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Publicada em 19 de Dezembro de 2024 às 19:16

A coleção de hits do Papas da Língua, banda gaúcha que conquistou o pop rock nacional

Grupo será uma das atrações da virada do ano em Porto Alegre

Grupo será uma das atrações da virada do ano em Porto Alegre

RAUL KREBS/DIVULGAÇÃO/JC
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Cristiano Bastos
Parece quase impossível evitar-se fazer citação a uma canção de sucesso de uma banda igualmente de grande sucesso do pop/rock gaúcho e nacional, os Engenheiros do Hawaii, para se buscar uma definição para a fantástica história de sucesso alcançada pelos Papas da Língua. História que, nem de longe, é pouca coisa. Deixando de lado o uso do "bom português", os Papas da Língua (que, após um recesso de cinco anos, fez seu retorno aos palcos em 2023) são os mais legítimos hitmakers. No Rio Grande do Sul, por exemplo, tornaram-se habitués das programações radiofônicas (não importa se jovem, adulta, alternativa ou popular).
Parece quase impossível evitar-se fazer citação a uma canção de sucesso de uma banda igualmente de grande sucesso do pop/rock gaúcho e nacional, os Engenheiros do Hawaii, para se buscar uma definição para a fantástica história de sucesso alcançada pelos Papas da Língua. História que, nem de longe, é pouca coisa. Deixando de lado o uso do "bom português", os Papas da Língua (que, após um recesso de cinco anos, fez seu retorno aos palcos em 2023) são os mais legítimos hitmakers. No Rio Grande do Sul, por exemplo, tornaram-se habitués das programações radiofônicas (não importa se jovem, adulta, alternativa ou popular).
Alistando na sua formação os músicos Serginho Moah, Léo Henkin, Zé Natálio e Fernando Pezão, o quarteto, fundado por Henkin em 1993, detém o estratosférico êxito atingido por Eu sei, canção convertida nacionalmente em big hit após sua inclusão na telenovela global Páginas da Vida. "[Eu sei] estacionou no primeiro lugar nas paradas, em todo o País, por lá permanecendo durante os oito meses em que esteve no ar o folhetim", relata Ilton Carangacci, produtor de longa data da banda.
E não só isso. A faixa Encontros Amargos virou trilha de Cara e Coroa, e tanto Garotas do Brasil quanto Pequeno grande amor foram músicas da série Malhação. Nos cálculos de Carangacci, a banda fez mais de mil shows em dois continentes, somando em público, ao todo, mais de 1,5 milhão de pessoas. Com mais de 250 mil discos vendidos em sua trajetória, a banda já se apresentou em nove países: Estados Unidos, Portugal, França, Argentina, Áustria, Espanha, Angola, Uruguai e Paraguai. Tiveram suas músicas gravadas por uma distinta constelação de bandas e artistas nacionais, como por exemplo, Gabriel O Pensador, Asa de Águia, Pedro Camargo Mariano e a cantora Rosana (do hit Como uma deusa).
O Papas da Língua, que completou 30 anos em 2023, comemorado nos palcos em inúmeros shows (a volta aconteceu na capital gaúcha em novembro do ano passado no festival Turá, do qual foram uma das principais atrações), encontrava-se "em suspenso" desde 2019. Naquele ano, o vocalista Serginho Moah anunciou que os deixaria para dar início a sua carreira solo. "Eu sinto-me honrado pela oportunidade de mais uma vez estar no palco com meus amigos de banda para esse motivo mais do que especial que é celebrar a história do Papas da Língua", afirma Moah. Tal hiato, na opinião de Leo Henkin, serviu para revigorar os ânimos. Novo disco pela frente? Leo não confirma, embora não negue que repertório "na manga" é o que não falte.
Para Fernando Pezão, por sua vez, o regresso aos palcos o leva de volta a um de seus habitats por excelência, juntamente dos estúdios de gravação: "Estar em contato novamente com um público tal qual o do Papas da Língua é uma grande dádiva". Já para Zé Natálio, a benção que recebe com a volta dos Papas da Língua tem dimensão familiar. "Emocionei-me muito em poder ver, em nossos show no festival Turá, meu filho adolescente na plateia. Simplesmente achei que isso nunca ocorreia", entrega-se.
Para o radialista Thadeu Malta, o êxito do Papas da Língua encontra explicação em uma conjunção de fatores formada, em suas palavras, por "várias variáveis". Uma delas, aponta, seria a exímia qualidade de seus integrantes enquanto músicos de estúdio. "Somando-se a isso, os Papas da Língua contam com um frontman carismático e de voz impactante, que é o Serginho Moah. E, de outro flanco, com Fernando Pezão, lendário baterista e notório conhecedor dos estúdios de gravação. Sem falar, ainda, no Leo Henkin, reconhecidamente um dos mais prolíficos compositores gaúchos. Nessa equação inclui-se igualmente o bombástico groove do Zé Natálio", enumera. Tal convergência de forças, na opinião de Malta (o qual, na época em que era coordenador de programação da Atlântida, tocou no rádio, pela primeira vez, a faixa Democracy), só poderia mesmo ter resultado no vitorioso sucesso galgado pelo grupo. "O Papas da Língua é uma banda necessária e, sobretudo, que tem a nítida compreensão acerca de seu papel na música pop brasileira", conclui.
 

