Muita gente acha que o trabalho de um cartunista é criticar as mazelas do mundo, mas sem deixar de lado a leveza e o bom humor. O problema é que, às vezes, a realidade pega pesado, exigindo um posicionamento mais duro — e até mesmo incômodo — de quem trabalha com isso.
Que o diga a porto-alegrense Fabiane Langona. Uma das principais artistas visuais do País, ela já publicou em veículos como Jornal do Brasil, O Estado de S. Paulo, Piauí e Bravo. Participa de mostras e exposições mundo afora — em outubro, por exemplo, esteve na França para o festival de humor e desenho de imprensa de Saint-Just-le-Martel. Seu primeiro livro, Uma Patada com Carinho (LeYa Barba Negra, 2011), ganhou o prestigiado Troféu HQ Mix na categoria Melhor Publicação de Humor Gráfico.
Todo esse reconhecimento não impede que, volta e meia, a cartunista seja alvo de pesadas críticas na internet. Ao que parece, quando a assinatura por trás do desenho é de uma mulher, o julgamento logo se converte em um tribunal da inquisição.
Foi o que aconteceu em maio, quando a Folha de S. Paulo (onde, entre idas e vindas, Fabiane publica há quase 20 anos) circulou com uma tirinha da série Viver Dói sobre as enchentes no Rio Grande do Sul. Na ilustração, uma personagem aparece agarrada a uma tábua no meio da inundação, dizendo: "Sobreviver antes. Repensar nos projetos políticos que tenho apoiado, logo em seguida".
Não levou muito tempo para que a artista fosse apedrejada nas redes sociais, sobretudo por políticos e influencers de extrema-direita, que interpretaram a crítica como um desrespeito às vítimas da tragédia. Fabiane chegou a escrever um longo texto no Instagram explicando que não se tratava de uma peça gráfica humorística.
"Uma charge nem sempre tem o deboche e a piada como fundamentos. E, no caso desta, quem teria como intenção tripudiar da situação gravíssima e triste que vivemos!??", argumentou, logo no começo do post.
Para além das ofensas de sempre, Fabiane sofreu ameaças. "Chegaram a dizer que iam me matar, que iam me bater se passassem por mim na rua. Além dos clássicos xingamentos morais ou estéticos, como 'puta' e 'feia', claro. Parece mais fácil ser agressivo e, para alguns, até prazeroso, quando se trata de um trabalho produzido por quem julgam ser o dito 'sexo frágil', com ofensas que têm como ponto de partida um sentido sexual, moral ou físico", afirma.
Ao mesmo tempo que incomodam algumas pessoas, as tiras e cartuns de Fabiane conquistam a admiração de muitas outras. Como a psicanalista e escritora Diana Corso, que a considera "uma quadrinista em plenos poderes". "Não há o que ela não possa transformar em seu humor intenso e ácido. Crise política, climática, costumes, o espírito de sua época… Só isso já bastaria. Mas tem algo a mais que me faz amar seu trabalho em particular: sua representação de nós, as mulheres", diz.
Para Corso, ao retratar o universo feminino de forma realista, Fabiane se torna uma amiga íntima — aquela com quem se pode compartilhar tudo, até mesmo as "nojeirinhas". "Somos intensas e espertas. A cultura nos ensinou, por séculos, a ocultar isso até umas das outras, e fomos aprendendo a infringir essa regra cada vez mais. Fabiane não está nem aí para a regra, o que a torna uma grande amiga de cada leitora. E os homens, se quiserem saber quem realmente somos, consultem a grande Langona", recomenda.
Quem consultou — e virou fã — foi o professor universitário Rodrigo Daniel Sanches, doutor em Psicologia e pesquisador da imagem feminina na mídia. Um dia, ao folhear a página de quadrinhos do jornal, ele se viu diante de uma tira que adotava um humor bastante mordaz para abordar o assunto.
"Sempre recorro aos cartuns da Langona para ilustrar minhas palestras. Enquanto eu preciso de dez ou mais slides para refletir sobre um tema, em apenas um cartum ela faz uma análise potente e satírica", observa Sanches. "Sua capacidade de interpretar a sociedade atual e discutir temas como corpo, procedimentos estéticos, envelhecimento, sexualidade e feminismo faz de Langona uma das cartunistas mais sagazes do País. Arrisco dizer que ela já figura no panteão do cartum brasileiro."
Seja qual for o ponto de vista, uma coisa é certa: não tem como ficar indiferente diante dos poderosos cartuns de Fabiane Langona.
Uma apaixonada pelo desenho
Fabiane Langona em seu ambiente de trabalho, 'supervisionada' pelo gatinho Peppino Di Capri
MA VILLA REAL/DIVULGAÇÃO/JCA moça chegou vestida com um casaco de pele; fumou 20 cigarros e pediu um café.
