Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

INTER

- Publicada em 05 de Agosto de 2023 às 17:15

Em sua segunda passagem pelo Inter, Eduardo Coudet acumula polêmicas e bons números ao longo da carreira

Em sua primeira passagem pelo Inter, "Chacho" acabou indo embora antes do fim do contrato

Em sua primeira passagem pelo Inter, "Chacho" acabou indo embora antes do fim do contrato


RICARDO DUARTE/INTER/JC
No dia 17 de julho, o Inter surpreendeu a todos com a demissão do treinador Mano Menezes, que comandava a equipe desde abril de 2022, em meio às vésperas dos jogos mais importantes da temporada, contra o River Plate, pela Libertadores. Para ocupar o seu lugar, um velho conhecido do torcedor foi chamado: “Chacho” Coudet. O treinador argentino já havia passado pelo clube gaúcho em 2020, mas acabou deixando o time em meio à temporada, mesmo na liderança do Campeonato Brasileiro. Sua saída, para muitos torcedores, foi vista como traição, para outros, uma opção natural. Mas essa é só uma das várias polêmicas da curta carreira do treinador.
No dia 17 de julho, o Inter surpreendeu a todos com a demissão do treinador Mano Menezes, que comandava a equipe desde abril de 2022, em meio às vésperas dos jogos mais importantes da temporada, contra o River Plate, pela Libertadores. Para ocupar o seu lugar, um velho conhecido do torcedor foi chamado: “Chacho” Coudet. O treinador argentino já havia passado pelo clube gaúcho em 2020, mas acabou deixando o time em meio à temporada, mesmo na liderança do Campeonato Brasileiro. Sua saída, para muitos torcedores, foi vista como traição, para outros, uma opção natural. Mas essa é só uma das várias polêmicas da curta carreira do treinador.
Iniciada em 2015, a trajetória do ex-jogador Eduardo Coudet na casamata começou em 2016, no Rosário Central. Com um futebol ofensivo e intenso, Chacho surpreendeu a todos e levou a modesta equipe argentina a ter novamente destaque no cenário nacional. Em 2015, foi vice-campeão da Copa da Argentina e terceiro colocado da principal liga local. Em 2016, chegou às quartas de finais da Libertadores, mas caiu para o futuro campeão da competição, o Atletico Nacional, da Colômbia.
Foi justamente nesta eliminação que Coudet se envolveu em sua primeira polêmica: após o apito final, os atletas dos dois clubes protagonizaram uma forte briga em campo e, nessa confusão, quem também se envolveu foi o próprio treinador, que partiu para cima dos colombianos, mas acabou sendo contido. No final da temporada de 2016, após seu segundo ano com bons resultados à frente do Rosário - mas sem nenhum título - Chacho buscou novos desafios, dessa vez, no futebol mexicano.
Então, no começo de 2017, ele foi anunciado como o novo treinador do Tijuana, naquela que seria, em números, a passagem mais fraca de sua carreira. No México, Coudet disputou apenas 21 partidas (com 7 vitórias, 7 empates e 7 derrotas) e foi demitido antes do final da temporada. No ano seguinte, uma nova oportunidade: o Racing, da Argentina.
De volta ao seu país natal, Chacho teve a sua melhor passagem. No comando do clube de Avellaneda, vieram seus primeiros títulos: a Superliga argentina (2018-19) e o Troféu dos Campeões (2019). Com a grande campanha no Racing, Coudet despertou a atenção do Inter pela primeira vez e, em 2020, foi anunciado como treinador Colorado.
Pelo Inter, dentro dos gramados, Coudet obteve ótimos resultados nas três principais competições que disputou - estava nas oitavas da Libertadores e da Copa do Brasil e ainda liderava o Campeonato Brasileiro. Por outro lado, recebia críticas por não vencer grenais. Mas, foi fora dos gramados que ele teve mais destaque. Com constantes críticas ao elenco, a diretoria e a imprensa, Coudet foi visto muitas vezes como “ruim de grupo” e, sem o apoio da diretoria perante a chuva de críticas que recebia, optou por interromper o seu trabalho antes do final da temporada. O destino foi o Celta de Vigo, da Espanha.
Após a polêmica saída do Brasil, Chacho teve uma participação “mediana“ na Europa. No comando de um time que normalmente luta para não cair, na parte de baixo da tabela, ele até cumpriu o que era esperado. Salvou o time do rebaixamento, mas não conseguiu ir adiante. Após dois anos morando na Espanha, ele retornou ao Brasil para comandar o Atlético-MG.
No Galo, a passagem mais curta de sua carreira. Em apenas 17 jogos (com 11 vitórias, 4 empates e duas derrotas), não foram poucas as polêmicas no clube mineiro. Em mais de uma oportunidade, o treinador criticou publicamente o elenco do Galo e a falta de reforços (assim como no Inter, o diretor de futebol era Rodrigo Caetano). Além disso, em várias ocasiões, Coudet sofreu ameaças e intimidações da principal torcida organizada do clube, a Galoucura. Sem clima, a saída do argentino foi confirmada no dia 15 de junho, após empate com o Bragantino, no Mineirão.
Pouco mais de um mês depois, Coudet foi oficializado no Inter e, logo de cara, já se mostrou extremamente confiante em relação ao elenco e às expectativas para o restante da temporada. O time até vem apresentando evolução, porém, em seus três primeiros jogos, o treinador amarga duas derrotas e um empate. Neste sábado (5), às 18h30min, Chacho enfrenta o Corinthians, no Beira-Rio, pelo Brasileiro e, na terça (8), o River Plate, pelo jogo de volta das oitavas de final da Copa Libertadores, partida considerada a mais importante do ano para os gaúchos.

Números de Eduardo “Chacho” Coudet

  • Atlético-MG (2023) - 17 jogos, com 11 vitórias, 4 empates e 2 derrotas (67,6% de aproveitamento)
  • Celta de Vigo (2020 - 2022) - 84 jogos, com 31 vitórias, 19 empates e 34 derrotas 44,4% de aproveitamento)
  • Inter (2020) - 46 jogos, com 24 vitórias, 13 empates e 9 derrotas (61,5% de aproveitamento)
  • Racing (2018 - 2019) - 65 jogos, com 34 vitórias, 20 empates e 11 derrotas (62,5% de aproveitamento)
  • Tijuana (2017) - 21 jogos, com 7 vitórias, 7 empates e 7 derrotas (44% de aproveitamento)
  • Rosário Central (2015 - 2016) - 77 jogos, com 34 vitórias, 25 empates e 18 derrotas (54,9% de aproveitamento)