Aos 26 anos, Beatriz Haddad Maia já encara a tarefa de ser referência para a nova geração de tenistas do Brasil. Nesta terça-feira, a número 1 do País admitiu que subir no ranking trouxe novas responsabilidades e "novos compromissos" para sua carreira. Ao mesmo tempo em que ganha a vitrine do tênis mundial, ela sonha mais alto e mira o Top 10 do ranking da WTA.
"Minha meta agora é ser Top 10. Este é o meu objetivo e estou trabalhado bastante para alcançá-lo", declarou a tenista, que admite sonhar também com a medalha olímpica nos Jogos de Paris, no próximo ano. Ela ocupa no momento a 14ª colocação da WTA, duas acima do seu próprio recorde, que também é a melhor marca de uma tenista brasileira no ranking de simples na história.
Enquanto sonha com a vaga no Top 10, Bia vive os benefícios e os desafios de estar entre as 20 melhores do mundo. "Eu sigo trabalhando igual, não muda nada. A minha motivação é igual, a minha vontade de melhorar é a mesma. Tem dias que é mais difícil, mas lembro que não é apenas sobre mim, e que hoje eu represento e posso motivar muito mais pessoas por ter maior visibilidade e isso me motiva."
O papel de referência e de espelho da nova geração é uma das novas tarefas da tenista. "Por ser Top 20, eu tenho mais responsabilidade e uns compromissos a mais", afirmou, durante evento da Rede Tênis Brasil (RTB), equipe que é a sua base no Brasil. O time conta com tenistas mais jovens, que buscam motivação na própria Bia.
"As meninas e as jovens que acreditam e sonham estão vendo que é possível (se destacar no circuito). Se a gente está lá hoje, em quatro ou cinco meninas, é porque esse caminho é possível. Estamos abrindo portas para as novas gerações. Essa é a mensagem para eles. E eu acho que também é um mérito nosso, de cada uma, com sua equipe, porque o tênis é muito duro. Todas têm a sua história e passam por muitas dificuldades."
Além de Bia, o Brasil conta com Laura Pigossi e Luisa Stefani, medalhistas olímpicas nas duplas em Tóquio, se destacando no circuito. Laura vem rondando o Top 100 de simples desde o ano passado, enquanto Luisa se recupera na lista de duplas, de olho no Top 10.
"O momento do tênis feminino brasileiro é especial e cada um tem sua responsabilidade na sua área, fazendo o seu melhor em prol do tênis. Estou tentando fazer a minha parte e, se cada uma puxar a outra para cima, seremos melhores. Sei que há muita coisa para melhorar. acredito que tudo nasce conforme a gente planta. No que estiver no meu controle gostaria de ajudar nessa transformação do tênis feminino", afirmou.