As portas de ferro sanfonadas do imponente elevador do Edifício Hudson se abriram. O relógio marcava 15 horas quando ele chegou na rua Caldas Júnior, número 219. Ao subir até o segundo andar, deparou-se com a redação de um jornal em plena atividade. Era um dia de verão em Porto Alegre, mais precisamente 14 de fevereiro de 1955. Esse instante marcou o começo de uma longa e bem-sucedida trajetória. "Por ele [pelo elevador], eu ingressei no meu futuro", disse Walter Galvani no documentário sobre sua vida e obra, dirigido por Luzimar Stricher (2013).
Galvani guardava com carinho a memória do dia em que se apresentou ao jornalista Cid Pinheiro Cabral para trabalhar como repórter de Esportes no Correio do Povo. Para ele, partiu desse momento tudo o que conquistou na carreira jornalística, na literatura e, até mesmo, na vida pessoal. Afinal, o trabalho nos veículos da Caldas Júnior o levaram à escrita literária. Assim como foi na redação que conheceu sua companheira de vida, a jornalista Carla Irigaray. Os três pilares - jornalismo, literatura e família - estiveram com ele até o final dos seus dias. Galvani faleceu, aos 87 anos, dia 29 de junho deste ano, em Porto Alegre. Sofreu uma parada cardíaca, enquanto aguardava para fazer uma cirurgia, e, ao mesmo tempo, tinha diagnóstico positivo para Covid-19. Deixou a esposa, duas filhas, uma enteada e quatro netos.
Ocupante da cadeira de número 25 da Academia Rio-Grandense de Letras, o jornalista publicou 13 livros, além de ter participado de diversas antologias e coletâneas. "Ele escrevia uma crônica por dia. Escreveu até o dia em que foi para o hospital", conta a viúva Carla Irigaray. Era também um ávido leitor. Tinha o hábito, por exemplo, de ler durante a viagem de catamarã, transporte que usava para se deslocar da cidade onde morava, Guaíba, ao Centro de Porto Alegre.
Tanta afinidade com a leitura e a escrita culminaram naquele que acreditava ser o maior prêmio que um escritor gaúcho poderia receber: ser nomeado patrono da Feira do Livro de Porto Alegre.
O convite veio em 2003, na 49ª edição. Além de ser o mais tradicional evento literário do Rio Grande do Sul, a escolha teve um significado especial para Galvani, pois ele havia acompanhado de perto as 48 feiras até então realizadas.
Walter Galvani também foi duas vezes presidente do Conselho Estadual de Cultura, órgão deliberativo que reúne representantes escolhidos pela sociedade civil e pelo governo do Estado a fim de criar diretrizes e prioridades para o desenvolvimento cultural no Rio Grande do Sul. Ao longo dos anos, desenvolveu uma ligação muito forte com a área da cultura. Era assíduo frequentador dos eventos literários, assim como acompanhava o cinema, o teatro, as artes plásticas e a música. Aliás, Carla Irigaray conta que, todas as sextas-feiras, ele fazia questão de adquirir o Jornal do Comércio, pois considerava o caderno Viver um ótimo suplemento de cultura nos finais de semana.
O interesse pela área se refletia no engajamento pela preservação do patrimônio histórico. Amigos e familiares citam como maior realização da carreira de Walter Galvani a campanha que travou em prol da manutenção do Mercado Público de Porto Alegre. Na década de 1970, o prefeito Telmo Thompson Flores falou em derrubar parte do prédio para a construção de uma avenida. Até que Galvani, jornalistas, personalidades e população em geral conseguiram impedir o plano.
