O presidente da Real Federação Espanhola de Futebol, Luis Rubiales, não renunciou ao cargo após as críticas pelo beijo dado em Jenni Hermoso, jogadora da seleção espanhola, após a final da Copa do Mundo feminina. Nesta sexta-feira (25), ele falou sobre o caso durante uma assembleia da RFEF e existia a expectativa de que deixasse o posto.
"Chegou o momento de dizer algo. Vocês acreditam que isso é motivo para sofrer o cancelamento que estou sofrendo? É tão grave para que eu saia? Não vou renunciar, não vou renunciar, não vou renunciar", disse Rubiales.
Ainda em seu pronunciamento, o cartola expressou sua indignação com um suposto "falso feminismo" por parte das pessoas.
"Digo às minhas filhas que hoje elas têm que aprender uma lição, o que é igualdade. É preciso diferenciar entre a verdade e a mentira e eu estou dizendo toda a verdade. Vocês são feministas e não o falso feminismo que existe. Eles não se importam com as pessoas. Se referiram a esta ação [beijo] com o termo 'agressão sexual', sem consentimento, agressão... o que vão pensar as mulheres que foram abusadas sexualmente? O sensacionalismo do falso feminismo. A imprensa, grande parte da imprensa deste país, matou-me e continuará a fazê-lo, mas estou tranquilo porque digo a verdade. Não é legal, mas não me importo. É uma questão de humildade. Estou disposto a ser difamado por dizer a minha verdade". Disse o dirigente.
O presidente da Escola Nacional de Treinadores de Futebol (Cenafe), Miguel Galán, denunciou Rubiales ao Conselho Superior de Esportes (CSD) e pediu que seja aberto um expediente a respeito do caso na RFEF. Nesta quinta-feira (24), foi a vez da Fifa abrir um processo disciplinar contra ele pelos fatos ocorridos durante a final do Mundial.
Folhapress