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Publicada em 08 de Maio de 2024 às 20:10

Barcellos diz ser insuficiente adiamento de 20 dias no Brasileirão

Presidente do Inter defende a paralização do campeonato

Presidente do Inter defende a paralização do campeonato

FERNANDA FELTES/JC
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Agência Estado
O prazo de 20 dias dado pela CBF, sobre o adiamento dos jogos do Campeonato Brasileiro para as equipes gaúchas afetadas pelas chuvas no Rio Grande do Sul foi considerado insuficiente pelo presidente do Inter, Alessandro Barcellos. De acordo com ele, o período não é suficiente para que os times consigam se reorganizar e voltar a pensar em futebol.
O prazo de 20 dias dado pela CBF, sobre o adiamento dos jogos do Campeonato Brasileiro para as equipes gaúchas afetadas pelas chuvas no Rio Grande do Sul foi considerado insuficiente pelo presidente do Inter, Alessandro Barcellos. De acordo com ele, o período não é suficiente para que os times consigam se reorganizar e voltar a pensar em futebol.
O mandatário reforçou em seu discurso que a prioridade dos clubes agora é auxiliar a população gaúcha que vem sofrendo com os temporais que atingiram a região na última semana.
"As pessoas podem pensar que foi uma região específica da cidade. Mas não. Afetou o Estado inteiro. Cidades foram devastadas. Em Porto Alegre, 85% do município está sem água. Esse tempo (20 dias de adiamento dos jogos) é insuficiente para pensar em futebol. É uma medida inicial que tira parte do problema urgente, mas não resolve", disse Barcellos nesta quarta-feira (8).
O presidente ainda revelou que vem mantendo conversas diárias com os representantes de Grêmio e Juventude. Os três clubes representam, segundo o dirigente, o Estado nesse momento de dificuldade. A solidariedade manifestada pelas agremiações de todo o País também foi lembrada. Clubes como Atlético-MG, Athletico-PR, Palmeiras, São Paulo e Flamengo colocaram à disposição dos times do Sul suas instalações.
Apesar do sentimento de gratidão, Barcellos fez um questionamento sobre a continuação do Campeonato Brasileiro em meio à tragédia que vive a população do Rio Grande do Sul.
"Seria possível vir jogar em algum campo que temos aqui? Viajar até Florianópolis e pegar 13 horas de ônibus, porque as entradas da cidade não existem? Desculpe a veemência, mas é o sentimento de quem está dentro da água ajudando as pessoas. Estamos bastante abalados e não vamos colocar o futebol na frente da vida", afirmou.
Com o CT Parque Gigante e o Beira-Rio alagados, a diretoria chegou a cogitar a utilização das instalações das categorias de base, localizada na cidade de Alvorada. No entanto, todas as atividades envolvendo o futebol estão suspensas até segunda-feira. O elenco profissional segue sem treinar desde o final de semana, quando as chuvas atingiram o Estado.

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