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Publicada em 31 de Outubro de 2023 às 12:16

Arenas indoor aumentam número de praticantes de beach tennis no Brasil

As arenas indoor driblam as intempéries climáticas e agrupam espaços de esporte e lazer

As arenas indoor driblam as intempéries climáticas e agrupam espaços de esporte e lazer

FERNANDA FELTES/JC
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Maria Welter Repórter
Já se foi o tempo em que o Brasil era apenas o País do futebol. Outros esportes têm caído no gosto dos brasileiros e, um especial, tem conquistado cada vez mais adeptos: o beach tennis. O esporte praticamente triplicou o número de praticantes nos últimos três anos, de 400 mil em 2021 para 1,1 milhão em 2023, segundo a Confederação Brasileira de Tênis (CBT). Comum nas regiões litorâneas, o BT – como é costumeiramente chamado pelos seus praticantes – tem ganhado as cidades com as arenas indoor.
Já se foi o tempo em que o Brasil era apenas o País do futebol. Outros esportes têm caído no gosto dos brasileiros e, um especial, tem conquistado cada vez mais adeptos: o beach tennis. O esporte praticamente triplicou o número de praticantes nos últimos três anos, de 400 mil em 2021 para 1,1 milhão em 2023, segundo a Confederação Brasileira de Tênis (CBT). Comum nas regiões litorâneas, o BT – como é costumeiramente chamado pelos seus praticantes – tem ganhado as cidades com as arenas indoor.
Mistura de vôlei de praia, tênis e badminton, o beach tennis é praticado na praia ou em quadras que tenham areia especial e sistema de drenagem. As arenas indoor driblam as intempéries climáticas e ainda costumam oferecer infraestrutura completa com churrasqueiras, bares, lanchonetes e lojas. Assim, o espaço não é só para a prática esportiva, mas se torna ambiente de lazer e confraternização.
Além da praticidade das arenas indoor, outro atrativo do BT é o fato de abranger diferentes faixas-etárias. "Qualquer pessoa, dos 18 aos 80 anos, pode pegar uma raquete e sair brincando. Então isso também facilita, porque o que acontece é que ele acaba sendo um esporte que envolve muito a família", destaca Alexandre Maia, diretor de expansão da Confederação Brasileira de Beach Tennis (CBBT) e de eventos da Federação Gaúcha de Beach Tênis (FGBT), que também trabalha com marketing esportivo.

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Praticante do esporte há 13 anos, Maia afirma que o sucesso do BT também se deve ao fato de ter sido um esporte que pouco parou durante a pandemia. "Se conseguiu criar um protocolo que as pessoas tivessem um distanciamento mínimo para poder jogar e, como se necessitava de saúde na época da pandemia, acabou que o Beach Tennis cresceu. Falando do jogo em dupla, tu conseguia ter um distanciamento mínimo do teu parceiro e também das duplas adversárias", explica o diretor da CBBT.
Vindo do tênis, Felipe Clavé conta que tinha certo preconceito com o beach tennis. "Falava que era peteca na areia, não dava muita bola", brinca Clavé. Há oito anos, viu o anúncio de aulas do esporte e treinou com Vinícius Chaparro, maior nome da história do RS no esporte, que já foi número 18 no ranking mundial da Federação Internacional de Tênis (ITF, na sigla em inglês).
Hoje, Clavé é narrador de BT e treinador da modalidade há seis meses. "Ele está em uma curva de ascendência muito grande, porque é um esporte muito democrático, ele é muito fácil de ser praticado e também tem um senso de comunidade muito forte. As pessoas que estão buscando fazer mais amigos, ter uma vida social mais ativa, elas acabam vindo pela facilidade para o beach tennis", explica o treinador.

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Para quem se interessar em começar a praticar, as arenas geralmente emprestam ou locam os materiais para as aulas e jogos. "Mas logo em seguida as pessoas compram os seus. Como o beach tennis é um esporte muito viciante, as pessoas acabam entrando em grupos, de pessoas que jogam no mesmo nível, de amigos, do condomínio, de quem vai para a praia, de quem viaja para torneio", comenta Maia.
Ele explica que uma raquete para jogadores iniciantes varia entre R$ 300,00 e R$ 500,00; as intermediárias, de R$ 350,00 a R$ 550,00; e as profissionais, com materiais mais resistentes, de R$ 1,3 mil a R$ 3 mil.

Famílias se aproximam com a prática de BT

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Mãe e filha, Cibele Morais e Manuela Morais Pereira fizeram a primeira aula de BT juntas. Foto: Fernanda Feltes/JC
O esporte tem atraído famílias, principalmente por ter se tornado um espaço em que as mulheres predominam nas quadras. A fonoaudióloga Miriam Levin começou a praticar o esporte por influência da filha, Sabrina Levin Nadolny, de 12 anos. "Em julho, estávamos viajando de férias e ela começou a jogar beach tennis na praia porque chamaram ela. Falaram para eu colocá-la porque ela tinha muito talento para isso. Como eu já tinha que trazê-la, comecei junto nas aulas", conta Miriam.
Sabrina fala que gosta de praticar o esporte com a mãe, e afirma que o que acha mais interessante do beach tennis é que pode ser praticado por pessoas de diferentes idades. "Já jogamos com uma amiga minha e a mãe dela também, foi bem legal. As jovens sempre ganham", brinca Sabrina.
Já a servidora pública Cibele Morais e sua filha Manuela Morais Pereira, de 11 anos, tiveram sua primeira aula de beach tennis juntas e pretendem continuar no esporte. Cibele conheceu a modalidade na praia, através de uma amiga. "Eu comecei a jogar hoje porque minha mãe me arrastou", brinca Manuela.

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