A Copa do Mundo do Catar chegou às quartas de final com favoritos ainda na disputa. Brasil, França, Inglaterra e Argentina são as seleções mais cotadas ao título e, por enquanto, sobreviveram a vexames e às zebras que outros times não conseguiram evitar.
O último resultado improvável rendeu a eliminação da Espanha, que não furou o bloqueio de Marrocos na terça-feira e, com um 'tiki-taka' ineficiente, deu adeus à competição. Antes, Alemanha, tetracampeã do mundo, Bélgica e Uruguai já tinham ficado pelo caminho, registrando as principais zebras na Copa.
Veja o que aconteceu com seleções badaladas que caíram e deram vexame no Mundial de 2022.
Depois de um 7 a 0 na Costa Rica na estreia, a Espanha pintou como uma das favoritas ao título. O técnico Luis Enrique também ganhou destaque, com uma declaração de que a sua equipe tinha o melhor futebol da Copa. O resultado elástico na primeira rodada, porém, quase esgotou a produção ofensiva espanhola em Doha. Empate com Alemanha (1 a 1), derrota para o Japão (2 a 1) e empate (0 a 0) e eliminação nos pênaltis para Marrocos fizeram a imprensa local detonar a campanha. Entre as críticas, a principal foi para o futebol de troca de passes sem objetividade e inoperante.
Tetracampeão do mundo, os alemães sempre chegam às Copas com destaque. Em reformulação, a seleção treinada por Hansi Flick decepcionou e caiu na primeira fase. Kimmich, Gnabry, Musiala, Havertz e companhia não conseguiram avançar à fase de mata principalmente por causa da derrota para o Japão (2 a 1), na estreia, de virada.
A "ótima geração belga", responsável por eliminar o Brasil na Copa da Rússia, em 2018, envelheceu e rachou. Com Lukaku sem estar 100% fisicamente e De Bruyne "sozinho" em meio a um time sem muitas ideias, a seleção acabou surpreendida por Marrocos e não conseguiu furar o bloqueio croata na última rodada, ficando pelo caminho na fase de grupos. Eden Hazard simbolizou a decadência entre uma Copa e outra.
Luis Suárez e Cavani, ambos com 35 anos, não chegaram em alta para o torneio no Catar por causa das idades avançadas. Mas os uruguaios tinham badalação antes da bola rolar por causa de nomes como Valverde, que brilha no meio de campo do Real Madrid, Darwin Núñez, do Liverpool, e Arrascaeta, ídolo e multicampeão pelo Flamengo. Entretanto, o ataque da Celeste não funcionou nas primeiras rodadas e ficou a impressão de que o técnico Diego Alonso errou na estratégia, principalmente com Arrascaeta no banco nos dois primeiros jogos.
Os dinamarqueses chegaram cercados de expectativas e candidatos à surpresa da Copa. Semifinalista na última Euro, quando foi eliminada pela Inglaterra na prorrogação, ainda venceu a França duas vezes na Liga das Nações. O desempenho prévio não "entrou em campo" no Catar e a expectativa não se cumpriu. Eriksen e companhia deixaram Doha sem nenhuma vitória (empate com Tunísia e derrotas para França e Austrália), terminando na lanterna do Grupo D.