Julgado no início do mês por acusação de estupro contra uma mulher em Barcelona, Daniel Alves foi acusado por um colega de cela de planejar uma fuga para o Brasil. Segundo ele afirmou, a ideia seria executada caso a Justiça espanhola concedesse liberdade provisória ao lateral-direito. O atleta teve quatro pedidos negados. A defesa do jogador sempre alegou nos pedidos para responder em liberdade que ele tinha residência em Barcelona e não iria deixar o país.
De acordo com a jornalista Silvia Álamo, do canal de TV espanhol Telecinco, os funcionários da prisão de Brians, onde Alves está detido desde o ano passado, estavam cientes da intenção do jogador em escapar do cativeiro.
O ex-jogador teria, a princípio, contado o plano somente a um companheiro de prisão, mas este o teria traído ao contar os detalhes para outros detentos da cadeia. "Ele estava trabalhando naquele momento na cozinha e estava contando o que Alves havia lhe contado que seu plano era fugir para o Brasil e ele o fez, de propósito, na frente dos agentes penitenciários", afirmou Sílvia, durante o programa TardeAR.
O estado emocional do brasileiro logo após o fim do julgamento teria preocupado educadores, funcionários e demais presos, segundo relato dado pelo detento ao jornalista. Conforme afirmou, ele foi visto "deprimido e desanimado" nas dependências da prisão de Brians.
Por conta disso, a administração prisional precisou acionar um protocolo antissuicídio. "Por medo de que ele se cortasse ou fizesse alguma loucura, ele estava com esse protocolo no dia seguinte ao julgamento", contou a jornalista ao relatar a revelação do preso.
O julgamento de Daniel Alves durou três dias e foi finalizado no dia 7 de fevereiro. Na audiência do último dia, foram ouvidos peritos forenses, policiais científicos e peritos da defesa, além do próprio atleta. A partir do término, a Corte tem prazo de 20 dias para anunciar a sentença - hoje, dia 18, restam ainda nove para o fim do prazo.