Rajada de hits

Papas da Língua (aqui retratado em show em Nova York, nos EUA, em 2007) alcançou projeção nacional com Xa-La-Lá

Papas da Língua (aqui retratado em show em Nova York, nos EUA, em 2007) alcançou projeção nacional com Xa-La-Lá

ACERVO PESSOAL ILTON CARANGACCI/REPRODUÇÃO/JC
Segundo os dicionários informais, o termo xalalá tem como significado "conversa fiada". Esse sentido, porém, não se aplica ao segundo álbum dos Papas da Língua. Longe de perder tempo com bobagens, Xa-La-Lá é uma metralhadora giratória de hits. Do início ao fim, o bagulho não dá descanso - literalmente faz pulsar os "falantes": Garotas do Brasil, Tentação, Blusinha Branca, Mary Jane (Essa Mulher é um Diabo), Psycho Lover (e a grande sacada que é a cover de Rock and Roll Lullaby) são uma animada aula de música feita para grudar nos ouvidos. O famoso chiclete.
Em Xa-La-Lá a banda afiou sua conversa musical, dialogando com gêneros que passam por rock, reggae, dancehall e grooves sortidos. Apesar da aparente fórmula, a concepção de Xa-La-Lá se deu como uma obra pop aberta. O disco, com lançamento em 1998 pelo selo Antídoto, vendeu mais de 50 mil cópias, concedendo ao grupo seu primeiro Disco de Ouro.
Xa-La-Lá começa com o calorento ska Garotas do Brasil, que ganhou forma a partir de um jingle para uma marca de calçados. Na adaptação feita pelos Papas da Língua a música emplacou como sucesso nas rádios do Rio Grande do Sul. O pop-bubblegum traz em seu refrão o "xalalá" que intitula o disco, em uma letra provocativa: "Provei a erva de Satã / Em Amsterdã / Bebi o vinho do prazer / Em Jurerê". Em Mary Jane (Essa mulher é o Diabo), os arranjos de sopros tiveram elaboração do trombonista paulistano Itacyr Bocato.
Embora certas faixas de Xa-La-Lá teçam odes às mulheres, o disco também apresenta canções de viés filosófico. O existencialismo de Não vou esperar remete a (Sittin' on) The dock of the bay do soulman Otis Redding: "Nem vou ficar / Filosofando na beira do rio / Vendo passar / O mundo inteiro naquele navio". Por sua vez, a letra de Hey Brown é uma crônica a respeito de vidas aparentemente em desconexão: "Carolina pulou na piscina / E descobriu que a vida é fina / Johnny resolveu subir o morro / E desapareceu ali na esquina".
De erótico romantismo, o sucesso Blusinha branca foi criado um dia antes das sessões de gravação de Xa-La-Lá terem início. Já em Rock and roll lullaby, de B.J. Thomas, os Papas inauguraram a tradição de, a cada álbum lançado, realizarem uma versão para algum clássico do pop mundial. Noite de reggae celebra o ritmo tradicionalmente jamaicano em versos que sugerem licenciosas subjetividades: "Lindas mulheres e homens malditos / Na engrenagem louca que o suor lubrificou / Reis de um momento de felicidade".
Entre suas 13 faixas, Xa-La-Lá também contempla uma versão para a balada Como?, de Luis Vagner (sucesso de 1972 na voz do pernambucano Paulo Diniz). Autor das letras na maioria das canções, o guitarrista Leo Henkin resgatou em Freira Rosalinda platônicas memórias de seus tempos de adolescente, quando punha-se a espionar o convento no qual a religiosa retratada nos versos da canção cumpria seus votos: "Eu vejo você rezar / Dias de súplicas / Noites de solidão / Você se entrega a Deus / Quase me jogo ao mar".
Na música Em setembro, a inspiração para Henkin veio com o nascimento de sua filha, enquanto Psycho lover é sobre as perturbações que podem ser acarretadas pela ausência de amor. Outro dos hits de Xa-La-Lá, Viajar é uma parceria do vocalista Serginho Moah com seu irmão e também compositor Evandro Garcia. Na autobiográfica canção, Moah cantou sobre a ocasião em que saiu do Brasil pela primeira vez: "Quero lhe falar / É bom viajar / Tocar pelo mundo afora / Nova York é bom / Paris é demais / Algo que eu não vou esquecer jamais". Ninguém mais esqueceu, de fato.
 

