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Publicada em 26 de Julho de 2024 às 10:31

Sorteio complica vida de Mayra Aguiar, que pegará a líder do ranking

Mayra Aguiar é a 12ª colocada no ranking da Federação Internacional de Judô

Mayra Aguiar é a 12ª colocada no ranking da Federação Internacional de Judô

COB/Divulgação/JC
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Folhapress
Maior medalhista do judô olímpico do Brasil, com três bronzes, Mayra Aguiar, deu azar no sorteio do chaveamento das Olimpíadas de Paris. A gaúcha, que compete na categoria até 78 kg, terá pela frente a primeira colocada no ranking mundial, a italiana Alice Bellandi. Apesar de liderar o ranking, Bellandi não tem nenhuma conquista olímpica nem mundial.
Maior medalhista do judô olímpico do Brasil, com três bronzes, Mayra Aguiar, deu azar no sorteio do chaveamento das Olimpíadas de Paris. A gaúcha, que compete na categoria até 78 kg, terá pela frente a primeira colocada no ranking mundial, a italiana Alice Bellandi. Apesar de liderar o ranking, Bellandi não tem nenhuma conquista olímpica nem mundial.
Seu melhor resultado é a medalha de prata no Mundial deste ano, em Abu Dhabi (Emirados Árabes Unidos). A brasileira, atual 12ª colocada no ranking da Federação Internacional de Judô, além de ter mais experiência, conta com um currículo respeitabilíssimo: além dos bronzes em Olimpíadas (Londres 2012, Rio 2016 e Tóquio 2020), acumula oito medalhas em Mundiais (desde 2010, são três ouros, duas pratas e três bronzes).
O duelo entre Mayra e Bellandi será no dia 1º de agosto, na arena no Campo de Marte, local de disputa do judô nestes Jogos Olímpicos. Na competição, uma derrota significa a exclusão da disputa pelo ouro. O derrotado precisa torcer para que seu algoz avance na competição para que tenha chance de, via repescagem, conquistar o bronze.
"Estamos dentro dos Jogos Olímpicos e cada luta tem que ser encarada como uma final. Alguns combates já são decisivos na primeira luta", disse Marcelo Theotonio, chefe de equipe do judô do Brasil. "Mas, como experiência, a gente vê que há categorias em que os favoritos caem na primeira luta."
Mayra Aguiar compete em Paris por recorde absoluto entre brasileiras. Outros brasileiros que já ganharam medalhas em Olimpíadas não terão vida tão dura na estreia como a de Mayra, que é também, ao lado de Fofão, do vôlei (já aposentada), a mulher com mais pódios do Brasil nos Jogos (três).
A veterana Ketleyn Quadros, bronze em Pequim 2008 e 25ª no ranking até 63 kg, lutará contra a espanhola Cristina Cabaña Pérez, 31, 26ª colocada. Ouro no Rio 2016, Rafaela Silva (até 57 kg), não luta na primeira rodada devido ao ranqueamento (quarta do mundo) e aguardará para combater Maysa Pardayeva, do Turcomenistão (19ª no ranking), ou Qi Cai, da China (22ª).
Daniel Cargnin, bronze em Tóquio 2020 e sexto do mundo, pegará Akil Gakova (17º), de Kosovo, na categoria até 73 kg. Bronze em Londres 2012 e no Rio 2016, Rafael Silva, o Baby (mais de 100 kg), outro veterano do Time Brasil (37 anos) e 14º no ranking, encara Ushangi Kokauri, do Azerbaijão (17º).
A equipe de judô brasileira ainda conta com Natasha Ferreira (até 48 kg), Larissa Pimenta (até 52 kg), Beatriz Souza (acima de 78 kg), Michel Augusto (até 60 kg), William Lima (até 66 kg), Guilherme Schimidt (até 81 kg), Rafael Macedo (até 90 kg) e Leonardo Gonçalves (até 100 kg). O programa olímpico do judô começa neste sábado (27), com os pesos mais leves do feminino e do masculino. O judô é o esporte que mais rendeu pódios ao Brasil em Olimpíadas. São 24 medalhas: 4 de ouro, 3 de prata e 17 de bronze.

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