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Publicada em 26 de Agosto de 2024 às 17:00

Confira quem são os paratletas que representarão o Rio Grande do Sul nas Paralimpíadas

O esgrimista Jovane Guissone é um dos 13 gaúchos que competirão em Paris

O esgrimista Jovane Guissone é um dos 13 gaúchos que competirão em Paris

Fabricio Jr/CPB/Divulgação/JC
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João Pedro Flores Repórter
A capital da França sediará em breve mais um grande evento esportivo. A cerimônia de abertura dos Jogos Paralímpicos de Paris está marcada para as 15h da próxima quarta-feira (28), e até o dia 8 de setembro mais de 3 mil paratletas competirão pelos pódios de 22 modalidades.
A capital da França sediará em breve mais um grande evento esportivo. A cerimônia de abertura dos Jogos Paralímpicos de Paris está marcada para as 15h da próxima quarta-feira (28), e até o dia 8 de setembro mais de 3 mil paratletas competirão pelos pódios de 22 modalidades.
Nesta edição, o Brasil contará com a maior delegação de sua história. São 254 paratletas espalhados por 20 esportes diferentes. Destes, 13 são gaúchos. Conheça um pouco sobre cada um deles:
• Ana Paula Gonçalves Marques - Natural de Porto Alegre, tornou-se paraplégica aos 20 anos, após uma tentativa de assassinato. Experimentou diversos esportes e se destacou na vela, modalidade na qual se sagrou campeã do mundo em 2018. Em Paris, representará o Brasil no halterofilismo, que pratica desde 2016.
• Aser Mateus Almeida Ramos - O também porto-alegrense compete na classe T36 do atletismo, destinada a pessoas com paralisia cerebral — a sua é decorrente de uma icterícia neonatal. Já conquistou uma medalha de ouro no salto em distância e outra de prata na corrida de 100 metros, ambas obtidas nos Jogos Parapan-Americanos de 2023.
• Jonatan Felipe Borges da Silva - O canoense perdeu a visão ainda criança, em razão de um descolamento de retina seguido de catarata, e, aos 16 anos, conheceu o futebol de cegos através de um colega, sendo convocado para a Seleção de base pouco tempo depois. O pivô da equipe brasileira traz no currículo ouros no Campeonato Brasileiro de 2022 e nos Jogos Parapan-Americanos de 2023.
Jonatan da Silva é um dos destaques da Seleção Brasileira de Futebol de Cegos | Alessandra Cabral/CPB/Divulgação/JC
Jonatan da Silva é um dos destaques da Seleção Brasileira de Futebol de Cegos Alessandra Cabral/CPB/Divulgação/JC
• Jovane Silva Guissone - O multimedalhista de Barros Cassal teve a mobilidade das pernas comprometida após ser atingido por um disparo durante assalto. Passou a treinar a esgrima em cadeira de rodas três anos depois do ocorrido e, desde então, acumula conquistas na modalidade, como as medalhas de ouro e prata nas Paralimpíadas de 2012 e 2020, respectivamente, e diversos pódios em campeonatos continentais e mundiais.
• Kevin Gabriel de Souza Damasceno - O jovem esteiense de 20 anos nasceu com meningomielocele, uma malformação da coluna vertebral, e pratica a esgrima em cadeira de rodas desde os oito anos. Estreante em Jogos Paralímpicos, já foi campeão mundial sub-23 no ano passado e tem três títulos brasileiros.
• Marcelo Adriano de Azevedo Casanova - O caxiense — que fará 21 anos durante os Jogos de Paris — tem deficiência visual moderada em decorrência do albinismo. É praticante de judô desde os nove anos, e somente em 2021 passou a lutar como paratleta. Traz na bagagem ouros nos Jogos Pan-Americanos de 2022 e no Parapan de 2023.
• Maria Eduarda Machado Stumpf - Natural de Itaqui, nasceu com os movimentos dos braços limitados devido a uma lesão durante o parto. Praticou diversos esportes, mas se encontrou no taekwondo, modalidade na qual já conquistou ouros no Parapan, em etapa do Grand Prix e no Pan Am Series II, todos ocorridos em 2023
• Mônica da Silva Santos - Nascida em Santo Antônio da Patrulha, Mônica perdeu o movimento das pernas por causa de um angioma medular, malformação dos vasos sanguíneos. Descobriu a esgrima em cadeira de rodas seis anos depois, e já conquistou dois ouros e um bronze em torneios Regionais das Américas.
• Reinaldo Vagner Charão Ferreira - Natural de São Gabriel, foi diagnosticado com paralisia cerebral ainda pequeno. Se encantou pelo tiro com arco aos 15 anos, competindo em torneios amadores até se profissionalizar em 2019. Conquistou ouros no Pan-Americano da modalidade deste ano e de 2022, além de ter sido bicampeão brasileiro, em 2021 e 2022.
Reinaldo Ferreira pratica tiro com arco há mais de 30 anos | Ana Patricia Almeida/CPB/Divulgação/JC
Reinaldo Ferreira pratica tiro com arco há mais de 30 anos Ana Patricia Almeida/CPB/Divulgação/JC
• Ricardo Steinmetz Alves - O osoriense teve a visão comprometida aos seis anos, devido a um descolamento de retina. Aos 10, começou a jogar futebol de cegos, esporte que já rendeu ao ala o título de melhor jogador do mundo três vezes. Com múltiplos pódios na carreira, “Ricardinho” é tetracampeão paralímpico, tricampeão mundial e pentacampeão parapan-americano.
• Roberto Alcalde Rodriguez - Nascido em Bagé, tem mielomeningocele congênita e pratica natação desde os oito anos. Mesmo com a sensibilidade das pernas comprometidas, competiu por muito tempo contra atletas sem deficiência. Já conquistou três ouros e um bronze em Jogos Parapan-Americanos, além de um ouro no Mundial de 2013.
• Vanderson Luis da Silva Chaves - O porto-alegrense se tornou paraplégico há 16 anos, após um acidente com arma de fogo. Faz parte da Seleção Brasileira de Esgrima em Cadeira de Rodas e participou duas vezes das Paralimpíadas — em Paris, busca seu primeiro pódio na competição. Traz consigo duas pratas e um bronze em Campeonatos das Américas.
• Wallison André Fortes - Natural de São Luiz Gonzaga, sofreu um acidente e teve a perna amputada em 2017. Praticou natação por algum tempo, mas migrou para o atletismo, onde ganhou um ouro nos 200 metros no Mundial deste ano e é recordista brasileiro dos 100, 200 e 400 metros da classe T64.

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