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Publicada em 24 de Julho de 2024 às 13:58

Abatido por eliminações em sequência, Inter precisa reencontrar seu DNA vencedor

Roger tem árdua missão de recuperar um time que acumula decepções na temporada

Roger tem árdua missão de recuperar um time que acumula decepções na temporada

Ricardo Duarte/Divulgação/JC
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Juliano Tatsch
Juliano Tatsch Editor-assistente
O que há de errado com o Sport Club Internacional? Porque o clube acumula fracassos dentro de campo? O que houve com o “campeão de tudo” que, em pouco mais de uma década, tornou-se o “eliminado de tudo”?
O que há de errado com o Sport Club Internacional? Porque o clube acumula fracassos dentro de campo? O que houve com o “campeão de tudo” que, em pouco mais de uma década, tornou-se o “eliminado de tudo”?
O empate em 1 a 1 com o Rosário Central e a consequente eliminação na repescagem da Copa Sul-Americana na noite desta terça-feira (23), no Beira-Rio, se somou a outras nove eliminações em competições de mata-mata jogando em Porto Alegre desde 2019. Isso mesmo: são 10 fracassos em frente à própria torcida em um período de cinco anos.
São eliminações para Flamengo, Athletico-PR, Vitória, Olimpia (PAR), Melgar (PER), Caxias, América-MG, Fluminense, Juventude e Rosário Central.
O cenário de falta de perspectivas gera piadas, inclusive. Uma delas diz que a conhecida faixa “Bem-vindos ao inferno” que se vê em todos os jogos no Beira-Rio é direcionada à própria torcida colorada. Flautas à parte, o fato é que o torcedor do Inter está cansado. Cansado de acreditar, cansado de nutrir esperanças, cansado de defender o seu amado clube, cansado de investir seu suado dinheiro, cansado de sonhar com dias melhores.
É inegável que é difícil defender a gestão do presidente Alessandro Barcellos. São três anos e meio sem conquista alguma. O Colorado sob a batuta de Barcellos sequer chegou na final do Gauchão nas últimas três disputas.
A impressão que se tem é que o Inter está completamente perdido. O clube entrou em um espiral derrotista que fez com que os dirigentes se atrapalhassem ao ponto de perderem o contato com o DNA vencedor que faz parte da instituição.
Barcellos iniciou a gestão apostando no novo. Demitiu o veterano Abel Braga vice-campeão brasileiro e trouxe o moderno Miguel Ángel Ramirez. Depois, manteve a ideia de algo novo, trazendo “Cacique” Medina, que foi substituído pelo “velho” Mano Menezes, que deu lugar à convicção Coudet, que foi demitido para a chegada do estudioso Roger Machado. Roger que trouxe com ele o conhecido Paulo Paixão e que por muito pouco não teve ao seu lado aquele ultrapassado Abel Braga, que não retornou ao Beira-Rio porque negou o convite da direção que o demitira para apostar na modernidade.
Difícil de entender, não é?
Para este ano, Barcellos tentou uma outra cartada: abrir os cofres, contratar jogadores caros e conhecidos e tentar montar uma espécie de “super time”, como se um elenco recheado de jogadores com altos salários e de nome fosse dar conta de resolver problemas estruturais e institucionais que se arrastam por anos.
Obviamente, não deu certo.
A saída para o Colorado é vencer. O problema é que não se vence por acaso, não se vence na sorte, não se vence com a camisa. Estádio cheio e torcida apaixonada não ganham campeonato. Conquistas até podem ocorrer por um estalo, a famosa “liga”, quando um grupo de jogadores desacreditado forma um conjunto com o treinador, a direção e a torcida, e isso tudo junto leva ao triunfo, mesmo sem um grande planejamento anterior.
No caso do Inter, porém, há uma clara desconexão entre as arquibancadas, os gabinetes da diretoria, o vestiário e o campo. O Inter se perdeu de seu DNA vencedor. Ele ainda está lá, soterrado sob tantas eliminações frustrantes, quase esquecido. Mas está lá, e é preciso urgentemente encontrá-lo. Missão para Barcellos, Roger e jogadores. A torcida tem feito a sua parte. O clube é que não tem retribuído.

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