Hoje, quatro décadas depois, está em discussão a proposta de dar ao Mercado o nome de Walter Galvani como homenagem. Uma campanha está sendo realizada pelas redes sociais, com o apoio de admiradores, amigos, familiares e algumas instituições ligadas à cultura e à imprensa. No âmbito político, o vereador Alexandre Bobadra (PSL) protocolou na Câmara Municipal uma sugestão ao prefeito Sebastião Melo (MDB) de batizar o Mercado com o nome de Galvani. A proposta aguarda parecer da Comissão de Educação, Cultura e Esportes. Com apoio do movimento que defende a homenagem, há ainda um projeto de lei, de autoria da vereadora Laura Sito (PT), que será protocolado na Casa, em reunião virtual, nesta sexta-feira (1).
Nesta reportagem, esse capítulo da história de Porto Alegre, do qual Walter Galvani foi protagonista, será detalhado, com um retrato deste jornalista, cronista, patrono da Feira, membro da ARL e primeiro escritor a desvendar a vida de um dos personagens mais importantes da nossa História, Pedro Álvares Cabral.
Uma vida dedicada ao jornalismo
Jornalista Walter Galvani tinha o hábito de escrever diariamente no seu escritório, em Guaíba
/ACERVO WALTER GALVANI/DIVULGAÇÃO/JC
Folheando o jornal que seu pai comprava todos os dias no Centro de Canoas, Walter Galvani aprendeu a ler, aos 6 anos. Como contou no prefácio de Um século de poder: os bastidores da Caldas Júnior, sua mãe também incentivava a leitura do periódico: "Entendia que era preciso armar seus filhos para a difícil luta pela vida". Não imaginava o quanto o jornalismo marcaria a sua história.
Galvani nasceu em 6 de maio de 1934, na cidade da Região Metropolitana. Estudou no colégio La Salle, onde participava de um grêmio literário. Sua primeira experiência no jornalismo foi no Jornal Expressão, quinzenário que fundou com alguns colegas e durou sete meses.
Para a vaga na editoria de Esportes do Correio do Povo, foi indicado pelo colega de ginásio Lineu Medina Martins, então colaborador da Revista do Globo. Chegou a ser reprovado após uma semana de teste na seção de Esportes, mas pediu uma segunda chance. Na Caldas Júnior, foi repórter, redator, chefe de reportagem, secretário de redação - função hoje chamada de diretor de redação. Na Folha da Tarde - vespertino da Caldas Júnior que circulou até 1983 - implementou o estágio profissional, uma iniciativa até então inédita no Rio Grande do Sul.
Foi pelo programa que conheceu Carla Irigaray, mais tarde contratada pelo Correio do Povo como repórter. Só ficaram juntos cerca de 10 anos depois. Foi no período em que Ruy Carlos Ostermann pediu demissão da Folha da Manhã, onde era secretário de redação, levando boa parte da equipe com ele. "Galvani foi chamado para apagar incêndio na Folha da Manhã", conta Carla, que também foi trabalhar no veículo. Ali começou a relação afetiva, que durou cerca de 40 anos. Ele tinha duas filhas e ela, uma. A neta de Carla, Isabela, sempre foi muito apegada a Galvani. "As primeiras palavras dela foram: 'Vô, olha a lua", lembra a viúva.
Walter Galvani chegou a retornar à Folha da Tarde, da qual foi o último diretor. "Quando morreu a Folha, eu morri junto", disse no documentário de Luzimar Stricher. A Folha da Tarde e o Correio do Povo deixaram de circular em 1984, dentro do contexto de crise financeira da Caldas Júnior.
Nesse período, Galvani trabalhou na Rádio Pampa. Porém, retornou ao Correio, depois de reaberto. A história do jornal - o primeiro de Porto Alegre sem vínculos partidários - foi tema de extensa pesquisa, a qual Galvani transformou no livro Um século de poder: os bastidores da Caldas Júnior. Para o escritor e professor de Literatura da Ufrgs, Luís Augusto Fischer, a obra é um dos legados de Galvani: "Hoje em dia ainda é, mas foi um jornal muito importante até os anos 1970. Eu era jovem e o Correio era um jornal de referência no Brasil todo. Essa consolidação da memória de um jornal centenário é um negócio primoroso".
