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Olimpíadas

- Publicada em 26 de Julho de 2023 às 18:03

A um ano dos Jogos de Paris 2024, Brasil amplia chance de pódio em esportes que vão te surpreender

Time Brasil vive a expectativas por medalhas em modalidades que não são tradicionalmente cotadas ao pódio

Time Brasil vive a expectativas por medalhas em modalidades que não são tradicionalmente cotadas ao pódio


Philip Fong/AFP/JC
A contagem regressiva para as Olimpíadas de Paris já começou, e a um ano da maior competição poliesportiva do mundo, o Time Brasil vive um momento de expectativas por medalhas em modalidades que não são tradicionalmente cotadas ao pódio, como a ginástica rítmica, tênis de mesa e tiro com arco.
A contagem regressiva para as Olimpíadas de Paris já começou, e a um ano da maior competição poliesportiva do mundo, o Time Brasil vive um momento de expectativas por medalhas em modalidades que não são tradicionalmente cotadas ao pódio, como a ginástica rítmica, tênis de mesa e tiro com arco.
"Um dos objetivos do Comitê Olímpico é aumentar as possibilidades de finais e medalhas, e uma das formas de se alcançar este objetivo é com a diversidade de modalidades", destacou Mariana Mello, gerente de planejamento e desempenho esportivo do Comitê Olímpico do Brasil (COB).
Somente em 2023, o Brasil conquistou bons resultados e evoluiu nos ranqueamentos mundiais e olímpicos. Manoel Messias se estabeleceu na elite do triatlo com boas marcas, Raicca Ventura conquistou o primeiro bronze mundial no skate park feminino em maio Marcus Vinicius D'Almeida se tornou o primeiro brasileiro a assumir a liderança do ranking mundial no tiro com arco e Hugo Calderano chegou ao quarto lugar no ranking mundial no tênis de mesa.
Tal desempenho é importante, principalmente porque esse ciclo olímpico é mais curto do que o normal. A Olimpíada de Tóquio, que estava marcada para 2020, foi adiada em um ano por causa da pandemia de Covid-19, sendo realizada apenas em 2021, portanto, os atletas ficaram com três anos de preparação para os Jogos de Paris, ao invés dos quatro anos usuais.
"O pódio é uma consequência de um trabalho de muitos anos. Entendemos que cada modalidade deve ter a meta de se superar a cada ciclo olímpico, e vemos isso acontecendo em várias. Além da ginástica rítmica, temos visto evolução em modalidades que ainda não chegaram ao pódio Olímpico, como tiro com arco, tênis de mesa, saltos ornamentais, canoagem slalom, ciclismo bmx, wrestling, entre outras", analisou Mariana.
Entre outubro e novembro, os atletas terão oportunidade de melhorar os resultados e conquistar mais vagas olímpicas, durante os Jogos Pan-Americanos de Santiago, no Chile.
Neste ano, a ginástica rítmica do Brasil conquistou uma chuva de medalhas e bateu marcas inéditas, tanto no individual quanto no conjunto. Em abril, Bárbara Domingos fez história ao ganhar um bronze inédito na etapa de Sofia (BUL) da Copa do Mundo. Há dez dias, as atletas brasileiras atingiram outra marca importante, ao garantirem quatro medalhas, pela primeira vez, em uma mesma etapa de Copa do Mundo. Elas conquistaram o ouro na prova mista, prata nos cinco arcos, bronze no individual geral e bronze no individual na fita, com a própria Babi Domingos.
Esses e outros feitos deste ano colocam a ginástica rítmica brasileira entre as cinco melhores do mundo. A técnica da delegação brasileira, Camila Ferezin, que também foi atleta, foi quem decidiu montar, em parceria com a Confederação Brasileira de Ginástica (CBG), uma equipe interdisciplinar para trabalhar diariamente com as atletas.
A CBG também fez um trabalho de parceria com os clubes espalhados pelo Brasil de capacitação de treinadores de ginástica. "Compartilhamos o conhecimento sobre essa equipe interdisciplinar e promovemos reuniões semanais para que as entidades busquem o modelo da seleção", explicou Camila, em entrevista ao UOL.
O "ônus" de chegar ao patamar mais alto dos últimos anos é a pressão para manter os bons resultados e chegar com tudo nas Olimpíadas de Paris. E é aqui entra, além do trabalho técnico, o apoio dos psicólogos, segundo a técnica:
"Nós ficamos apreensivas no início desta temporada. Afinal, todos os outros países e até os europeus [que são os mais fortes] estão de olho no Brasil agora. É uma pressão a mais, e a psicóloga está trabalhando diariamente as emoções das meninas para aguentar essa tensão".