títulos importantes. Está merecendo levar este troféu e ajudar o Brasil a figurar com um jogador entre os melhores do mundo novamente", opina Ronaldo.
Ridicularizado quando chegou ao Real Madrid e criticado exageradamente por, àquela época, ainda não estar pronto, Vini amadureceu, aprimorou seus fundamentos, evoluiu consideravelmente e se consolidou como uma das maiores estrelas do futebol mundial, ainda que não seja capaz de repetir na seleção brasileira o que faz no time espanhol. No Brasil, com pouquíssimas atuações elogiáveis, tem sido pudico e não assumiu o protagonismo com o vácuo deixado por Neymar, como era esperado.
"Na seleção, o Raphinha demonstra mais protagonismo que o Vini", opina o pentacampeão Denílson em entrevista ao Estadão. "Acho que com o retorno do Neymar, dividindo a atenção, ele possa jogar melhor, mais tranquilo".
Na Espanha, o AS já comparou feitos do brasileiro aos de Pelé, e o Marca vaticinou: Vini será o melhor do mundo. "De protagonista de paródias e de todo tipo de situações que tentavam torná-lo ridículo, passou a ser respeitado e temido por quem o enfrenta", escreveu a publicação.
Se confirmado no topo, o fluminense de São Gonçalo será apenas o terceiro atleta, desde 2008, a vencer a premiação além de Lionel Messi e Cristiano Ronaldo, que monopolizaram a disputa por mais de uma década. Os outros dois são o atual companheiro de clube, Luka Modric, eleito em 2018, e o centroavante francês Karim Benzema, condecorado em 2022.
"Vinícius ganhará a Bola de Ouro, para mim está muito claro e não pode haver mais ninguém ganhando", disse Carlo Ancelotti, o técnico de um "garoto que muito humilde, que evoluiu muito".
Treinador do Milan em 2007, Ancelotti era o técnico de Kaká quando ele faturou a Bola de Ouro. O ex-meia-atacante foi o último brasileiro a receber a honraria, dada também a Ronaldo, Rivaldo e Ronaldinho Gaúcho.
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Criado em 1956, o prêmio será entregue pela 66ª vez. A honraria foi concedida de forma independente entre 1956 e 2009 e novamente a partir de 2016, após fim da parceria de seis anos com a Fifa, que, posteriormente, com o fim da fusão, criou o The Best.
CRAQUE ALÉM DA BOLA
A importância de Vini Jr. vai além dos campos de futebol. Seguido por mais de 50 milhões de pessoas nas redes sociais, o astro do Real Madrid e da seleção brasileira usa sua influência para fomentar causas sociais, como a luta antirracista.
Suas ações foram reconhecidas pela France Football no ano passado, quando a revista deu ao jogador o Prêmio Sócrates por causa dos serviços prestados à sociedade pelo Instituto Vini Jr., um projeto voltado à educação de jovens por meio do esporte e fundado em 2020.
O instituto tem parceria com escolas públicas e oferece um programa de capacitação docente focado em práticas pedagógicas antirracistas, luta da qual o atacante do Real Madrid se tornou um símbolo. Ao longo das últimas temporadas, ele adotou uma postura combativa após sofrer inúmeros ataques racistas de torcedores rivais em estádios espanhóis.
"Não sou vítima de racismo. Eu sou algoz de racistas", enfatizou o jogador no dia em que três torcedores do Valencia foram condenados a oito meses de prisão e a dois anos de afastamento dos estádios por ter insultado o atleta com ofensas raciais. Aquela foi a primeira condenação penal do tipo na história da Espanha.
Confira os indicados para a Bola de Ouro:
Jude Bellingham (Real Madrid)
Ruben Dias (Manchester City)
Phil Foden (Manchester City)
Federico Valverde (Real Madrid)
Emiliano Martinez (Aston Villa)
Erling Haaland (Manchester City)
Nico Williams (Athletic Bilbao)
Granit Xhaka (Bayer Leverkusen)
Artem Dovbik (SK Dnipro-1/Girona/Roma)
Toni Kroos (Real Madrid)
Vinicius Junior (Real Madrid)
Dani Olmo (RB Leipzig/Barcelona)
Florian Wirtz (Bayer Leverkusen)
Martin Ödegaard (Arsenal)
Mats Hummels (Borussia Dortmund)
Rodri (Manchester City)
Harry Kane (Bayern de Munique)
Declan Rice (Arsenal)
Vitinha (Paris Saint-Germain)
Cole Palmer (Manchester City/Chelsea)
Dani Carvajal (Real Madrid)
Lamine Yamal (Barcelona)
Bukayo Saka (Arsenal)
Hakan Çalhanoglu (Inter de Milão)
William Saliba (Arsenal)
Kylian Mbappé (Paris Saint-Germain/Real Madrid)
Lautaro Martinez (Inter de Milão)
Ademola Lookman (Atalanta)
Antonio Rüdiger (Real Madrid)
Alejandro Grimaldo (Valencia)