Uma investigação que busca desarticular grupo suspeito de desviar recursos públicos destinados a projetos amparados pela Lei de Incentivo ao Esporte cumpriu 13 mandados de busca e apreensão e bloqueou quase R$ 180 milhões em ativos dos investigados. A operação, batizada da Fair Play, foi deflagrada nesta segunda-feira (30) e é conduzida pela CGU (Controladoria-Geral da União) e pela PF (Polícia Federal).
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Segundo as investigações, o grupo seria liderado por um ex-agente público do Ministério do Esporte que estaria envolvido em crimes relacionados ao uso indevido de recursos de renúncia fiscal --a lei permite que pessoas e empresas destinem parte do IR (Imposto de Renda) a projetos esportivos.
Até o momento, os projetos analisados pela CGU somam mais de R$ 10 milhões em pagamentos, mas o valor pode ser maior, já que nem todos os projetos executados ou em execução foram auditados. O esquema investigado envolveria a utilização indevida desses recursos, desviando verbas públicas através de contratos fraudulentos. As contratações seriam então direcionadas para prestadores de serviço e fornecedores relacionados a dirigentes das entidades investigadas.
Também foram identificadas movimentações financeiras que apontam para a prática de lavagem de dinheiro. Os investigadores analisaram documentos e informações sobre projetos executados entre 2019 e 2022 por cinco entidades sem fins lucrativos --quatro em Belo Horizonte e uma em São Paulo.
Folhapress