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Publicada em 06 de Maio de 2024 às 17:44

CT Parque Gigante irá passar por reconstrução no pós-enchente

Parque Gigante está com a estrutura danificada por conta do avanço do Guaíba

Parque Gigante está com a estrutura danificada por conta do avanço do Guaíba

Paula Coutinho/Especial/JC
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Cássio Fonseca
Cássio Fonseca Repórter
Muitos danos decorrentes da tragédia que assola o Rio Grande do Sul serão irreparáveis. O avassalador avanço das águas do Guaíba atinge quase um milhão de gaúchos ao redor do Estado, deixando estruturas inteiras submersas. É o caso do CT Parque Gigante, que está embaixo d'água desde sexta-feira (3) e sem uma perspectiva de melhora.
Muitos danos decorrentes da tragédia que assola o Rio Grande do Sul serão irreparáveis. O avassalador avanço das águas do Guaíba atinge quase um milhão de gaúchos ao redor do Estado, deixando estruturas inteiras submersas. É o caso do CT Parque Gigante, que está embaixo d'água desde sexta-feira (3) e sem uma perspectiva de melhora.
Nos estágios iniciais de identificação dos danos no local, o Inter já promoveu alguns resgates de equipamentos com o uso de botes, mas as perdas massivas não devem ser evitadas. De acordo com o diretor do Instituto de Pesquisa Hidráulicas (IPH) da Ufrgs, Joel Goldenfum, o Guaíba não deve baixar da cota de inundação, que é de 3 metros, antes de 10 dias.
A estrutura do centro de treinamento segue sendo comprometida dia após dia, e a previsão do clube é de que será necessária a reconstrução de boa parte do espaço quando a água baixar, conforme explica o vice-presidente de Administração, André Dalto. “A gente não sabe quais são as condições do gramado. Só que a estrutura física provavelmente vai estar comprometida. Nossa equipe entrou lá em alguns momentos e viu que tinha vários móveis danificados, paredes de drywall também. Então vai precisar de uma reconstrução do CT no pós-enchente”, disse.
Além do Parque Gigante, o complexo do Beira-Rio também está sendo afetado. Primeiro, a direção precisou cancelar a arrecadação de doações no Gigantinho por conta do risco de inundação. Até então, haviam sido arrecadadas cerca de 20 toneladas de alimentos não perecíveis.
Além disso, o futebol segue impraticável no Estado. De acordo com o calendário atual, o Beira-Rio receberia três jogos no período de seis dias, o que não deve ocorrer. O primeiro seria Inter x Juventude, marcado para esta sexta-feira, pela Copa do Brasil. Depois, na segunda, dia 13, as equipes voltariam a se enfrentar pelo Brasileiro. De acordo com Dalto, é apenas uma questão de tempo até a CBF cancelar as duas partidas.
Na próxima quinta, ainda está marcado o confronto com o Delfín-EQU, pela Sul-Americana, que depende do cancelamento da Conmebol. O duelo com o Real Tomayapo, da Bolívia, deveria ocorrer nesta terça, mas foi cancelado pela entidade sul-americana.
Com a volta dos compromissos ainda distante, o grupo de jogadores sequer está treinando. Isso porque o Beira-Rio também foi invadido pela água e não apresenta condições de receber as atividades. O retorno, ainda que incerto, está marcado para quinta-feira, no estádio colorado.

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