Em meio a um período conturbado no âmbito político, a CBF apresentou Dorival Júnior como novo treinador da seleção brasileira, nesta quinta-feira (11), na sede da entidade, no Rio de Janeiro. O comandante deixou o São Paulo para assumir o lugar do interino Fernando Diniz, demitido pelo presidente Ednaldo Rodrigues após o mandatário recuperar seu posto na última semana. O contrato do comandante é válido até 2026.
Em meio a um período conturbado no âmbito político, a CBF apresentou Dorival Júnior como novo treinador da seleção brasileira, nesta quinta-feira (11), na sede da entidade, no Rio de Janeiro. O comandante deixou o São Paulo para assumir o lugar do interino Fernando Diniz, demitido pelo presidente Ednaldo Rodrigues após o mandatário recuperar seu posto na última semana. O contrato do comandante é válido até 2026.
Em sua apresentação, o treinador cobrou dos jogadores uma mudança de comportamento para ajudar a equipe a sair da crise que se instaurou ao longo de 2023, provocada, sobretudo, pelo fraco desempenho nas Eliminatórias da Copa do Mundo. Ele entende que, em momentos assim, o comum no futebol é a cobrança recair sobre técnicos e seus auxiliares. Para ele, os atletas também precisam assumir mais responsabilidades.
"O atleta não tem ideia do que ele representa, de quanto ele pode, das qualidades que ele possui, do diferencial que ele pode ser. É nesse sentido que eu peço que cada um assuma um pouco mais as responsabilidades. Dividindo, é natural que você torne o fardo muito menos pesado", disse o treinador.
O Brasil vai mal nas Eliminatórias para o Mundial de 2026. A Canarinho figura, neste momento, apenas na sexta posição, a última que garante uma vaga direta no Mundial, e encerrou o último ano com uma inédita sequência de três derrotas consecutivas na disputa do torneio classificatório.
A série abreviou a passagem de Diniz à frente da equipe. Ele havia sido contratado como interino --a CBF esperava o italiano Carlo Ancelotti, que acabou renovando contrato com o Real Madrid--, e os resultados afastaram sua chance de ser efetivado.
Dorival não acredita que seja necessária uma reformulação completa, com uma mudança radical no elenco que vinha trabalhando com Diniz. O ex-comandante do São Paulo entende que seja hora de trabalhar mais o aspecto psicológico do grupo.
O novo técnico não acredita que a turbulência política possa atrapalhar seu trabalho. "É um assunto em que eu não entro. Tenho a confiança do presidente para fazer meu trabalho daqui para a frente: preparar a equipe, ganhar jogos e chegar a uma Copa do Mundo que será muito disputada."
À frente da seleção brasileira, além de conviver com a constante instabilidade na direção da CBF e buscar uma melhor pontuação nas Eliminatórias, Dorival terá como desafio recuperar a equipe para a disputa da Copa América deste ano, nos Estados Unidos. Antes disso, o Brasil terá amistosos importantes, contra Espanha, Inglaterra e México, conforme anúncio feito pela CBF nesta quinta.