Walter Galvani também fez carreira na Rádio Guaíba, onde foi comentarista e apresentador, promovendo debates na área política e cultural. O escritor Alcy Cheuiche lembra que ali começou a amizade dos dois: "Eu morava a uma quadra dali. Um dia ele me ligou: 'Alcy, você pode vir? Faltou um convidado'. Depois disso, sempre que faltava alguém, ele me chamava. O programa fazia muito sucesso. As pessoas ficavam assistindo pelo vidro na esquina da Rua da Praia com a Caldas Júnior".
Galvani também colaborava com os jornais Diário de Canoas, A Razão, ABC Domingo, Diário Popular, o argentino Clarín e a Revista do Globo.
Campanha pela preservação do Mercado inspira ideia de batizar local com o nome de Galvani
Jornalista recebeu o título de Cidadão Emérito de Porto Alegre, em 1994, na Câmara Municipal
ACERVO WALTER GALVANI/DIVULGAÇÃO/JC
Foi no início dos anos 1970. O prefeito Telmo Thompson Flores falou em derrubar o Mercado Público de Porto Alegre, que, naquela época, já era centenário (a inauguração do prédio data de 1869). O objetivo era a construção de uma avenida ligando a Siqueira Campos com a Júlio de Castilhos. Thompson Flores dizia que a sua intenção era transformar a Capital em uma metrópole.
Foi aí que Galvani iniciou uma campanha no Correio do Povo e na Rádio Guaíba, a fim de alertar a população para o que acreditava ser um grande equívoco. Percebeu, porém, que sozinho não conseguiria reverter a decisão. Foi em busca do apoio de colegas em outros veículos. Os primeiros a aderirem à campanha foram P.F. Gastal e Mario Quintana. Depois, Jayme Copstein, Carlos Reverbel, Liberato Vieira da Cunha e outros apoiaram. Galvani também realizava enquetes com a população, que se mostrou contrária à demolição do prédio.
Até que na Feira do Livro de 1972, no lançamento de Informação ou morte, Galvani foi procurado por Telmo Thompson Flores. O prefeito havia desistido da ideia de derrubar o Mercado Público. "Não poderia ter ouvido notícia melhor. E assim, com o apoio dos mais importantes jornalistas do Estado na época e com a simpatia de todos, derrubamos a proposta utilitarista. E aí está o nosso Mercado Público e espero que permaneça por mais alguns dois ou três séculos ou mais...", escreveu Galvani em artigo para o Jornal do Mercado em 2008.
A luta de Galvani fez o aposentado Paulo Pruss iniciar, quando o jornalista ainda era vivo, uma campanha para dar seu nome ao Mercado Público. Após o falecimento de Galvani, Pruss conquistou novos apoios, incluindo da Associação Riograndense de Imprensa, Academia Rio-Grandense de Letras, Associação Gaúcha de Escritores, além de familiares e de amigos. Entre eles, está o historiador William Keffer, que se considera um discípulo de Galvani: "Imagina se estivéssemos completando 50 anos de saudade do Mercado?".
Núbia Silveira, jornalista que trabalhou com Galvani na Folha da Manhã, diz que esse episódio deve servir de inspiração: "Se ele não tivesse se dado conta e movimentado a sociedade, aquilo ia passar. A luta dele nos mostra que as pessoas devem ficar atentas e ter uma visão não só do seu umbigo, mas uma visão comunitária e de futuro. O que vai ficar para as próximas gerações? O que é importante, na história dessa cidade, que as próximas gerações conheçam e vivam?".
Segundo Núbia, o movimento que defende a homenagem vem crescendo, mas não é unanimidade. A Associação do Comércio do Mercado Público Central, a Ascomepc, emitiu nota afirmando que o Mercado, "ao longo de seus 151 anos, contou com o apoio de inúmeras pessoas que escreveram seus nomes na história do prédio, ajudando a construir uma trajetória de sucesso. Dar o nome de uma pessoa em particular a um local tão democrático não é uma decisão que passe exclusivamente pela Associação ou de um grupo. É uma decisão de Porto Alegre. Do conjunto de entidades que estão à frente de sua gestão, mas, também, da sociedade gaúcha".