Foi assim, debochando dos clichês de um romance noir, que nossa entrevistada iniciou o bate-papo com a reportagem do Jornal do Comércio, em uma cafeteria no Centro Histórico de Porto Alegre.
Dona de um humor ácido, Fabiane Bento Langona é cria de uma época muito inspirada no cartum brasileiro. Nascida em junho de 1984, virou leitora de quadrinhos graças à influência dos irmãos — a mais velha, Angelita, tem 12 anos a mais que ela, e o do meio, Daniel, 10. "Meus pais já tinham o famigerado casalzinho. Fui, de fato, um acidente de percurso", brinca.
Por causa dessa diferença de idade, garantiu acesso privilegiado a publicações como Chiclete com Banana, Circo e MAD. Não que tenha queimado etapas: Turma da Mônica e Disney também faziam parte do seu universo, mas o conteúdo destinado aos adultos possuía um charme especial. "Essas revistas eram meio proibidonas, algo que só podia ler escondida no beliche que dividia com minha irmã. Ficava fascinada quando ela aparecia com essas revistas. Tinha certeza que se tratava de uma coisa radical, que só se podia ler longe dos pais", revela.
Graças aos quadrinhos, se alfabetizou antes mesmo de ir pra escola, já com essa linguagem como referência. "Nunca tive um aprendizado muito linear. Nas provas, às vezes me expressava através de balões ou desenhava para explicar alguns detalhes, porque me parecia mais familiar. Felizmente, sempre contei com a boa vontade das professoras", ri.
Em casa, além de boa vontade, ela tinha o estímulo dos pais, os artesãos Veloci e Marleci Bento Alves Langona. Isso foi fundamental para desenvolver seu trabalho. "A verdade é que toda criança desenha. Só que a maioria vai parando com o tempo, ou porque perde o interesse ou porque não é incentivada pela família. No fim das contas, eu só sou uma criança que nunca parou de desenhar."
Por volta de 2002, Fabiane ganhou um novo e inesperado apoio para seguir sua carreira. Na época, ela tinha o hábito de "rabiscar" guardanapos em bares. Um dia, o cineasta e animador gaúcho Otto Guerra viu uma de suas ilustrações e achou o traço parecido com o do cartunista Ota, editor da versão brasileira da revista MAD — uma verdadeira "bíblia" do humor subversivo. Decidiu, então, apresentar os dois.
"Eu não podia acreditar, porque o Ota era uma das minhas referências, pra não dizer a maior. Quando nos conhecemos, ele já foi falando que éramos iguais, pelo estilo de desenho e por sermos canhotos. Que eu era uma espécie de filha perdida feita em alguma noite de bebedeira pelo Sul. Então ele meio que 'me adotou' e logo me tornei estagiária e arte-finalista da MAD. Foi um sonho ir para o Rio de Janeiro, ainda mais para trabalhar em uma revista tão importante para a minha formação", afirma ela.
Em busca de uma visão mais feminina (e feminista)
Cartum de Fabiane Langona
FABIANE LANGONA/REPRODUÇÃO/JCApós sua passagem pela MAD, Fabiane — que então assinava como Chiquinha, seu apelido de adolescência — começou a cursar Jornalismo na Pucrs. Quando estava na faculdade, teve uma rápida passagem pelo JC, onde criava ilustrações para os cadernos Panorama e Viver. "A Maria Wagner (ex-editora de Cultura) foi uma grande incentivadora do meu trabalho", lembra.
Em 2005, teve um desenho publicado na coluna do "padrinho" Ota no Jornal do Brasil. Logo depois, foi contratada como quadrinista regular do suplemento Folhateen, da Folha de S. Paulo, o que a levou, anos mais tarde, a residir na maior metrópole do País. Nessa época, começou a se questionar de forma mais profunda sobre algo que já a incomodava desde a adolescência: o modo como as mulheres eram retratadas nas HQs.
"Percebi que o que via nos quadrinhos feitos por homens não era bem o que eu desejava expressar. Até mesmo alguns, que julgava serem meus maiores mestres, comecei a enxergar com outros olhos. Isso pra não falar das heroínas com peitões, roupas coladas, sempre impecáveis. A Mulher-Maravilha de salto, combatendo o crime! Eram coisas que não me desciam", confessa.
Nos sebos, descobriu a guatemalteco-brasileira Mariza, a argentina Maitena e as francesas Claire Bretécher e Florence Cestac, entre outras desenhistas que a ajudaram a ter um novo olhar sobre seu próprio trabalho. "Não contava com tantas referências femininas como hoje. Não só porque vivia em um mundo onde o desenho de humor, em sua quase totalidade, era feito por homens, mas também porque tinha um acesso mais limitado a tudo isso. Vivi a realidade da internet discada e do e-mail fabiane@bol", diverte-se.
