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Publicada em 09 de Outubro de 2024 às 20:34

Sogipa precisa arrecadar R$1 milhão em um mês para jogar a Superliga B de vôlei

Equipe masculina do clube conquistou o acesso ao torneio no início deste mês

Equipe masculina do clube conquistou o acesso ao torneio no início deste mês

Sogipa/Divulgação/JC
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Cássio Fonseca
Cássio Fonseca Repórter
A classificação para a Superliga B de vôlei masculino, através do 1º lugar na Chave Sul da Superliga C, trouxe uma corrida contra o tempo para a Sogipa. À espera da carta-convite da Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) para ingressar na competição, o clube tem a árdua tarefa de captar cerca de R$ 1 milhão, a fim de viabilizar sua participação no torneio. Por conta do prazo apertado, a verba precisa vir exclusivamente de patrocinadores.
A classificação para a Superliga B de vôlei masculino, através do 1º lugar na Chave Sul da Superliga C, trouxe uma corrida contra o tempo para a Sogipa. À espera da carta-convite da Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) para ingressar na competição, o clube tem a árdua tarefa de captar cerca de R$ 1 milhão, a fim de viabilizar sua participação no torneio. Por conta do prazo apertado, a verba precisa vir exclusivamente de patrocinadores.
Dentro de quadra, a vaga foi conquistada na semana passada, em Chapecó, após a vitória sobre o AVP/Semel Piçarras-SC. A partir daí, se iniciou a busca por recursos. Atrás de uma grande quantia, o clube ainda precisa definir rapidamente de onde virá o aporte. A Superliga se inicia no dia 22 de novembro, e se estende até abril do ano que vem. Com pouco mais de um mês para encher os cofres, a Sogipa aposta na figura de Renan Dal Zotto, padrinho do projeto, para atrair investidores. O ex-técnico da seleção brasileira é cria das categorias de base dos gaúchos e, como jogador, também fez carreira de sucesso com a amarelinha.
Dal Zotto se coloca como figura central na busca por patrocinadores. Será dele a função de ir às reuniões e fechar parcerias que viabilizem a disputa. Caso o projeto saia do papel e a equipe esteja em quadra no final do mês que vem, a Sogipa será o único clube gaúcho em uma das duas principais competições do País. O objetivo, inclusive, é seguir subindo e chegar à Superliga A, em 2026.
O montante de R$ 1 milhão assusta em um primeiro momento, mas se justifica pela complexidade dos gastos. Quem explica o orçamento previsto é o vice-presidente de esportes do clube, Marco Doval: “Os jogos fora envolvem hospedagem, alimentação e transporte terrestre. A CBV patrocina as passagens aéreas. Em casa, temos os gastos de preparação, como a arbitragem.
A logística para participar já chega próximo dos R$ 500 mil, mas para este tipo de competição, já não podemos ter o jogador voluntário. Precisamos fidelizar os atletas para não correr o risco de, no meio do torneio, eles receberem propostas e seguirem adiante. Essa parte da contratação envolve os outros R$ 500 mil”.
Caso chegue até a final, a Sogipa disputa dez jogos em casa, e outros dez como visitante. Os gastos com material humano ainda envolvem comissão técnica, massagistas, fisioterapeutas e demais profissionais que compõem a engrenagem de uma equipe de alto rendimento. A fidelização dos atletas, como destaca Doval, também culmina na cobrança de resultados por parte da direção.
O prazo apertado no calendário ainda impede a busca por outros modelos de negócios. As leis de incentivo ao esporte, conforme explica Doval, também seriam de grande ajuda, mas a viabilização dos benefícios exige cerca de quatro a cinco meses. Em junho deste ano, a Sogipa sequer havia estreado na Superliga C.
“O prazo é sempre um problema porque o projeto via lei de incentivo demanda a montagem e aprovação pelo órgão público. Se tratando de Superliga, isso é impraticável. Não existe, no Brasil, nenhum clube que esteja trabalhando com projeto incentivado”, destaca o dirigente.
Para adentrar na competição, o clube não precisa ter o valor total em mãos, mas sim os acordos firmados com a garantia de recebimento. Isso porque a ausência nas partidas por conta da inviabilidade econômica resulta em punições severas, por conta da desorganização do calendário.

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