Uma figura feminina de cinco metros de altura, erguida em bronze à beira do Guaíba, com os braços abertos e os olhos postos na direção do pôr-do-sol, dando boas-vindas aos navegantes que se aproximam de Porto Alegre. É a imagem de Vitória, um dos últimos trabalhos do escultor Vasco Prado, que manifestou a vontade de deixá-la de presente para a capital gaúcha, pouco antes de morrer, em 1998.
A ideia era que fosse instalada na curva da avenida Edvaldo Pereira Paiva (Beira-Rio), entre a Usina do Gasômetro e o Anfiteatro Pôr do Sol, nos domínios de uma área a ser batizada com o nome do artista. Dali, poderia ser avistada por seu criador, da varanda de sua casa, no topo do Morro São Caetano, em Teresópolis. Apesar da vontade de Vasco, o projeto repousa há 22 anos em gavetas de repartições públicas municipais, sem previsão de virar realidade.
"Porto Alegre é a minha cidade", costumava dizer Vasco, que nasceu em 16 de abril de 1914 em Uruguaiana, mas escolheu a capital do Estado como lugar adotivo desde os 14 anos de idade, quando se transferiu para estudar no Colégio Militar. Caso viesse a ser concluída, Vitória se agregaria aos demais monumentos públicos com a assinatura do escultor espalhados pela cidade, entre os quais se destacam o painel em alumínio Revolução Farroupilha e a escultura de aço Tiradentes (ambos na Assembleia Legislativa), além de murais em cimento no Viaduto Loureiro da Silva e no Instituto de Previdência do Estado (IPE) e a figura em bronze do Negrinho do Pastoreio nos jardins do Palácio Piratini.
Modelo da obra Vitória teve ampliação por Caé Braga em 2000
LEOPOLDO PLENTZ/ACERVO DA FAMÍLIA/DIVULGAÇÃO/JC
A proposta de Vitória chegou a ser oficialmente reconhecida pela prefeitura de Porto Alegre através da Lei Municipal 9.478, de 28/05/2004, que "institui homenagem ao escultor Vasco Prado, mediante a denominação de uma esplanada situada na Orla do Guaíba e a colocação de um monumento no local". Contudo, o processo, que tramitou na Secretaria de Planejamento e Gestão sob nº 01.028272.00.5, foi arquivado por falta de recursos em 2014 e não há previsão de que seja retomado, informa o Executivo do município.
Em 2000, o escultor Caé Braga ampliou o protótipo de gesso de 70cm feito por Vasco, utilizando ferramentas de computação gráfica. O molde ampliado se encontra até hoje no depósito da Fundiart, de Piracicaba (SP), à espera de verba para fundição. Nos anos seguintes, a família obteve a aprovação de Vitória em leis de incentivo fiscal, mas não conseguiu viabilizar a captação de recursos. "O modelo está se deteriorando a cada dia que passa. Em breve, ficará inaproveitável", adverte Zoravia Bettiol, artista plástica que foi casada com Vasco de 1960 a 1986.
A estimativa é que os custos para conclusão do trabalho girem em torno de R$ 1 milhão, incluindo fundição e paisagismo. Uma das alternativas cogitadas é a contribuição de doadores, que teriam seus nomes estampados em uma placa junto ao monumento. "É desejo de amigos e familiares que Vitória, projetada para homenagear a cidade, seja agora concluída como uma última homenagem de Porto Alegre ao Vasco", diz Marcelo Moreira, que trabalhou como secretário do escultor de 1983 a 1998.
Hábil artesão da modernidade e intérprete da alma gaúcha
Na década de 1990, Iberê Camargo se propôs a pintar o retrato do amigo de longa data, Vasco Prado
LUIZ EDUARDO ROBINSON ACHUTTI/DIVULGAÇÃO/JC
Como uma das principais referências artísticas do Estado no século XX, Vasco Prado compõe a santíssima trindade das artes plásticas do Rio Grande do Sul, com Iberê Camargo e Francisco Stockinger. Com Iberê (falecido em 1994), ele dividiu seu primeiro atelier no bairro Cidade Baixa, em 1940. Tinham em comum também o ano de nascimento - 1914.