O sucesso continua

Eu Sei foi trilha de novela e levou o Papas da Língua para fora do País

Eu Sei foi trilha de novela e levou o Papas da Língua para fora do País

MARCO QUINTANA/ARQUIVO/JC
Nos dois trabalhos seguintes, os Papas da Língua seguiram com a mão firme no pulso do sucesso. Em Babybum, eles deixaram transparecer sua faceta mais rock 'n' roll sem deixar de lado o molho pop de sonoridades diversas. A começar pela canção Vou ligar, que abre o álbum desferindo riffs roqueiros. O disco lançado em 2000 pelo selo Antídoto em parceria com a gravadora Abril Music traz, além do hit Eu sei (incluída na trilha sonora da novela Páginas da Vida), uma versão para Baby de Caetano Veloso. A balada de autoria de Fernando Pezão e Serginho Moah galgou as paradas de sucesso, chegando ao primeiro lugar em programações radiofônicas por todo o Brasil.
Já o álbum Um Dia de Sol reúne outros dois grandes sucessos radiofônicos emplacados pelos Papas: Lua cheia/Fica doida e Vem pra cá - essa última incluída na trilha sonora da novela Viver a Vida. No quarto título de sua discografia, os Papas da Língua aventuraram-se numa versão reggae para a canção heavy-punk Pet sematary dos nova-iorquinos Ramones. A cantora Adriana Calcanhotto fez participação em Um Dia de Sol, deixando sua voz na versão para Sorte de Caetano Veloso. Lançado em 2002 pela gravadora Orbeat Music, também inclui, como bônus, Perto de mim e No calor da hora.
 

Os quatro pontífices

RAFAEL SERRA/DIVULGAÇÃO/JC
Zé Natálio
Um dos mais requisitados contrabaixistas de sua geração, Zé Natálio atuou ao lado de artistas das mais variadas vertentes, como Fughetti Luz, Cauby Peixoto, Ernesto Fagundes e Bebeto Alves. Antes de ingressar nos Papas da Língua, no começo dos anos 1990, fez parte da Preto Brás, banda que acompanhava o paulistano Itamar Assumpção. Em Porto Alegre, também tocou em grupos como Produto Urbano, Dedé e os Ajudantes e Colarinhos Caóticos. Nos Papas da Língua, é autor de canções como Mary Jane (Essa mulher é um diabo), Solidão e Perto de mim. Ao lado do rapper Nitro Di, é co-autor de Sem rancor e, com Totonho Villeroy, de Se Toque. O percussionista Luciano Lima, o Malásia, ex-Ultramen, diz-se fã confesso: "Seu estilo de tocar mistura suavidade e peso com uma pegada inconfundivelmente precisa."
 

