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Campeonato Brasileiro

- Publicada em 08 de Outubro de 2023 às 19:06

Palmeiras joga mal, é displicente e perde para o Santos após fracasso na Libertadores

A supremacia do Palmeiras no primeiro tempo não significou um Santos frágil e desorganizado

A supremacia do Palmeiras no primeiro tempo não significou um Santos frágil e desorganizado


Santos/Twitter/Reprodução/JC
O Palmeiras perdeu para o Santos na Arena Barueri em sua retomada do Campeonato Brasileiro após ser eliminado para o Boca Juniors na Libertadores. O time começou bem, mas caiu de produção nas trocas do treinador Abel Ferreira. Longe de suas características, o Palmeiras acabou o jogo desorganizado. O Santos fez um primeiro tempo inferior, nos arremates e na posse de bola, mas melhorou muito na etapa final. A vitória por 2 a 1 foi a terceira seguida da equipe da Vila (antes havia passado por Bahia e Vasco) e, consequentemente, seu afastamento da zona de rebaixamento. Agora, tem 30 pontos, três a mais que o Vasco, primeiro dentro da degola. Os palmeirenses estão no G-4, em quarto lugar, com 44 pontos.Não havia inicialmente nenhum resquício da eliminação do Palmeiras no meio da semana diante do Boca, a não ser a escolha do técnico Abel de começar com dois meninos que subiram da base e deram o que falar no duelo com os argentinos: Kevin e Endrick. Eles começaram o duelo com o Santos cercados de alguns companheiros mais experientes, como Zé Rafael e Raphael Veiga, bem diferente daquela formação unicamente de reservas na derrota para o Bragantino. Os meninos precisam ter ao lago atletas mais experientes. Desse modo, a escolha se provou acertada. Kevin e Endrick foram muito bem no primeiro tempo na Arena Barueri.Kevin abriu caminho pela esquerda, com dribles e velocidade. Endrick fez o mesmo pelo lado direito, com mais penetração pelo meio, característico de um camisa 9. Rony foi o atacante centralizado. Ajudou e atrapalhou, na média, foi apenas razoável. Tanto Kevin quanto Endrick tiveram chances de marcar, em chutes de longe, fortes, que obrigaram o goleiro santista João Paulo a fazer boas defesas. Endrick ainda acertou um tirambaço no travessão. O Palmeiras foi melhor e teve 70% de posse de bola. Errou alguns passes, mas esteve o tempo todo na área rival.A supremacia do Palmeiras no primeiro tempo não significou um Santos frágil e desorganizado, como talvez os números de dez arremates antes mesmo dos 20 minutos e maior posse de bola pudessem indicar. O time de Marcelo Fernandes optou por três zagueiros e uma saída de bola em velocidade, tendo Marcos Leonardo na frente brigando entre os zagueiros. Era um Santos consciente.Antes dos gols, um de cada lado nos 45 minutos iniciais, o goleiro João Paulo já se destacava. Os gols saíram depois dos 40. O primeiro foi do Palmeiras, único a ter torcida em Barueri. Zé Rafael triscou a cabeça em bola levantada na área por Gabriel Menino. Não demorou para o visitante empatar, também de cabeça, com Rincón na segunda trave, numa das poucas tentativas do Santos.
O Palmeiras perdeu para o Santos na Arena Barueri em sua retomada do Campeonato Brasileiro após ser eliminado para o Boca Juniors na Libertadores. O time começou bem, mas caiu de produção nas trocas do treinador Abel Ferreira. Longe de suas características, o Palmeiras acabou o jogo desorganizado. O Santos fez um primeiro tempo inferior, nos arremates e na posse de bola, mas melhorou muito na etapa final. A vitória por 2 a 1 foi a terceira seguida da equipe da Vila (antes havia passado por Bahia e Vasco) e, consequentemente, seu afastamento da zona de rebaixamento. Agora, tem 30 pontos, três a mais que o Vasco, primeiro dentro da degola. Os palmeirenses estão no G-4, em quarto lugar, com 44 pontos.

Não havia inicialmente nenhum resquício da eliminação do Palmeiras no meio da semana diante do Boca, a não ser a escolha do técnico Abel de começar com dois meninos que subiram da base e deram o que falar no duelo com os argentinos: Kevin e Endrick. Eles começaram o duelo com o Santos cercados de alguns companheiros mais experientes, como Zé Rafael e Raphael Veiga, bem diferente daquela formação unicamente de reservas na derrota para o Bragantino. Os meninos precisam ter ao lago atletas mais experientes. Desse modo, a escolha se provou acertada. Kevin e Endrick foram muito bem no primeiro tempo na Arena Barueri.