Certa feita, em encontro registrado pelo fotógrafo Luiz Eduardo Achutti na década de 1990, Iberê se propôs a pintar o retrato do amigo de longa data. Ao notar que o outro pincelava, apagava com uma esponja e repintava, Vasco quis saber qual o motivo da indecisão - de tanta repetição do traço, o papel chegou a rasgar na altura do olho direito do modelo improvisado. "É que não fica parecido", respondeu Iberê. "Sou eu que não fico parecido com teu desenho", replicou Vasco, provocando gargalhadas dos que estavam assistindo à cena.
A relação com Xico Stockinger era também de absoluta proximidade. "Vasco conhece muito a profissão, eu o consulto sobre muitas coisas", admitia o austríaco naturalizado brasileiro, cinco anos mais moço, que faleceu em 2009. "Ambos foram pioneiros da modernidade, dando universalidade a obras de inspiração regional. Mas, enquanto Xico expressava uma emotividade exasperada, Vasco explorava aspectos positivos da identidade gaúcha, como a lenda do Negrinho do Pastoreio", observa o poeta e crítico de arte Armindo Trevisan.
Além de esculpir em bronze, pedra, madeira e terracota, Vasco trabalhou com desenvoltura em desenho, xilogravura e gravura em metal. Fez de cavalos, cavaleiros, lendas gaúchas, nus femininos e casais enamorados seus temas e figuras centrais, anota Francisco Dalcol, diretor do Museu de Artes do Rio Grande do Sul (Margs), cujo acervo conta com 78 trabalhos do artista. "As influências em sua obra vão desde a arte rupestre até os grandes mestres modernos, como as superfícies vazadas do inglês Henry Moore, as anatomias sensuais do francês Aristide Maillol, as formas arredondadas do romeno Constantin Brancusi e do alemão Jean Arp e os cavalos e cavaleiros do italiano Marino Marini", acrescenta ele.
De posse de referências universais, Vasco buscou inspiração nos contos gauchescos de Simões Lopes Neto para colocar em diálogo a cultural regional e a tradição da arte, sem aderir a uma visão épica e ufanista do gaúcho. Dalcol lembra que Vasco concorreu com Antonio Caringi para esculpir a Estátua do Laçador: "Se tivesse saído vencedor, o monumento-totem da mitologia gaúcha seria um lanceiro de feições indígenas e não o gaúcho pilchado", afirma.
O desapego ao regionalismo ortodoxo causou reações de desagrado. Em 1968, quando uma das esculturas da série do Negrinho do Pastoreio foi fixada no Parque Rui Ramos, em Alegrete, tradicionalistas ameaçaram jogar a peça no rio Ibirapuitã - atualmente, é uma das atrações turísticas da cidade. Frente às críticas, recebeu a defesa do amigo Erico Verissimo: "Felizmente, Vasco fugiu às fórmulas estreitas do regionalismo 'oficial' de caráter fotográfico e tem resistido com brava honestidade artística à tentação do fácil e do pitoresco", escreveu o autor de O tempo e o vento.
Nus de Picasso salvam o partido
Gravura Soldado morto faz parte do Acervo do Margs
/ACERVO MARGS/DIVULGAÇÃO/JC
"A recorrência da figura lendária do Negrinho do Pastoreio na obra reflete o apreço e a compaixão de Vasco Prado pelos oprimidos e pelas classes mais desfavorecidas", diz Francisco Dalcol, diretor do Margs. A vocação política se manifestou cedo - aos 16 anos, saiu de casa por divergências ideológicas com o pai militar. O escultor até concorreu a deputado estadual em 1946, pelo Partido Comunista Brasileiro.
