A pivô brasileira Kamila Cardoso, 22, foi selecionada na noite desta segunda-feira (15) pelo Chicago Sky para disputar a WNBA (Women's National Basketball Association) em 2024. Atual campeã do torneio da NCAA (National Collegiate Athletic Association) pelo South Carolina Gamecocks, a brasileira foi a terceira escolha da equipe no Draft 2024 da liga feminina de basquete dos Estados Unidos.
É a melhor posição já alcançada por um atleta brasileiro nas ligas de basquete dos EUA. Ela será, ainda, a 15ª brasileira na história a competir na WNBA. Com 2,01 metros, a pivô foi a principal pontuadora e reboteira do Gamecocks ao longo da última temporada, com média de 14 pontos e quase 10 rebotes por partida.
Brilhar no basquete dos EUA era um sonho da jogadora desde que ela tinha 13 anos, em 2015, quando ela começou a jogar na escola onde estudava em sua cidade natal, em Montes Claros, Minas Gerais. Com 14 anos, ela já havia se mudado para o país da América do Norte, sozinha, para realizar seu desejo.
"A diferença de jogar basquete no Brasil e jogar basquete aqui [nos EUA], é que no Brasil nós fazemos por diversão", disse ela em recente entrevista ao site The Athletic, acrescentando: "Um monte de crianças correndo para cima e para baixo."
A mineira cresceu gostando mais de futebol, vôlei e natação e mergulho do que de basquete, mas decidiu experimentar o esporte depois que o treinador de sua irmã a viu assistindo aos treinos das arquibancadas e recomendou que ela tentasse.
Ela começou a jogar na escola secundária no Brasil, depois ganhou uma bolsa de estudos em uma escola particular à medida que se tornava uma jogadora melhor. A partir daí, ela começou a competir em torneios, o que atraiu a atenção de agentes, quando ela de fato inicou a trajetória que a levou a NWBA.
Apesar de ter se mudado cedo para fora do país, ela sempre fez questão de representar o Brasil.
Embora a seleção brasileira feminina de basquete não tenha se classificado para os Jogos Olímpicos de Paris, a pivô, que esteve junto com a equipe no pré-olímpico realizado no Pará, já pensa na possibilidade de ajudar o Brasil a conquistar uma vaga nos Jogos de Los Angeles, em 2028.
Folhapress