Desbravando os mares da literatura
Em depoimento a Luzimar Stricher, Galvani falou sobre o orgulho de ter sido escolhido patrono
STRICHER FILMES/DIVULGAÇÃO/JC
Certo dia, quando ainda era um repórter inexperiente, recém-contratado pelo Correio do Povo, Walter Galvani estava de passagem pela Praça da Alfândega e percebeu que algumas estruturas estavam sendo montadas no local. Ao chegar na redação, perguntou ao editor de Cultura, P.F. Gastal, se ele sabia o motivo daquela movimentação de operários na praça. Gastal lhe deu logo um puxão de orelha: "Você não é repórter? Por que está perguntando para mim? Vai lá descobrir! Se render uma boa matéria, eu publico".
Foi assim que Galvani cobriu a montagem das 14 bancas da primeira Feira do Livro de Porto Alegre. "Agora tu imaginas a emoção dele quando, em 2003, foi patrono dessa mesma Feira do Livro... Ele viu nascer aquela feira e sempre acompanhou muito. Guardava o recorte de jornal que comprovava que ele foi um dos primeiros a noticiar o evento", recorda Alcy Cheuiche.
Em depoimento a Luzimar Stricher, Galvani falou sobre o orgulho de ter sido escolhido: "Não existe, na minha opinião, maior prêmio literário no Rio Grande do Sul que esse, pelo destaque que você recebe e pelo significado desse prêmio, que é uma espécie de consagração em vida da sua carreira literária".
Quando foi patrono, Walter Galvani já somava mais de 30 anos de literatura. Seu primeiro livro publicado foi Brasil por linhas tortas, no qual refletiu sobre a imagem do País no exterior a partir do golpe militar de 1964. Escreveu também obras de ficção, romances históricos, de Comunicação e de crônicas - gênero que considerava sua especialidade.
A indicação para a Academia Rio-Grandense de Letras, em 1999, partiu de Alcy Cheuiche. "Eu era secretário-geral da ARL. Arrumei os votos com facilidade e tive o prazer de acompanhar a entrada dele", conta o escritor - com quem também atuou no Conselho Estadual de Cultura.
A escrita de Galvani seguia o estilo jornalístico. "Era um escritor profissional. Não era um cara que queria fazer um estilo, impactar pelo adjetivo raro, por exemplo. Era um texto comunicativo, sem firulas No caso de crônicas, sempre tinha um viés memorialista, que era bem interessante, mas não tinha nada de melancólico", comenta Luís Augusto Fischer.
Já Núbia Silveira recorda a facilidade de Galvani para tratar de diversos temas: "Ele tinha uma visão completa de cultura, esporte, política, editoria internacional... No fim, se dedicou muito às crônicas. Eu nunca vi ele fazer rascunho e reescrever. Ele sentava e escrevia".
É verdade, porém, que para a obra da sua vida foi necessária muita dedicação. Em 1998, Walter Galvani e Carla Irigaray atravessaram o Oceano Atlântico em direção ao Velho Mundo, para revelar a - até então desconhecida - história do personagem mais emblemático da História do Brasil.
Quem foi Pedro Álvares Cabral?
Galvani tomou posse na Academia Rio-Grandense de Letras ao retornar de Portugal
ACERVO WALTER GALVANI/DIVULGAÇÃO/JC
Naqueles dias, Walter estava escrevendo um romance, que futuramente daria origem ao livro Anacoluto. Ele havia criado um personagem que o acompanhava a todo momento: na hora do almoço, no café da manhã, nos afazeres diários...
Em um desses momentos, teve uma conversa com a esposa Carla: "Tu sabias que o meu personagem é parente de Pedro Álvares Cabral?". "Não me diga! É mesmo? E o que ele sabe sobre Pedro Álvares Cabral?" "Bom... Ele sabe que foi quem descobriu o Brasil." "Sim, mas ele tinha irmãos? Filhos? Casou? Não casou?" "Pois é... isso o meu personagem não sabe." "O teu personagem não sabe e nós também não sabemos."
