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Ginástica Artística

- Publicada em 29 de Setembro de 2023 às 17:22

Atleta do GNU integra seleção brasileira no Mundial de ginástica artística

Aos 16 anos, Andreza de Lima tem chances de ir para os Jogos Olímpicos 2024 com equipe do Brasil

Aos 16 anos, Andreza de Lima tem chances de ir para os Jogos Olímpicos 2024 com equipe do Brasil


Tânia Meinerz/JC
A paraense Andreza de Lima não "voa" apenas dentro do estrado da ginástica artística. A atleta veio aos 11 anos para o Rio Grande do Sul treinar no Grêmio Náutico União (GNU) e, hoje, aos 16, alça voos ainda maiores: integra a seleção brasileira no Campeonato Mundial da modalidade, que começa neste sábado (30) e vai até o dia 8 de outubro na cidade da Antuérpia, na Bélgica.
A paraense Andreza de Lima não "voa" apenas dentro do estrado da ginástica artística. A atleta veio aos 11 anos para o Rio Grande do Sul treinar no Grêmio Náutico União (GNU) e, hoje, aos 16, alça voos ainda maiores: integra a seleção brasileira no Campeonato Mundial da modalidade, que começa neste sábado (30) e vai até o dia 8 de outubro na cidade da Antuérpia, na Bélgica.
Andreza é reserva da equipe, que tem como titulares Rebeca Andrade, Flavia Saraiva, Lorrane Oliveira, Jade Barbosa, Julia Soares e Carolyne Pedro, ginastas que foram base do Mundial do ano passado, quando o Brasil conquistou o quarto lugar, a melhor colocação da história do País na competição.
"Eu fico muito feliz de poder treinar com elas, de trocar experiência, ver como elas treinam e como agem. Fico muito feliz de estar presente e ver toda preparação que elas têm para o Mundial", afirma Andreza.

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A projeção da equipe do GNU é que a ginasta pudesse integrar a seleção nos Jogos Olímpicos de 2028, em Los Angeles, mas a ida como reserva para o Mundial aumenta a expectativa de que a unionista integre a seleção brasileira já nas Olimpíadas de 2024, que acontece em Paris. O principal foco para a entrada na seleção é o salto, aparelho no qual Andreza conquistou o ouro no Campeonato Brasileiro de Ginástica Artística neste ano.
"Estamos no processo de melhorar o salto, porque ainda tem saltos de valores e dificuldades mais altas. No mundo inteiro, o salto ainda é o aparelho que precisa de ginastas com uma boa potência de perna, que é uma ginasta explosiva, como ela. O mundo ainda precisa de ginastas como era Daiane dos Santos, como é a Rebeca Andrade, então é um viés que estamos procurando investir para que ela tenha uma entrada mais facilitada dentro da seleção", explica a coordenadora do departamento de Ginástica Artística e treinadora principal da GA Feminina do GNU, Adriana Alves.
O Mundial da Bélgica é o principal evento pré-olímpico da modalidade, e pode garantir vaga para o Brasil em Paris 2024 tanto no masculino quanto no feminino por equipes, com cinco atletas em cada modalidade. Para a classificação, a equipe brasileira precisa ficar entre as nove primeiras colocadas ou até abaixo disso, caso China, Japão ou Grã-Bretanha (masculino) ou Estados Unidos, Grã-Bretanha ou Canadá (feminino) estejam entre os nove primeiros, já que foram times medalhistas no Mundial de Liverpool 2022 e já garantiram vaga.
"Se o Brasil classificar, vai abrir mais portas ainda para ela em 2024, porque a vaga não é nominal, é uma vaga do País quando a equipe se classifica. Em um ano muita água tem para rolar, então a nossa perspectiva e o nosso planejamento que era para 2028 acabou sendo antecipado como "lucro". Mas ainda pensamos em 2028, quando provavelmente ela vai ser uma das ginásticas mais cotadas, senão a melhor do Brasil", afirma Adriana.

Trajetória na ginástica artística

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Andreza começou a treinar ginástica artística aos sete anos de idade em Belém, no Pará. Foto: Tânia Meinerz/JC
Aos sete anos de idade, Andreza assistiu um vídeo de Daiane dos Santos competindo no solo e, a partir de então, sua vida mudou. "Eu falei para minha mãe que eu queria muito fazer aquilo, que eu gostei muito do esporte. Ela foi atrás em Belém, sendo que nem sabia onde tinha, mas foi atrás e encontrou a [Escola de Ginástica da] UEPA, onde tinha o professor Ulisses. Eu fiz teste com ele e comecei na escolinha ainda bem pequenininha, uma vez por semana. Ele foi me achando boa e comecei a treinar duas vezes por semana e, depois, passei a treinar todos os dias", conta a ginasta.
O convite para treinar no Rio Grande do Sul partiu da treinadora Adriana, que conheceu Andreza em uma competição da Confederação Brasileira de Ginástica (CBG) em Natal, no Rio Grande do Norte. Na época, a ginasta estava sem treinador e não pôde disputar.
"Eu não aceitei, porque eu era muito pequena e nossa vida era toda lá. Mas, depois de um ano, pensamos muito e vi que era aquilo que eu queria mesmo. Viemos para cá em 2018 e estou aqui treinando até hoje", relata Andreza.
A treinadora comenta que uma das características de Andreza como ginasta que é um diferencial dentro do esporte é a competitividade. "Isso é muito importante nessa faixa etária. Porque quando levantamos o braço e nos apresentamos ao árbitro para começar, aquela apresentação tem um peso, é aquele momento em que eu não posso errar, eu preciso fazer o melhor, porque buscamos excelência constantemente. Nessa fase, elas têm a consciência disso, então o fato de ser competitiva e não ter o medo de errar faz uma diferença muito grande e ela consegue entrar de uma forma mais segura no aparelho", comenta Adriana.
Entre as conquistas recentes, estão ouro no salto e no solo no Troféu Brasil de Ginástica Artística do ano passado e o bronze na edição de 2023. O salto também rendeu o ouro à Andreza no Brasileiro de GA, disputado em Lauro de Freitas (BA), com a nota de 25,867. Já no Campeonato Sul-Americano Adulto de Ginástica Artística Feminina, disputado em Cáli, na Colômbia, a unionista levou o ouro por equipes e a prata no salto. Questionada sobre o maior sonho para a carreira, Andreza não hesita em responder: "participar das Olimpíadas".