O VDS, na Zona Sul da Capital, atua com um plano de contenção desde a segunda-feira (20) para evitar mais danos no local. "Além da contenção com os sacos de areia, evitando que a água entrasse no restaurante, também tivemos os banheiros próximos aos hangares interditados. Nossos molhes, que levam ao farol, símbolo do clube, foram cobertos assim como os trapiches dos barcos", diz o clube em nota enviada ao Jornal do Comércio.
Outra região atingida foi a dos bosques, onde ficam as churrasqueiras, os hangares das lanchas e os guinchos. O clube afirma que está com colaboradores de diversos setores de plantão para garantir que a água não danifique o patrimônio.
Área dos bosques do Veleiros do Sul alagada. Foto: Veleiros do Sul/Divulgação/JC
O Clube dos Jangadeiros, também na Zona Sul, ainda enfrentava os estragos das cheias de setembro, quando teve os os trapiches que dão acesso aos barcos tomados pela água, assim como o campo de futebol que fica em um dos extremos da ilha. Com a nova elevação do nível do Guaíba, a água voltou a invadir os espaços.
Na quarta-feira (22), a ponte que dá acesso à ilha dos Jangadeiros foi coberta pela água. Nesta quinta-feira (23), o nível do lago baixou e o acesso à ilha foi reestabelecido, assim como atividades no continente.
"Nós passamos 60 dias com os trapiches submersos. Semana passada, o nível voltou ao normal. Mas, infelizmente, há dois dias, o nível voltou a subir bastante e nós estamos de novo com todos os trapiches que dão acesso às embarcações submersos", explica Vladimir Hernandez, coordenador operacional do Clube dos Jangadeiros.
Os trapiches do Clube dos Jangadeiros estão completamente submersos. Foto: Maria Welter/Especial/JC
Além disso, o fornecimento de energia elétrica foi interrompido provisoriamente para evitar riscos para quem circula pelo local. O coordenador afirma que foram evitados mais estragos devido à contenção que fizeram com sacos de areia na parte da administração do clube, que fica no continente.
No Jangadeiros, é possível ver a biruta indicando o vento Sul, que é quando sopra do quadrante sobre a Lagoa dos Patos. Conforme a MetSul Meteorologia,
esse tipo de vento causa um "empilhamento" da água, o que dificulta o escoamento do Guaíba e faz com que ele avance sobre a cidade.