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Publicada em 07 de Julho de 2024 às 19:03

Retorno do Inter ao Beira-Rio alivia comerciantes do entorno do estádio

Colorado retornou ao seu estádio neste domingo (7), após 70 dias longe de casa

Colorado retornou ao seu estádio neste domingo (7), após 70 dias longe de casa

SILVIO AVILA/AFP/JC
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Bolívar Cavalar
Mesmo nas mais agradáveis viagens, a sensação de retornar para casa é única. O sentimento de pertencimento ao estar em seu próprio lar contagia até os mais apaixonados por passeios. Foi regado desta emoção que o Internacional e sua torcida se reencontraram, neste domingo (7), no estádio Beira-Rio. Após mais de dois meses longe do Gigante em razão das enchentes que devastaram Porto Alegre e o Rio Grande do Sul em maio, o Colorado retornou ao seu estádio para a partida contra o Vasco da Gama, pela 15ª rodada do Campeonato Brasileiro. Para marcar o retorno, os torcedores realizaram, antes do jogo, uma marcha pela avenida Padre Cacique, em que carregavam bandeirões com as cores do Inter e da bandeira gaúcha e cantavam as tradicionais músicas de torcida.
Mesmo nas mais agradáveis viagens, a sensação de retornar para casa é única. O sentimento de pertencimento ao estar em seu próprio lar contagia até os mais apaixonados por passeios. Foi regado desta emoção que o Internacional e sua torcida se reencontraram, neste domingo (7), no estádio Beira-Rio.

Após mais de dois meses longe do Gigante em razão das enchentes que devastaram Porto Alegre e o Rio Grande do Sul em maio, o Colorado retornou ao seu estádio para a partida contra o Vasco da Gama, pela 15ª rodada do Campeonato Brasileiro. Para marcar o retorno, os torcedores realizaram, antes do jogo, uma marcha pela avenida Padre Cacique, em que carregavam bandeirões com as cores do Inter e da bandeira gaúcha e cantavam as tradicionais músicas de torcida.
Além do reencontro entre clube e torcida, este domingo simbolizou um alívio para os bares, restaurantes, quiosques e trabalhadores ambulantes que costumam ocupar o entorno do Beira-Rio para comercializar bebidas, comidas e apetrechos do Colorado. Este é o caso de Irineu Severo, proprietário do Irineu’s Bar, que viu seu estabelecimento ser tomado pelas águas em maio e agora celebra o retorno do movimento a partir da volta do Inter ao Beira-Rio.

“Ficamos 20 dias parados, deu mais de um metro de água aqui dentro (do bar), a gente perdeu muita coisa”, relata Irineu. Apesar dos impactos, o proprietário afirma que não cogitou fechar o bar que está localizado na frente do estádio colorado há cerca de 13 anos.

A situação é parecida para Roberto Carlos de Oliveira, dono do quiosque Churrasquinho e Hambúrguer do Robertinho, que teve que paralisar os serviços após as enchentes. A barraquinha é a única fonte de renda do comerciante, que afirma ter passado por um período de dificuldade com a saída forçada do Inter de sua casa, mas agora tem a perspectiva de que aos poucos as vendas normalizem. Apesar disso, ele não esconde o medo de ocorrerem novos alagamentos. “A gente tem o receio (de acontecer de novo), só que a gente tem que vir trabalhar”, disse o proprietário.

Mesmo em momentos de crise e dificuldades como o que os gaúchos passaram nos últimos meses, há pessoas que enxergam novas oportunidades. Após as enchentes, o empresário Márcio Lara observou, junto de cinco amigos, que muitos negócios estavam saindo do entorno do Beira-Rio. Assim, eles idealizaram o Alento Bar, que foi inaugurado neste domingo e tem a expectativa de alçar voos mais altos.

Conforme Márcio, ele e seus sócios apresentaram um projeto de bar para as marcas de cerveja Amstel e Heineken, que patrocinam diversas competições de futebol e compraram a ideia. O objetivo é fazer do Alento Bar um “bar modelo”, com áreas VIPs e um espaço para aluguel de churrasqueiras. Ainda que no primeiro dia de funcionamento, os sócios puderam observar grande movimento de colorados. “Já quase acabou a cerveja antes de começar o jogo”, brincou o sócio.
Para os torcedores, o reencontro com o time e o estádio também significou muito. “Agora em todos que der a gente vai estar aqui. Hoje estava chovendo e deu vontade de desistir, mas nós viemos”, disse Juliana Padilha, de 32 anos, que assiduamente comparece ao Gigante. Amiga de Juliana, Priscila Dornelles, de 24 anos, comentou o que sentiu de não poder acompanhar o Inter em seu estádio por mais de dois meses:  “Foi difícil, principalmente porque a gente está acostumada a vir nos jogos em casa, e como ficou longe eu acabei não indo aos jogos em outros estados”.
O casal de colorados Cláudia Costa, 45 anos, e Evaldo Oliveira, 42 anos, levou o afilhado Kauã Lima, 14 anos, para acompanhar o Inter neste reencontro. Apesar das dificuldades que o clube passou em função da enchente, o adolescente não desanima e acredita que o Inter ainda trará alegrias à torcida neste ano. “Tem que tentar ganhar alguma coisa, porque o povo colorado já está sofrendo muito, então pelo menos que o Inter ganhe as partidas e dê uma felicidade para o torcedor”, torce Kauã.
 

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