Em 1947, quando estudou nos ateliers de Etiènne Hajdu e Fernand Léger em Paris, ampliou os laços políticos. Ao retornar ao Brasil, em 1949, trouxe um álbum com gravuras da fase erótica de Pablo Picasso, doadas ao Partido Comunista Francês durante a ocupação nazista. A ideia era destinar a venda das obras para militantes do PCB, posto na clandestinidade pelo governo Dutra. Entretanto, a ousadia estética das peças assustou, e as gravuras encalharam.
Só em 1967 elas encontraram compradores com ajuda do cronista social Paulo Gasparotto, que relatou o episódio em seu site: "Os conceitos haviam mudado e Picasso dominava o cenário mundial das artes. Consegui vender o conjunto para dois jovens empresários, um deles em grande destaque no mundo financeiro, e ao casal Yvone e Flávio Pinto Soares, este o único a quem relatei a finalidade, pois havia sido militante na Faculdade de Direito".
Da França, Vasco também trouxe a ideia do Clube de Gravura, que fundou com Carlos Scliar, em 1950. A inspiração veio de ateliers parisienses que se propunham a usar a arte como instrumento de conscientização em favor da revolução social. Outra influência foi o Taller Grafica Popular (TGP), coletivo de gravura fundado no México nos anos 1930, com o propósito de vincular a produção artística a causas sociais.
Em Porto Alegre, o Clube de Gravura se abrigou em um sobrado alugado na avenida Farrapos, junto ao Hotel São Luís. Publicou a revista Horizonte, que flertou com os conceitos do realismo socialista, então em voga na União Soviética. "Era a moda, e alguns de nós, na ânsia da descoberta das coisas, talvez tenhamos nos perdido um pouco, aplicando mal os seus princípios", admitiu Vasco, em depoimento a Antonio Hohlfeldt, em 1976.
Marco na história da arte gaúcha, o Clube cumpriu o objetivo de chamar a atenção para a realidade social, além de criar uma tradição de gravura no País, com a proliferação de sua experiência Rio de Janeiro, São Paulo, Santos e Recife, até encerrar as atividades, em 1955.
Vasco se afastou do PCB após as denúncias de atrocidades de Stálin no comando da URSS. Ainda assim, não só permaneceu fiel aos ideais socialistas, como os colocou em prática sempre que pôde. Não se furtou, por exemplo, a incluir em seu testamento o secretário Marcelo Moreira, junto com auxiliares técnicos como Paulo Caldas, dando-lhes percentuais de suas obras. "Foi o único comunista autêntico que conheci", diz Moreira. Pouco antes de sua morte, em 9 de dezembro de 1998, Vasco disse, em tom de brincadeira, mas com convicção: "Depois da prisão do Pinochet e da vitória do Olívio Dutra para governador, posso partir em paz".
Casa do artista era polo cultural e afetivo
Nos anos 1970, escultor com a cabeça do monumento Tiradentes da Assembleia Legislativa RS
ACERVO DA FAMÍLIA/DIVULGAÇÃO/JC
Na descrição do escritor e crítico literário Paulo Hecker Filho, Vasco Prado era "um rapaz bonito, de traços tão finamente marcados que a beleza durou pelo menos até os 70 anos. E sabia disso. Como não ia saber? As mulheres não permitiam que esquecesse". A primeira esposa foi a ceramista e escultora Luiza Prado, com a qual se casou em 1938.
Com Zoravia Bettiol, com quem viveu por 26 anos e teve três filhos - Fernando, Eleonora e Eduardo -, os temperamentos opostos se complementavam. Mais extrovertida, ela tomava para si a tarefa de comercializar as obras do casal, além de representar o marido em aberturas de exposições em outras capitais do País.
O protagonismo de Zoravia também se manifestou durante a viagem para Varsóvia, em 1968, período em que ambos realizaram estudos de artes visuais a convite do governo polonês. Ao cruzar o Oceano Atlântico, junto com as crianças, a bordo do navio Cabo São Vicente, em percurso que durou 12 dias, a família fez questão de levar a sua DKW Vemaghet azul (popular automóvel da época). Após o desembarque em Barcelona, o resto do roteiro foi percorrido via rodoviária, passando por França e Alemanha até chegar à capital da Polônia.
