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Publicada em 19 de Fevereiro de 2024 às 08:46

Nadadora gaúcha garante vaga nas Olimpíadas de Paris na maratona aquática

Essa será a segunda participação da atleta em Jogos Olímpicos

Essa será a segunda participação da atleta em Jogos Olímpicos

Satiro Sodré/CBDA/Divulgação/JC
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Maria Welter
Maria Welter Repórter
A nadadora gaúcha Viviane Jungblut está classificada para os Jogos Olímpicos de Paris. A vaga para disputar a prova dos 10km das águas abertas foi conquistada no Campeonato Mundial de Esportes Aquáticos, disputada na madrugada do 3 de fevereiro, em Doha, no Catar, que também garantiu Ana Marcela Cunha na disputa da prova olímpica. A confirmação oficial da World Aquatics das atletas classificadas só saiu no dia 6 do mesmo mês.
A nadadora gaúcha Viviane Jungblut está classificada para os Jogos Olímpicos de Paris. A vaga para disputar a prova dos 10km das águas abertas foi conquistada no Campeonato Mundial de Esportes Aquáticos, disputada na madrugada do 3 de fevereiro, em Doha, no Catar, que também garantiu Ana Marcela Cunha na disputa da prova olímpica. A confirmação oficial da World Aquatics das atletas classificadas só saiu no dia 6 do mesmo mês.
O passaporte carimbado para Paris veio com emoção. A prova da maratona aquática em Doha garantiria 13 vagas olímpicas; tendo terminado na 14ª colocação, Vivi não estaria classificada. Porém, como a França teve duas nadadoras entre as 13 primeiras e o país já tinha uma credencial garantida por ser sede do torneio, foi aberta uma 14ª vaga no Mundial por realocação, herdada pela gaúcha.
Essa será a segunda participação da atleta em Jogos Olímpicos. Em Tóquio 2020, a brasileira ficou fora da disputa em águas abertas por uma vaga, o que a fez buscar a classificação na natação, em que disputou 800 e 1.500m livre, tendo terminado com o na 24ª posição na primeira prova e com o 20º melhor tempo na eliminatória da segunda.
Com a vaga garantida em águas abertas, a nadadora pretende focar seus esforços para a prova de maratona aquática. Vivi afirma que ainda competirá em provas de piscina, mas não será sua prioridade.
Com a classificação de Vivi, o Brasil terá duas representantes na prova de maratona aquática em Olimpíadas. Ana Marcela Cunha, campeã em Tóquio, também se classificou no Mundial para representar o país em solo francês. A dupla brasileira protagonizou uma dobradinha nos Jogos Pan-Americanos de Santiago, em outubro de 2023, com Ana Marcela conquistando a medalha de prata e Vivi, a de bronze.
Jornal do Comércio (JC): O teu foco era a classificação olímpica na maratona aquática, como te sentes tendo alcançado esse objetivo?
Vivi: O meu foco realmente estava todo voltado para a prova de 10km. É uma felicidade muito grande ver que todo esforço valeu a pena e a classificação olímpica veio. É um trabalho de muitos anos, de muito comprometimento e dedicação. Conto com a ajuda de muitos profissionais, então esse resultado foi conquistado em conjunto.
JC: Em Tóquio, você competiu na natação e vinha se dividindo entre os calendários das águas abertas e da natação. Com a vaga garantida na maratona aquática, a decisão é por focar totalmente nessa modalidade?
Vivi: Até esse último mundial eu estava nadando as duas modalidades, mas fizemos a escolha de focar na prova de 10km, até por isso eu não fiquei em Doha para competir as provas de piscina. A partir de então eu vou focar na maratona aquática, claro que ainda vou competir algumas provas de piscina, mas não vou treinar 100% para elas.
JC: Em relação a termos duas representantes do Brasil na maratona aquática em Paris, qual a importância dessa representatividade e qual a sensação de dividir esse momento com a Ana Marcela?
Vivi: É muito importante o Brasil ter duas representantes no feminino, até para mostrar para as meninas mais novas que é possível, e temos que acreditar. A Ana Marcela sempre foi minha inspiração, e estar dividindo a seleção com ela é algo que me deixa cada vez mais motivada. Espero de alguma forma inspirar a nova geração e passar alguma experiência, para que tenhamos essa continuidade no esporte.

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