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Publicada em 24 de Junho de 2024 às 16:07

Um Grêmio sem rumo e com perspectivas nebulosas pela frente

Renato precisa encontrar soluções para estancar a queda gremista

Renato precisa encontrar soluções para estancar a queda gremista

Lucas Uebel/Grêmio/Divulgação/JC
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Juliano Tatsch
Juliano Tatsch Editor-assistente
Seis derrotas seguidas, sete derrotas em nove jogos no campeonato Brasileiro, zagueiro insuficiente na zaga jogando de centroavante, presidente brigando com a gestão da Arena, vice de futebol desaparecido, treinador empilhando desculpas, mais uma derrota em Gre-Nal (a terceira seguida). É, torcedor gremista, a situação do Tricolor não é nada boa.
Seis derrotas seguidas, sete derrotas em nove jogos no campeonato Brasileiro, zagueiro insuficiente na zaga jogando de centroavante, presidente brigando com a gestão da Arena, vice de futebol desaparecido, treinador empilhando desculpas, mais uma derrota em Gre-Nal (a terceira seguida). É, torcedor gremista, a situação do Tricolor não é nada boa.
Fatores externos e circunstâncias inevitáveis atrapalharam o time de Renato Portaluppi neste momento da temporada? É inegável que sim.
O time perdeu atletas importantíssimos por lesão (Diego Costa) e por convocações para a Copa América (Villasanti e Soteldo). A tragédia climática arrasou o estádio e o centro de treinamentos fazendo com que o grupo de jogadores tivessem de ficar longe do RS por vários e vários dias em sequência. O mês sem jogar deixou a equipe em atraso na tabela e com acúmulo de jogos
Tudo isso é verdade.
Entretanto, somado aos problemas os quais o clube não tem responsabilidade, estão os repetidos erros da direção gremista e do treinador.
Senão vejamos.
O Grêmio ainda sofre hoje com a péssima janela de contratações do meio da temporada passada. Foram cinco contratações: Iturbe, Luan, Besozzi, J.P Galvão e Rodrigo Ely. Três deles já foram embora e os dois que ficaram a torcida não quer ver nem pintados em campo.
No ano passado, porém, havia um extraterrestre em campo vestindo a camiseta gremista de nome Luiz Suárez, e o time fez uma bela campanha no Brasileirão, após conquistar o Campeonato Gaúcho no primeiro semestre.
O uruguaio, porém, foi embora neste ano e, após muita hesitação, a direção contratou Diego Costa para o comando de ataque. O centroavante tem dado conta do recado, mas, já é um jogador veterano, e é esperado que fique fora de partidas em razão de desgaste físico ou lesões. Seu substituto direto é aquele mesmo J.P Galvão que, em um ano no clube, fez 3 gols. Todos sabiam que o Grêmio precisava de mais um centroavante de bom nível no grupo, mas a direção não se mexeu.
A utilização de Rodrigo Ely como centroavante no final do Gre-Nal do último sábado por parte de Portaluppi soa quase como um grito de socorro por parte do técnico. Faltam opões no elenco, faltam muitas e boas opções.
Esse cenário de escassez de qualidade não absolve por completo o treinador do time. Longe disso. O acúmulo de derrotas tem participação decisiva de Renato. O treinador faz escolhas erradas (ou há alguma explicação para a insistência com J.P. Galvão?), mantém o mesmo sistema tático mesmo não tendo peças para fazê-lo, não dá explicações convincentes para o torcedor diante da difícil situação e, principalmente, seu time dentro de campo é de uma pobreza tática incrível.
O Grêmio é um time estático. Os jogadores não se movimentam em campo. Aguardam parados por receber a bola no pé. Joga, em suma, um futebol que não tem mais espaço em 2024. Falta intensidade, falta uma vontade maior de vencer do que o adversário.
O quadro é muito difícil e é preciso estancar a queda já. Tem de ser contra o Atlético-GO, na quarta-feira (26). O Grêmio precisa, primeiramente, parar de perder. A direção tem de contratar e trazer jogadores que sabidamente darão resposta, Renato precisa parar de teimar e de brigar com a imprensa e encontrar soluções urgentemente.
Ah, e para o torcedor gremista, fica outra dica: secar a Venezuela e o Paraguai na Copa América também é uma boa pedida, pois Soteldo e Villasanti fazem muita falta.

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