Vasco e Zoravia se alternavam ao volante, mas ela fazia questão de assumir a condução do carro nos trechos mais perigosos do caminho, como nos penhascos da Riviera Francesa. "Eu ficava nervosa e atrapalhava o Vasco, caso fosse ele o motorista. Então, preferia eu mesma dirigir", relata ela.
Nos anos 1960, a residência do casal na Rua Luiz Voelcker, no bairro Três Figueiras, se transformou em "ponto cultural, turístico e afetivo" (nas palavras de Zoravia) de Porto Alegre. Nos sábados à noite, as portas eram abertas para receber duas ou três dezenas de amigos. As reuniões de confraternização se prolongavam das 20h até 1h ou 2h. Entre os frequentadores, estavam o escritor Josué Guimarães, o crítico de arte Jacob Klintowitz, o arquiteto Rogério Malinsky, o médico e colecionador Rubem Knijnik e o ator José Lewgoy, além da promotora cultural Eva Sopher e o marido Wolfgang Klaus. "Era coisa de cidade pequena, onde todo mundo se conhecia. Uma Porto Alegre que não existe mais", pontua Zoravia.
Visitas também vinham de longe. Nas lembranças de infância da filha Eleonora, consta a visão de Jorge Amado e Zélia Gattai dormindo no sofá da sala. Vasco havia conhecido o amigo e correligionário no Grand Hôtel Saint-Michel, endereço dos intelectuais brasileiros em Paris nos anos 1940. Em 1965, quando organizou uma exposição de Vasco e Zoravia na galeria Convivium, em Salvador, Amado os acolheu em sua residência durante 10 dias. Alguns anos depois, a gentiliza foi retribuída.
Como o autor de Dona Flor e seus dois maridos tinha medo de avião, percorreu mais de 3 mil quilômetros de carro para vir até Porto Alegre, guiado pelo chofer Aurélio Sodré. A caravana incluía ainda Zélia e uma amiga do casal, Guilhermina, esposa do escultor Mirabeau Sampaio. A turma dormiu nos sofás do living, que virava dormitório nessas ocasiões.
A agitação das Três Figueiras foi transferida para a residência da Pedra Redonda, para onde o casal se mudou no início dos anos 1970, em prédio atualmente ocupado pelo Colégio João Paulo I.
Com a artista e fisioterapeuta Suzana Alvez Cazarré, com quem foi casado nos últimos 15 anos de vida e teve a filha Pilar, Vasco se instalou em El Mirador, apelido que deu à casa do Morro São Caetano por causa da vista deslumbrante. No dia em que morreu, ele havia moldado uma cabeça feminina inspirada nas feições de Suzana ao longo da tarde, sentado em uma cadeira de praia, no atelier montado na ala dos fundos da residência. Depois do jantar, se dedicou a um de seus hábitos prazerosos - assistir a um filme em DVD no sofá da sala.
Não era fã de películas de ação ou suspense, preferia trabalhos intimistas de diretores como o sueco Ingmar Bergman. Ainda que fosse assaltado pelo sono, jamais deixava-se adormecer no sofá. Tratava de levantar-se e ir para a cama. Não foi o que aconteceu naquela noite. Ficou até o fim do enredo, mas, assim que a sessão acabou, sofreu um ataque cardíaco fulminante. "Quando olhei, a cabeça dele estava caída sobre o peito. A sensação foi que a vida dele havia acabado junto com o filme, ou como se tivesse sido um filme", conta Suzana, que apagou da memória o título da fita.
