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Publicada em 07 de Fevereiro de 2024 às 10:13

Irmãs gaúchas buscam patrocínio para Mundial de Canoa Havaiana

Karen Bernardes (esquerda) e Adriana Peppl (direita) se preparam para o Mundial no Havaí

Karen Bernardes (esquerda) e Adriana Peppl (direita) se preparam para o Mundial no Havaí

Maria Welter/Especial/JC
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Maria Welter
Maria Welter Repórter
A vaga no Campeonato Mundial de Canoa Havaiana já está garantida, mas agora elas estão em busca de patrocínios e parcerias para ir até o Havaí defender o Brasil. As irmãs gaúchas Adriana Peppl (56) e Karen Bernardes (52) irão representar o País na modalidade também conhecida como "va'a" (canoa, em havaiano) junto com a equipe que é completada por quatro remadoras de Brasília.
A vaga no Campeonato Mundial de Canoa Havaiana já está garantida, mas agora elas estão em busca de patrocínios e parcerias para ir até o Havaí defender o Brasil. As irmãs gaúchas Adriana Peppl (56) e Karen Bernardes (52) irão representar o País na modalidade também conhecida como "va'a" (canoa, em havaiano) junto com a equipe que é completada por quatro remadoras de Brasília.
A equipe se classificou para a disputa do Mundial de Va'a Velocidade na categoria Feminina Master 50+ ao vencerem o Campeonato Brasileiro em 2023, disputado em Brasília. O Mundial acontece em Hilo, no Havaí, entre os dias 13 e 24 de agosto. O time foi formado em 2022 e é denominado de Equipe Karawara – que significa espíritos da floresta – composta por Adriana e Karen, e pelas remadoras brasilienses Adriana Rios (52), Karina Longo (52), Mariana Abdalla (51) e Rosemary Lacerda (50).
"Não temos como falar de esportes náuticos sem falar da água. Essa água que flui, que nos faz tão bem e de onde viemos. Sempre pratiquei esportes náuticos, como o bodyboard na adolescência, depois, migrei para o stand-up-paddle. Então, a canoa havaiana começa a chegar no Brasil", conta Adriana. O primeiro contato com a nova modalidade foi em 2017, através de uma amiga que já praticava. A paixão pelo esporte foi imediata. "Eu me encontrei na canoa. Ela é muito mais que um esporte para mim, é um estilo de vida", complementa.
Foi então que convidou a irmã para praticar o esporte, que resistiu no início, mas se encantou pela canoa logo após praticar pela primeira vez. As duas praticavam esportes juntas desde a adolescência, e se conectaram ainda mais por intermédio da canoa havaiana. "A canoa é como uma família, ela sempre agrega. Ela traz as pessoas para perto, pessoas do bem, que se conectam e se conhecem", justifica Karen.

Canoa havaiana, canoa polinésia, outrigger ou va'a? O que importa é cair na água!

O nome da modalidade pode variar, sendo conhecida como canoa havaiana, canoa polinésia, outrigger ou va'a. As embarcações foram importantes durante o processo de colonização da região do triângulo polinésio, que inclui o Havaí ao Norte, a Ilha da Páscoa a Sudeste e a Nova Zelândia a Sudoeste. Os primeiros clubes de va'a foram fundados em 1908 e a primeira competição oficial, apenas para homens, foi realizada em 1917. O nome canoa havaiana é amplamente difundido justamente pelo fato de que foi no arquipélago que as embarcações começaram a ser utilizadas para prática esportiva e competições.
A denominação das canoas é feita de acordo com o número de remadores que vai dentro. Por exemplo, a OC1 (de outrigger canoe-1) é uma canoa individual com leme, enquanto uma canoa sem leme é chamada de V1 (de va'a-1). A canoa havaiana comporta até seis pessoas, mas também tem modelos para 1, 2 e quatro remadores. Dependendo das ondas, podem chegar a 20 quilômetros por hora. A embarcação é movida a remo e é considerada estável, pois possui um flutuador lateral, chamado de ama. As competições são divididas em sprint, que são as provas de velocidade, em que prevalece a explosão, e a maratona, em que são percorridas longas distâncias.
Apesar de vários nomes, a modalidade possui características únicas. Para Adriana, um dos diferenciais é a inclusão, sendo que pessoas com deficiência podem praticar a modalidade com a para-va'a, uma forma adaptada da disputa em canoa havaiana. Outra característica da modalidade é o contato com a natureza. "Acima de tudo, a canoa, para mim, é o meu bem-estar. É estar com as pessoas que eu gosto, estar conectada com a natureza, é a minha válvula de escape muitas vezes", sustenta Karen.

Como ajudar a equipe

Como as remadoras não tem dedicação exclusiva ao esporte, e se dividem em jornadas duplas de trabalho, a equipe busca auxílio para as despesas com o mundial, que estão estimadas em R$ 182.786,00, entre passagens, hospedagem e alimentação. Elas desenvolveram um projeto de patrocínio e mídia que detalha as metas, o investimento, as contrapartidas institucionais e o cronograma de aporte financeiro. É possível obter o material entrando em contato com a equipe através do Instagram @equipekarawara e podem ser feitas doações pelo Pix: [email protected].
"Estamos a todo vapor treinando para chegar lá, fazermos bonito e trazermos essa medalha. E que sirva de inspiração para outras mulheres com mais de 50 anos que desejam praticar esportes ou outras atividades, que é possível, sim. O etarismo não pode nos parar, nunca", finaliza Adriana.
 
 

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