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Publicada em 06 de Fevereiro de 2024 às 17:41

No segundo dia de julgamento, mulher e amigos de Dani Alves prestam depoimento

Joana Sanz afirmou que o ex-jogador estava muito bêbado no dia do suposto crime

Joana Sanz afirmou que o ex-jogador estava muito bêbado no dia do suposto crime

LLUIS GENE/AFP/JC
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Folhapress
"Ele chegou em casa muito bêbado, cheirando a álcool. Ele bateu no armário e caiu na cama." Esse trecho do depoimento de Joana Sanz, mulher de Daniel Alves, acusado de estupro na Espanha, deu o tom do segundo dia do julgamento do ex-jogador que acontece em Barcelona.
"Ele chegou em casa muito bêbado, cheirando a álcool. Ele bateu no armário e caiu na cama." Esse trecho do depoimento de Joana Sanz, mulher de Daniel Alves, acusado de estupro na Espanha, deu o tom do segundo dia do julgamento do ex-jogador que acontece em Barcelona.
Tanto Sanz quanto o amigo Bruno Brasil, que acompanhou Alves à boate Sutton na noite de 30 de dezembro de 2022, quando ele teria estuprado uma jovem no banheiro, fizeram declarações evidenciando que o brasileiro havia tomado muito álcool na ocasião. Outros dois amigos corroboraram a informação.
Na Espanha, o uso de substâncias pode configurar um atenuante e uma redução da pena pela metade. Alves está preso na capital da Catalunha, desde 20 de janeiro do ano passado e encara nesta quarta o último dia de seu julgamento na Audiência de Barcelona, palácio de Justiça no centro da cidade. A sentença será dada alguns dias depois.
Quarto a falar de uma lista de 22 testemunhas, Bruno Brasil afirmou que eles pediram um garrafa de uísque na janta, antes de irem à festa. Minutos depois, questionado pela defesa, voltou ao assunto. Disse que no restaurante pediram, além do uísque, pelo menos quatro garrafas de vinho. E que Alves deve ter bebido pelo menos uma garrafa e meia.
"Foi o Alves quem mais bebeu no restaurante?", perguntou a advogada de defesa, Inés Guardiola. "Sim", ele respondeu. Ao salientar o fato de estarem bebendo tanto, Bruno Brasil parece estar seguindo orientação da defesa.
Assim, Guardiola busca reduzir pela metade a pena, caso Alves seja julgado culpado de estupro. A pena máxima para o crime na Espanha, sem agravantes, é de 12 anos, tempo pedido pela acusação. A defesa pede a absolvição.
Daniel Alves apresentou quatro versões diferentes sobre aquela noite. Na primeira, o brasileiro havia afirmado que não conhecia a mulher. Depois, disse que entrou no banheiro com ela, mas nada aconteceu. Na terceira, afirmou à Justiça que houve apenas sexo oral. Na sequência, declarou que houve penetração, mas com consentimento. Agora, ao mudar de estratégia pela quinta vez, ele afirma que estava embriagado.
Nesta quarta-feira, no dia que se encerra o julgamento, ele irá prestar seu depoimento sobre o caso. Inicialmente, o brasileiro iria depor na segunda, mas a a data foi alterada a pedido da defesa. Com um suéter claro em cima de uma camisa escura, Alves acompanha os testemunhos de forma séria, e pouco demonstra reações. Ele entra e sai do local com algemas, colocadas com suas mãos para a frente. Elas são retiradas quando ele senta para acompanhar o julgamento.

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