Cavaleiros e madonas de miniatura
Xilografia Cavalo na sombra foi feita por Vasco Prado em 1957
ACERVO DO MARGS/DIVULGAÇÃO/JC
Apaixonado pelo ofício, Vasco Prado foi um artista metódico e obstinado, com disciplina ferrenha em função não só da formação familiar e da passagem pelo Colégio Militar, mas também devido às confluências astrológicas, como sublinha uma das filhas, a atriz Eleonora Prado - o escultor era ariano com ascendente em Touro e Lua em Virgem.
A cada dia, cumpria com rigor o horário de trabalho das 7h30min até 17h, com intervalo de uma hora e meia para almoço, quase como se batesse ponto. No início de jornada, escrevia o roteiro de atividades em uma lousa para não se desviar do planejamento.
Vasco atribuía à iluminação natural o apego ao expediente diurno. Dizia que o ato de modelar esculturas necessitava da luz solar. Nas horas de folga, porém, se dava a liberdade de cometer travessuras, como sulcar o lacre da embalagem de Nescau para criar pequenas esculturas efêmeras - cavalinhos, cavaleiros e madonas - para deleite dos filhos.
Além disso, com um pirógrafo, talhava cavalos em cuias de chimarrão, que passavam pelas mãos dos alunos de desenho (ele próprio não cultuava o hábito da erva-mate). "Para sua natureza lúdica, as coisas da casa eram objetos de transcendência, de poesia", diz Eleonora.
Em certos momentos, dedicava-se a um estado contemplativo, olhando o pôr-do-sol ou o fogo da lareira, em absoluto silêncio. Nessas horas, apreciava a companhia de uma taça de vinho tinto, de preferência de marcas chilenas, argentinas ou do Sul do Brasil - argumentava que os sacolejos das longas viagens tiravam o encanto da bebida que vinha da Europa.
Com bom paladar para comidas caseiras, se arriscava a moldar na cozinha pratos como carreteiro e filé suíno ao forno, além de preparar uma salada de pimentão vermelho queimado na brasa, que havia aprendido com um frade italiano. Como sobremesa, o gosto simples também prevalecia: goiabada com queijo.
Um mestre também na arte de ensinar
Autorretrato em grafite dos anos 1950 do artista que deu aulas no Atelier Livre, UCS e Margs
ACERVO DA FAMÍLIA/DIVULGAÇÃO/JC
Além de se destacar como artista, Vasco Prado formou centenas de alunos de escultura e desenho em seus ateliês, no Atelier Livre da Prefeitura de Porto Alegre, na Universidade de Caxias do Sul e no Museu de Arte do Rio Grande do Sul (Margs). Uma das discípulas foi Zoravia Bettiol, com quem depois se casaria. "Ele sabia transmitir a técnica e a informação, sempre respeitando a linguagem pessoal dos alunos", assinala ela, que desenvolveu obra de personalidade própria como pintora, gravadora, desenhista e tapeceira, além de também atuar como arte-educadora.
Outro aprendiz foi João Bez Batti, que bateu à porta do atelier de Vasco e Zoravia na esquina da Rua Joaquim Nabuco com a José do Patrocínio, na Cidade Baixa, em 1959. Era uma casa de pé direito alto, com um portão que só abria com um lápis enfiado no buraco da fechadura. Com o passar dos anos, Bez Batti ficou tão próximo que até ganhou uma cama reservada para ele na residência do casal. Não surpreende também que sua primeira exposição tenha se realizado no atelier de Vasco.
Com a boa repercussão, o jovem largou o emprego nos Correios e Telégrafos para viver das artes plásticas, com total apoio do instrutor: "Se não conseguir ganhar o que recebia lá nos Correios, pode deixar que eu pago a diferença", assegurou Vasco. Radicado em Bento Gonçalves, Bez Batti é um dos mais conceituados escultores brasileiros da atualidade.
* Paulo César Teixeira é jornalista com textos publicados em IstoÉ, Veja e Folha de S. Paulo. Escreveu os livros Esquina Maldita e Nega Lu – Uma Dama de Barba Malfeita, além de Rua da Margem – Histórias de Porto Alegre, baseado no portal do autor, www.ruadamargem.com.