Pelé está morto. Aos 82 anos, o melhor jogador de todos os tempos não resistiu a um câncer no cólon. Ele estava internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo. O coração de Edson Arantes do Nascimento bateu pela última vez por volta das 16h de forma lenta e pausada, sem que seu corpo sentisse qualquer dor. Estava sedado. Pelé morreu nesta quinta-feira, 29 de dezembro, sereno, tranquilo e calmo, como sempre se comportou diante dos zagueiros e goleiros que tentaram impedir seus gols. Tudo o que era possível fazer, foi feito.
Pelé nunca desistiu da vida. Ela sempre lhe deu muito. E ele a todos nós. O eterno camisa 10 queria viver mais. Ele terminou os seus dias amparado pela mulher, Márcia, com o carinho dos filhos e rezando no quarto do hospital, um hábito que sempre o acompanhou, mas que nos últimos tempos era quase uma obsessão.
Pelé rezava com os médicos. Levou sua fé até o fim e a Deus nunca deixou de agradecer pelo dom dado sem pedir nada em troca. O futebol está de luto. O dia de sua morte será lembrado para sempre, assim como sua história. "Pelé morreu" vai ser a frase mais dita nos próximos dias em Três Corações, Bauru, Santos, São Paulo, no Brasil e em todos os cantos do planeta.
O corpo do ídolo será velado na Vila Belmiro. A família pediu para que ele seja cremado. Haverá muita gente incrédula com a notícia, mas ninguém indiferente a ela. Sua história continuará sendo contada de geração em geração até o fim dos tempos. Reis, rainhas e presidentes vão chorar sua morte e reverenciar o que ele fez em vida.
O futebol vai demorar para entender o que essas duas palavras significam: "Pelé morreu". A notícia vai correr o mundo. Não se sabe se um dia o futebol deixará o luto. Suas histórias vão virar lenda. Pelé está morto.
Pelé deixa milhões de admiradores e seguidores nas redes depois de viver os últimos anos numa luta quase que diária com as doenças. Há anos, sua saúde estava cada vez mais debilitada, de altos e baixos, com momentos estáveis e outros nem tanto. Pelé foi definhando em vida, longe da bola e cada vez mais distante dos compromissos profissionais.
Em seus últimos momentos, nem de longe lembrava aquele atleta esbelto e dono de movimentos precisos. Mas Pelé reinou absoluto até o fim. Ele deixa mulher e sete filhos. Um câncer o derrubou, mas não somente. Ele tinha outras doenças graves, uma delas nos músculos das pernas. Tentou um tratamento nos EUA, mas não deu certo. Também tinha enfermidades no coração.