"Esta vitória é para todos em Israel. Queremos unir o país". Com essas palavras, o treinador israelense, Ofir Chaim, celebrou a vitória da seleção israelense sobre a seleção brasileira no Mundial Sub-20, no último sábado (3), o que garantiu a classificação inédita para as semifinais do campeonato.
A frase do treinador faz referência a formação do time de Israel, que conta com judeus e árabes jogando juntos.
"Israel foi pivô da mudança do local da Copa do Mundo Sub-20: a Indonésia, país majoritariamente muçulmano, se recusou a receber os atletas israelenses. O gol de Anan Khalaili, no jogo contra o Uzbequistão, válido pelas oitavas, quando se ajoelhou, em um gesto típico do islã, mostra a complexidade do conflito, além da diversidade da sociedade israelense", destaca Anita Efraim, mestre em Comunicação Política e coordenadora de comunicação do Instituto Brasil-Israel (IBI).
A frase do treinador faz referência a formação do time de Israel, que conta com judeus e árabes jogando juntos.
"Israel foi pivô da mudança do local da Copa do Mundo Sub-20: a Indonésia, país majoritariamente muçulmano, se recusou a receber os atletas israelenses. O gol de Anan Khalaili, no jogo contra o Uzbequistão, válido pelas oitavas, quando se ajoelhou, em um gesto típico do islã, mostra a complexidade do conflito, além da diversidade da sociedade israelense", destaca Anita Efraim, mestre em Comunicação Política e coordenadora de comunicação do Instituto Brasil-Israel (IBI).
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Anan Khalaili é árabe-israelense e joga no Maccabi Haifa. Contra o Brasil, nas quartas, foi dele o gol de empate. O segundo foi de Hamza Shibli, beduíno, também árabe-israelense. O terceiro foi de Dor Turgeman, que é judeu.
"Esse avanço da seleção de Israel é muito representativo, porque não apenas coloca o futebol israelense em evidência para o mundo, como também simboliza como o esporte é, essencialmente, político. Em especial em um país atravessado por uma situação permanente de tensão entre povos", ressalta Anita.
O gol de Turgeman ganhou destaque por dois motivos: a plasticidade do lance e também pela homenagem posterior. No mesmo dia da final, três soldados israelenses foram mortos na fronteira com o Egito. Ao balançar as redes e sacramentar a virada israelense, o camisa 9 mostrou que carregava no punho uma munhequeira com os nomes das três vítimas.
Anan Khalaili é árabe-israelense e joga no Maccabi Haifa. Contra o Brasil, nas quartas, foi dele o gol de empate. O segundo foi de Hamza Shibli, beduíno, também árabe-israelense. O terceiro foi de Dor Turgeman, que é judeu.
"Esse avanço da seleção de Israel é muito representativo, porque não apenas coloca o futebol israelense em evidência para o mundo, como também simboliza como o esporte é, essencialmente, político. Em especial em um país atravessado por uma situação permanente de tensão entre povos", ressalta Anita.
O gol de Turgeman ganhou destaque por dois motivos: a plasticidade do lance e também pela homenagem posterior. No mesmo dia da final, três soldados israelenses foram mortos na fronteira com o Egito. Ao balançar as redes e sacramentar a virada israelense, o camisa 9 mostrou que carregava no punho uma munhequeira com os nomes das três vítimas.