RAFAEL SERRA/DIVULGAÇÃO/JC
Fernando Pezão
O baterista é detentor de extensa biografia na música contemporânea feita no Rio Grande do Sul. Também pianista, compositor, produtor e arranjador, integrou, nos anos 1970, os grupos Mantra e Inconsciente Coletivo, até chegar aos Almôndegas e Musical Saracura. Em sua longa carreira de instrumentista, tocou ao lado, entre outros, de Geraldo Flach, Hique Gomez e Carlinhos Hartlieb. Tem no Papas da Língua co-autoria em canções como Eu sei, Corro demais
e Máxima culpa. É de sua autoria os sucessos Doce balanço e Bixo Maluco, faixas que integram o compacto lançado, em 1979, pelo Discocuecas. Em estúdio, fez a produção de O Primeiro Disco e Cena Beatnik, lançados respectivamente por Cláudio Levitan e Nei Lisboa em 1996 e 2001. O guitarrista, vocalista e compositor Silvio Marques conta que já conhecia o baterista desde antes dele ter feito seu nome no grupo Musical Saracura. Para Marques, trata-se de um baterista que traz, entre seus grandes atributos, a capacidade de aliar a técnica à sensibilidade. “Entre as qualidades que admiro no Pezão, enquanto baterista, é a virtude que possui de dominar, como poucos, a linguagem e a forma da música pop”, enaltece.

RAFAEL SERRA/DIVULGAÇÃO/JC
Serginho Moah
Nascido em Porto Alegre, o guitarrista, vocalista e compositor Serginho Moah teve sua criação em Uruguaiana, cidade na qual, desde criança, atuava como puxador das escolas de samba locais. Cantando na noite na Porto Alegre, no começo dos anos 1990, conheceu Leo Henkin. Nos Papas da Língua, além do hit Eu sei, assina canções como Viajar e Pra gente passear. No começo de 2022, o músico lançou nem todas as plataformas digitais e rádios do País o single Minha outra vez, primeiro lançamento do cantor como artista da Gravadora Soma e também o primeiro single do EP Euforia, lançado no mesmo ano. Vocalista e letrista da Produto Nacional, Paulo Dionísio ressalta em Serginho Moah, com quem possui amizade de longa data, não só seu profissionalismo, mas, também, a pessoa. “O Serginho é cara que eu amo demais. É um pai, amigo e, especialmente, um grande irmão. Para mim, então, é muito legal poder dizer isso em público. Vamos falar isso porque é verdade.”

RAFAEL SERRA/DIVULGAÇÃO/JC
Leo Henkin
Guitarrista, compositor, arranjador e trilheiro de cinema, Leo Henkin criou sua primeira banda, a Dzáhgury, em 1981. No ano seguinte, aos 21 anos, recebe o convite para substituir o guitarrista Zé Flávio no conjunto Musical Saracura. De 1984 a 1986, passou a integrar a formação do grupo Os Eles. No Papas da Língua, possui autoria em faixas como de Pó de pimenta, Freira Rosalinda e Vou ligar. Músicas compostas por ele também ganharam interpretações de Pedro Camargo Mariano e Rosana, os quais dele gravaram Encontros amargos. No audiovisual, Leo responde por trilhas sonoras como a da série da HBO Mulher de Fases. A produção de álbuns como Buena Onda, do Sombrero Luminoso, leva sua assinatura. O músico, escritor e compositor Cláudio Levitan só tem elogios a Henkin, especialmente como arranjador. “Sempre me emociono muito quando ouço o arranjo que o ‘Leozinho’ concebeu, em meu primeiro álbum, para a canção Nada mais. Ele demonstrou ali uma sensibilidade com a qual, até então, eu ainda não havia me deparado. Além de tudo, o Henkin é genial em sua capacidade de compor canções populares com tamanha versatilidade.”