Esse foi o princípio de Nau Capitânia, obra que garantiu a Walter Galvani o maior prêmio de sua carreira, o Casa de Las Américas. Para chegar a esse reconhecimento, foram anos de dedicação.
A ideia era ambiciosa: ir a Portugal para descobrir como foi a vida de Pedro Álvares Cabral, o que não era encontrado nos livros até então publicados. A pesquisa começou ainda no Brasil, com credenciamento em arquivos da Europa. Então, Galvani conquistou alguns apoios, como o da Associação Riograndense de Imprensa, o da Empresa Jornalística Caldas Júnior e o da Assembleia Legislativa, que lhe concedeu uma bolsa de estudos.
Carla e Walter passaram sete meses e meio em Lisboa pesquisando - enquanto ele investigava a vida de Pedro Álvares Cabral, ela se dedicava ao estudo do contexto histórico e dos costumes de Portugal naquela época. "Nós íamos para a Torre do Tombo, que é o grande arquivo do país. Chegávamos às 8h, almoçávamos lá e só saíamos quando fechava, por volta das 18h. Em casa, nós jantávamos e o Walter ia para o computador digitar tudo o que tinha sido pesquisado durante o dia", conta a viúva. "Pesquisávamos, por exemplo, como era uma escola naquele tempo. O que estudavam? Onde moravam? O que comiam? O Walter chegou à exaustão de pesquisar o vocabulário usado na época", completa.
Além de Lisboa, os dois estiveram em outras cidades importantes para Cabral, como Belmonte, onde ele nasceu, e conversaram com historiadores da região.
O livro Nau Capitânia foi lançado em 1999, nas vésperas do aniversário de 500 anos de descobrimento do Brasil. É considerada a primeira biografia de Pedro Álvares Cabral. "Preencheu-se uma lacuna dentro da História do Brasil. Cabral é uma figura que quase ninguém conhecia saindo do país. O livro foi traduzido para o francês e o espanhol", afirma o historiador William Keffer.
Alcy Cheuiche, autor de diversos romances históricos, reforça: "É um dos grandes livros que li na minha vida." Cheuiche foi o responsável por comandar, no Teatro Renascença, uma cerimônia em homenagem a Galvani quando o autor foi a Cuba receber o prêmio Casa de Las Américas. "Foi um momento maravilhoso, porque, quando a gente ganha um prêmio desses, não é só a gente que está ganhando. É a literatura brasileira e rio-grandense", diz.
Livros publicados
"Nau Capitânia: Pedro Álvares Cabral, como e com quem começamos" (Record), de Walter Galvani
/EDITORA RECORD/DIVULGAÇÃO/JC
- Brasil por linhas tortas: a imagem do nosso País na imprensa internacional (Sulina, 1970)
- Informação ou morte (Sulina, 1972)
- Andanças e contradanças (Signo Edições, 1974)
- A noite do quebra-quebra (Mercado Aberto, 1993)
- Um século de poder: os bastidores da Caldas Júnior (Mercado Aberto, 1994)
- Olha a Folha: amor, traição e morte de um jornal (Sulina, 1996)
- Nau Capitânia: Pedro Álvares Cabral, como e com quem começamos (Record, 1999)
- Anacoluto: do princípio ao fim (Record, 2003)
- A Feira da Gente (Câmara Rio-Grandense do Livro, 2004)
- Crônica: o voo da palavra (Mediação, 2005)
- O prazer de ler jornal: da Acta Diurna ao blog (Unisinos, 2008)
- Dolly mudou a minha vida (AGE, 2008)
- A difícil convivência: Porto Alegre e os Farrapos (AGE, 2013)
* Lívia Guilhermano é jornalista, com graduação e mestrado em Comunicação pela Ufrgs. Atua como repórter da TVE-RS.