A camisa 17 da seleção brasileira, Ary Borges, anotou três gols na vitória sobre o Panamá, por 4 a 0, na estreia das duas seleções na Copa do Mundo feminina, nesta segunda-feira (24). Além dela, Bia Zaneratto também balançou a rede, num confronto em que as brasileiras, praticamente, quase não deram chances para as panamenhas ficarem com a bola. Jamaica e Panamá completam a segunda rodada do grupo no mesmo dia, às 9h30.
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Presentes em todas as edições do torneio, as brasileiras têm 21 vitórias, 4 empates e 10 derrotas, com 70 gols marcados e 40 gols sofridos, em seu retrospecto geral na competição. Debutante na competição, a seleção do América Central ficou encurralada desde os primeiros minutos do jogo. Qua Folhapress se sofreu um gol logo com 50 segundos, quando Adriana teve a primeira chance brasileira.
O Panamá tentou resistir o máximo que pôde. Mas começou a ser vazado aos 18 minutos da etapa inicial, quando Debinha recebeu a bola de Tamires na esquerda e descolou cruzamento para Ary fazer de cabeça o primeiro dela.
Com paciência para rodar a bola até abrir a defesa adversária, o segundo gol das brasileiras veio antes do intervalo, novamente com a camisa 17. Desta vez, a ex-jogadora do Palmeiras, que atualmente joga na liga dos Estados Unidos pelo Racing Louisville, aproveitou um rebote da goleira aos 37 minutos.
O domínio na primeira etapa fez o Brasil voltar mais leve para o segundo tempo. Tanto que desta vez não demorou mais do que dois minutos para balançar a rede novamente. Depois de uma boa trama armada de Debinha e Adriana, Ary apareceu agora como garçom para servir Bia Zaneratto, que finalizou forte: 3 a 0.
A boa vantagem no placar fez a equipe de Pia Sundhage permitir a primeira chegada do Panamá já aos 18 minutos. Depois de quase uma hora sem tocar na bola, Lelê foi exigida pela atacante Tanner, que disparou um chute fraco, no centro do gol. Antes que o Panamá pudesse esboçar qualquer reação, porém, Ary Borges apareceu novamente para fazer o terceiro dela, aos 24 minutos.
Com a vitória mais do que assegurada, Pia atendeu aos pedidos das arquibancadas e colocou Marta para jogar. Aos 37 anos, ela entrou em campo já com 30 minutos, no lugar da artilheira do dia. De artilharia, aliás, a camisa 10 entende bem, afinal é a maior goleadora da história das Copas do Mundo feminina, com 17 gols. Ela marcou em todas as cinco edições que disputou de 2003 a 2019.
No time atual, porém, ela terá um pouco mais de dificuldade para manter a escrita, já que perdeu espaço no período em que se recuperou de uma lesão. Foi por isso que ela iniciou a partida no banco. Na ausência da Rainha, Pia precisou encontrar outras lideranças técnicas para buscar o inédito título para o Brasil na Copa do Mundo na Austrália e na Nova Zelândia. A goleada na estreia foi um bom sinal de que ela formou um plantel competitivo.
Pelo grupo das brasileiras, a Jamaica surpreendeu a França, uma das favoritas ao título. No domingo (23), as jamaicanas conseguiram segurar o poderio ofensivo das francesas e conquistaram um heroico empate sem gols.
Na sequência da Chave F, Brasil e França duelam no próximo sábado (29), às 7h (de Brasília). As europeias, anfitriãs da última Copa, foram as algozes das brasileiras nas oitavas de final da edição de 2019, com uma vitória por 2 a 1 na prorrogação.
Folhapress