Depois de um domingo (1º) com uma rara ausência no lugar mais alto do pódio, o Brasil voltou a conquistar medalhas de ouro nos Jogos Paralímpicos de Paris nesta segunda-feira (2). Foram quatro em três modalidades diferentes: natação, levantamento de peso e arremesso de disco.
O país fechou o dia com 11 medalhas, incluindo mais quatro de prata e três de bronze. No total, são 38 até o momento, o que assegura a permanência da delegação verde e amarela entre as cinco primeiras colocadas do quadro geral de medalhas, em quarto, atrás de China, Grã-Bretanha e Estados Unidos.
Posição de destaque também foi alcançada pela nadadora Carolina Santiago, que, ao conquistar o ouro na prova dos 50 metros livre da classe S13, tornou-se a maior campeã da história do Brasil em Paralimpíadas. A brasileira era favorita na disputa, que considera sua especialidade.
A pernambucana viajou a Paris com três ouros na bagagem, conquistados nos Jogos de Tóquio, em 2021, quando venceu os 50 metros livre, os 100 metros livre e os 100 metros peito. Na capital francesa, ela já havia vencido os 100 metros costas e, com o título desta segunda, chegou ao quinto ouro na carreira. E ainda pode mais, uma vez que vai disputar nos próximos dias os 200 metros medley, os 100 metros livre e os 100 metros peito.
Ainda nas piscinas da Arena La Défense, Gabriel Araújo confirmou a previsão que ele mesmo havia feito antes do megaevento e conquistou seu terceiro ouro nesta edição dos Jogos, ao vencer os 200 metros livre da classe S2.
O nadador teve um tempo bastante superior aos dos seus adversários, terminando a prova em 3min58s92, à frente do russo Vladimir Danilenko, que registrou 4min14s16 e ficou com a prata, e do chileno Alberto Diaz, bronze com 4min22s18.
A natação brasileira contou ainda com um pódio duplo, com as gêmeas Beatriz e Débora Carneiro, que levaram, respectivamente, a prata e o bronze nos 100 metros peito feminino SB14. O ouro ficou com a britânica Louise Fiddes, reverenciada no pódio pelas duas brasileiras. "Eu me sinto emocionada por carregar uma medalha. Só a gente sabe o que a gente sofre, que a gente perde festa, perde muita coisa para estar aqui. A natação é nossa vida. Eu me sinto muito honrada", disse Beatriz.
No Stade de France, o Brasil assegurou mais duas medalhas de ouro no atletismo. Primeiro com Claudiney Batista no lançamento de disco classe F56, que lhe rendeu o novo recorde mundial, com 46,86 m. E, depois, com Beth Gomes, que dominou a final do lançamento de disco F53. Mais cedo, a brasileira já havia assegurado uma medalha, a prata no arremesso de peso F54.
O Brasil teve ainda as medalhas de prata conquistadas por Renan Cordeiro, no triatlo PTS5 — primeira do País na modalidade —, e por Aser Ramos, no salto em distância classe T36, além do bronze de Vinícius Rodrigues nos 100 metros T63.
No badminton, Vitor Tavares levou o bronze ao superar por 2 sets a 1 Chu Man Kai, de Hong Kong, com parciais de 23/21, 16/21 e 21/12.
Por fim, além dos brasileiros que subiram no pódio, Bruna Alexandre assegurou mais uma medalha para o Brasil ao avançar para as semifinais do tênis de mesa. Como não há disputa do terceiro lugar na modalidade, ela certamente colocará um prêmio no pescoço — só ainda não sabe de que cor.
A brasileira disputa a semifinal nesta terça-feira (3), contra a australiana Yang Quian, às 8h45min de Brasília.
Folhapress