Uma das maiores façanhas de Pelé foi transformar, com a ajuda de espetaculares companheiros, o Santos em uma grande potência do futebol mundial. De clube antes pouco conhecido fora de São Paulo, a equipe virou uma atração admirada em todos os continentes graças ao talento e ao carisma do Rei do Futebol. A Vila em que jogava era visitada por estrangeiros.
O auge do Santos ocorreu nos anos de 1962 e 1963, quando o time conquistou duas vezes a Libertadores e duas vezes o Mundial de Clubes. O primeiro título continental foi ganho em conturbada decisão contra o Peñarol. Ela deu ao Santos o direito de enfrentar o Benfica, campeão europeu. No primeiro jogo, disputado no Maracanã, vitória santista por 3 a 2. No segundo, em Lisboa, um espetáculo inesquecível. Com três gols de Pelé, que apresentou um dos melhores desempenhos individuais de sua vida, o Santos goleou os portugueses por 5 a 2 e se tornou o legítimo monarca do futebol mundial.
No ano seguinte, em 1963, a repetição dos dois títulos. Na final da Libertadores, contra o Boca Juniors, Pelé conseguiu o que parecia impossível: calar o mítico estádio La Bombonera, em Buenos Aires. Incrédulos, os argentinos viram o Santos vencer o duelo de volta por 2 a 1, com um gol do Rei. No Mundial, Pelé participou apenas da primeira das três partidas contra o Milan, já que foi tirado de cena por uma lesão muscular.