Top of the Papas

Papas da Língua, em foto promocional de 2010

Papas da Língua, em foto promocional de 2010

WASHINGTON POSSATO/DIVULGAÇÃO/JC
O compositor de mão cheia Leo Henkin comenta onze emblemáticas canções na trajetória do Papas da Língua
Democracy (1994)
Primeiro single lançado pelo Papas da Língua. Escrevi Democracy no ambiente conturbado e difícil dos primeiros anos do período de redemocratização no Brasil, os chamados "Anos Collor". Com seu refrão retirado de um livro de economia (de autoria de Kenneth Galbraith, se não me engano), a letra tenta achar algum sentido histórico que possa explicar nossos percalços e tropeços como nação. Especulava-se, na época, se seríamos um grupo carioca, ou baiano, já que em Porto Alegre, na época, raramente se via alguém fazendo reggae.
Essa não é sua vida (1994)
Eu havia feito a trilha sonora de um curta-metragem, homônimo, dirigido pelo Jorge Furtado, então a letra da canção tem a ver com o enredo do filme. Cantada boa parte em tercinas, numa levada rock, abriu um outro caminho estilístico para o Papas da Língua, uma vez que, naqueles dias, achavam que éramos uma banda essencialmente regueira.
Blusinha branca (1998)
Primeiro hit do Papas da Língua dentro de uma obra, o álbum Xa-La-Lá, que igualmente nos deu outros sucessos. A canção nos confirmou como um grupo de música pop e, no caso de Blusinha branca, que também transita pelo pop reggae brasileiro.
Viajar (1998)
Mais um hit do disco Xa-La-Lá. E que aponta para a black music, outra importante vertente rítmica no som do Papas da Língua.
Rock'n'roll lullaby (1998)
De autoria de B. J. Thomas, nossa versão para Rock'n'roll lullaby foi muito importante por conta do resultado sonoro obtido e além disso, eu diria, pela ousadia e inovação no tratamento dado pelo Papas da Língua a este clássico do cancioneiro norte-americano.
Eu sei (2000)
Até hoje nosso maior hit. Ao longo de oito meses, Eu sei estacionou em primeiro lugar nas rádios de todo o País impulsionada pela trilha sonora da telenovela global Páginas da Vida. Canção responsável por ter conduzido o Papas da Língua em turnês pelo Brasil e também por vários países gerando, inclusive, uma carreira internacional. Balada lenta tendo, como base, violão e voz. Bateu nas pessoas como uma canção sobre saudade e ausências. Faixa que faz-se presente no repertório de Babybum, álbum lançado em 2000.
Calor da hora (2002)
Canção que fiz para ser o tema de Houve Uma Vez Dois Verões, filme dirigido por Jorge Furtado. Quando começou a tocar nas rádios, virou hit.
Um dia de sol (2002)
Canção essencialmente romântica gravada em nosso disco homônimo lançado em 2002. Hit potencialmente radiofônico que ajudou a sedimentar a faceta baladeira do Papas da Língua.
Vem pra cá (2004)
Grande hit de nosso primeiro DVD, o Acústico Papas da Língua, um projeto, por sua vez, que virou turnê, permanecendo cinco anos na estrada.
Espelho meu (2004)
Música com a qual a banda toda tem uma grande sintonia. Acabou trazendo um viés de composição diferente, que tem a ver com sonoridades e influências que os músicos do Papas da Língua possuem de compositores do nordeste brasileiro.
Disco rock (2008)
Uma das canções mais executadas do álbum Disco Rock, no qual, por sinal, o Papas da Língua retoma suas influências britânicas do rock e do pop britânicos.
 

* Cristiano Bastos é jornalista e autor de Julio Reny – Histórias de amor e morte (Prêmio Açorianos de Melhor Livro em 2015), Júpiter Maçã: A efervescente vida e obra, Nelson Gonçalves: O rei da boemia, Nova carne para moer e Gauleses irredutíveis – Causos & Atitudes do Rock Gaúcho. Também publicou, em 2023, a obra de jornalismo e artes gráficas 100 grandes álbuns do rock gaúcho: influências e vertentes (Nova Carne Livros).

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