Kevin abriu caminho pela esquerda, com dribles e velocidade. Endrick fez o mesmo pelo lado direito, com mais penetração pelo meio, característico de um camisa 9. Rony foi o atacante centralizado. Ajudou e atrapalhou, na média, foi apenas razoável. Tanto Kevin quanto Endrick tiveram chances de marcar, em chutes de longe, fortes, que obrigaram o goleiro santista João Paulo a fazer boas defesas. Endrick ainda acertou um tirambaço no travessão. O Palmeiras foi melhor e teve 70% de posse de bola. Errou alguns passes, mas esteve o tempo todo na área rival.

A supremacia do Palmeiras no primeiro tempo não significou um Santos frágil e desorganizado, como talvez os números de dez arremates antes mesmo dos 20 minutos e maior posse de bola pudessem indicar. O time de Marcelo Fernandes optou por três zagueiros e uma saída de bola em velocidade, tendo Marcos Leonardo na frente brigando entre os zagueiros. Era um Santos consciente.

Antes dos gols, um de cada lado nos 45 minutos iniciais, o goleiro João Paulo já se destacava. Os gols saíram depois dos 40. O primeiro foi do Palmeiras, único a ter torcida em Barueri. Zé Rafael triscou a cabeça em bola levantada na área por Gabriel Menino. Não demorou para o visitante empatar, também de cabeça, com Rincón na segunda trave, numa das poucas tentativas do Santos.

MARCELO BOM DE CONVERSA

No intervalo, o técnico Marcelo Fernandes conversou melhor com seu time do que Abel Ferreira com os jogadores do Palmeiras. Sem nenhum troca para o segundo tempo, o time da Vila voltou melhor, mais arisco e ofensivo. O Palmeiras começou meio sonolento, com Weverton fazendo algumas boas defesas e trabalhando mais. Tanto foi assim que o Santos teve as duas primeiras chances de gols. Com 10 minutos, Abel deve ter percebido a lentidão e desatenção do seu meio de campo e fez três mudanças, mantendo os meninos Kevin e Endrick, mas tirando Menino, Veiga e Zé Rafael.

Era visível um Santos melhor no segundo tempo. Isso se comprovou aos 24 minutos, com a virada, em gol de Marcos Leonardo. Foi de uma bola lançada pelo goleiro. Marcos Leonardo deslocou Murilo e fez o passe de cabeça para Maxi Silvera, que devolveu para a conclusão do atacante. Os jogadores palmeirenses reclamaram falta no zagueiro, que não houve. Teve falta de malandragem do beque. Foi mais um vacilo do setor defensivo do time de Abel.

O Palmeiras não se comportou com a mesma vontade de outras partidas no Brasileirão. Talvez estivesse cansado pelo jogo de quarta-feira. Mais uma vez, após o bom começo, o time dava a impressão de que poderia ganhar a qualquer momento. Não se deu conta de que nas últimas sete partidas havia passado em branco em quatro. Aos 42, escapou de sofrer outro gol com duas tentativas de Furch e duas boas defesas também de Weverton.

O Palmeiras acabou bagunçado em Barueri e amargou mais uma derrota como mandante. Já tinha perdido cinco vezes no estádio. Agora são seis derrotas. O Santos emplacou sua terceira vitória seguida, Bahia, Vasco e Palmeiras, e vê a Z-4 mais longe.

FICHA TÉCNICA

PALMEIRAS 1 X 2 SANTOS

PALMEIRAS: Weverton, Maike, Murillo (Luís Guilherme), Gustavo Gomez e Piquerez; Gabriel Menino (Jhon Jhon), Zé Rafael (Ríos) e Raphael Veiga (Fabinho); Endrick, Rony e Kevin (Flaco Lopez). Técnico: Abel Ferreira

SANTOS: João Paulo, Joaquim, Messias e João Basso; Lucas Braga, Rincón (Camacho), Jean Lucas, Nonato (Dodi) e Kevyson (João Lucas); Morelos (Maxi Silvera) e Marcos Leonardo (Julio Furch). Técnico: Marcelo Fernandes

GOLS - Zé Rafael, aos 42, e Rincón, aos 46 minutos do 1º T; Marcos Leonardo, aos 24 minutos do 2º T.

CARTÕES AMARELOS - Zé Rafael, Rincón, Morellos e Camacho.

ÁRBITROS - Flavio Rodrigues de Souza (SP).

RENDA - R$ 801.845,00.

PÚBLICO - 17.049 pagantes.

LOCAL - Arena Barueri, em São Paulo.