Com a chegada do verão, os esportes ao ar livre são uma ótima pedida para quem deseja se movimentar. Em Porto Alegre, é possível fugir do concreto e do agito das regiões centrais ao aliar a prática esportiva e o contato com a natureza em trilhas. Uma delas é o Morro da Tapera, também conhecido como Morro da Juquinha, elevação localizada na Zona Sul da Capital.
Com a chegada do verão, os esportes ao ar livre são uma ótima pedida para quem deseja se movimentar. Em Porto Alegre, é possível fugir do concreto e do agito das regiões centrais ao aliar a prática esportiva e o contato com a natureza em trilhas. Uma delas é o Morro da Tapera, também conhecido como Morro da Juquinha, elevação localizada na Zona Sul da Capital.
Localizado entre os bairros Campo Novo, Aberta dos Morros e Hípica, o morro tem altitude de 252 metros e é o único de Porto Alegre que conta com vista panorâmica de 360º, sendo possível ver o Guaíba e boa parte da Zona Sul.
O local é visitado por grupos de caminhada, corredores, trilheiros, praticantes de voo-livre e montainbikers. Por conta das partes em mata fechada, é indicado que o percurso seja feito com acompanhamento de quem conheça a região. Uma das pessoas que organiza caminhadas no local é o educador físico, ultramaratonista de trilhas e montanhas Daniel Gohl.
"A atividade que eu pratico com o pessoal da trilha tem duas modalidades. Iniciou-se com a corrida em trilha voltada para a galera da corrida, pessoal que faz corrida em provas competitivas no Estado ou pelo Brasil. Sou o guia que acompanha eles, monto os percursos, preparo eles para as provas. No passar dos anos, surgiu a ideia de conseguir trazer mais gente, além do pessoal da corrida, para as práticas do trekking e da caminhada em montanha", explica o educador físico.
Assim, teve início o grupo de trilha de caminhadas que acontecem uma vez por mês em Porto Alegre. A caminhada é itinerente, e varia entre os morros do Tapera; São Pedro, no Extremo-Sul da Capital; e da São Caetano, conhecido por Apamecor, no bairro Teresópolis, na Zona Sul.
No último domingo (10), uma manhã fresca e de céu aberto em Porto Alegre, o Tapera recebeu um grupo de caminhada com 21 adultos e 6 crianças. A reportagem do Jornal do Comércio participou da atividade.
A saída para a trilha foi a partir da Cervejaria Steilen Berg, cervejaria artesanal que tem sua sede na base do Tapera desde 2014.
Vista de percurso na trilha do Morro do Tapera. Foto: Luciane Medeiros/Especial/JC
Na subida do morro, uma das principais características da trilha – e maior dificuldade do trajeto – já pode ser percebida: a inclinação. Existem diversas trilhas no Morro do Tapera, a escolhida pelo educador físico tinha dificuldade média a difícil. "O Tapera é uma trilha não muito longa, mas ela tem muito acentuadas as subidas e descidas, tem um grau de inclinação bem alto", explica o educador físico. Contudo, ele aponta que qualquer pessoa, independente da idade, tem condição de fazer a trilha.
Durante o trajeto, o barulho de carros da rua vai dando espaço aos sons da natureza. O canto das cigarras se junta às correntes de água que são encontradas de tempos em tempos.
Perto da metade do percurso, uma construção chama atenção em meio à natureza. Chamada de "casa mal assombrada" pelo instrutor da trilha, a edificação não foi terminada e já é tomada pelas plantas.
Em uma parada logo antes de chegar no topo, os trilheiros deram espaço aos ciclistas que desceram do topo do morro. Gohl avistou eles de uma distância grande, e o grupo foi para as laterais para evitar colisão entre os esportistas.
O ponto mais famoso da trilha fica no fim da subida, a Pedra do Rei. A grande rocha suspensa tem o desenho de um coração e foi nomeada por ciclistas que frequentavam o local em alusão ao filme Rei Leão.
A descida foi pelo outro lado do morro, com a última parte sendo feita por asfalto, na Estrada Jorge Pereira Nunes. A caminhada teve duração de 2h15min, sendo percorridos 5,77 km, com término também na cervejaria.
"O objetivo sempre é mostrar o esporte, mostrar a parte rural, essa parte que temos de Porto Alegre e é pouco explorada. Temos várias trilhas urbana em Porto Alegre, seguras, em que conseguimos mostrar essa parte em que temos um resto de floresta tropical, muita área verde ainda preservada, muitos animais", destaca Gohl.