Com as histórias da Elefoa Cor-de-Rosa, começou a desenvolver um protótipo do humor que faz hoje. Em meio a girafas, ursos e outros animais antropomórficos, a protagonista de Uma Patada com Carinho encarava dilemas reais do dia a dia das mulheres.
"Vejo que ali já estava adiantando pautas que me habituaria a desenvolver mais tarde. Não tinha tanta sutileza, nem a experiência de amadurecer como ser humano e o conhecimento adquirido com novas leituras. Acho que tudo isso contribuiu para chegar na linguagem que utilizo hoje", afirma.
Na sequência, Fabiane desenvolveu o que pode ser chamado de "linha evolutiva" da Elefoa, publicando cartuns e quadrinhos no portal UOL. Segundo ela, esse foi um trabalho complicado, pelo fato de ter que seguir pautas de comportamento tidas como "femininas", das quais discordava bastante. "Fiz o que pude com o que tinha", admite. Ainda assim, a obra foi bastante elogiada e rendeu mais um livro, Algumas Mulheres do Mundo (Mórula Editorial, 2015).
À medida que refinava seu traço e texto únicos, a artista começou a se tornar, também, uma referência para novas cartunistas. Mas ela própria não tem essa percepção, até porque nem imaginava que estava rompendo paradigmas. Hoje, porém, Fabiane se diz consciente de que é preciso "espalhar a palavra".
"É doloroso ficar tocando em temas sensíveis, como violência de gênero, sexual, precarização do trabalho e a desigualdade corriqueira a que todos somos expostos, em termos sociais, raciais, de classe... Sofro junto quando desenho algumas coisas. Portanto, me dou o direito de desfrutar também de alguma abstração, com tiras leves — de gatinhos por exemplo", ri. "Mas não podemos, como artistas gráficos de opinião, deixar de refletir e espelhar o nosso tempo."
Intrusa entre os 'bigodudos'
Tirinha de Fabiane Langona
FABIANE LANGONA/REPRODUÇÃO/JCNo processo criativo de Fabiane Langona, não há espaço para autocensura: da precarização do trabalho a procedimentos estéticos da moda; da violência sexual a tragédias ambientais, tudo pode motivar uma tira ou um cartum. Órgãos genitais estampam as páginas sem pudor, assim como fezes e sangue menstrual.
A liberdade com que aborda esses temas, até então 'atípicos' para uma desenhista, fez com que, por algum tempo, muitas pessoas pensassem que Chiquinha fosse o pseudônimo de um homem (ela só passaria a usar o próprio nome em 2017). "Quando comecei a publicar, achavam que eu era o 'Allan Sieber de saias'. Porque os caras podiam desenhar pênis e vaginas, mas as mulheres, não. Até hoje, quando faço um quadrinho sobre menstruação, as pessoas ainda acham grotesco. Chega a ser surreal", diz.
Não que no ambiente "cartunístico" o machismo tenha sido extinto. Mas, entre os pares, Fabiane se impôs justamente pelo choque de realidade que provocou.
"Era só o que faltava, essa menina… Sim, era só o que faltava na comunidade machista dos cartunistas!", brinca o veterano Santiago. "Quando chegou a Fabiane Langona — toda alegria, toda talento, toda humor —, com uma maravilhosa visão feminina e feminista, foi um susto bonito e agradável. Enfim tínhamos uma colega pra chamar de colega, no feminino. Adoravelmente, o mundo dos bigodudos e mal-encarados desenhistas do Sul nunca mais foi o mesmo."
Outro nome consagrado da cena, Edgar Vasques destaca a ousadia e a originalidade da colega. "Fabiane trabalha reunindo sua formação de jornalista, que faz da comunicação instrumento de esclarecimento, com um grande talento gráfico e uma verve humorística certeira. O resultado é uma contribuição única ao cartum crítico atual do Brasil, especialmente pela corajosa perspectiva feminina que ela sempre traz", elogia.
"Ser desagradável faz parte do meu trabalho"
Temas íntimos da feminilidade, como menstruação, são comuns no trabalho de Fabiane Langona
FABIANE LANGONA/REPRODUÇÃO/JCPara quem não conhece o trabalho da artista, o site fabianelangona.com serve como um excelente ponto de partida. Na página, ela disponibiliza uma amostragem plural de sua obra, incluindo pinturas em acrílico sobre tela.
Mas se o objetivo for mergulhar mais fundo, a dica é aguardar o lançamento de Viver Dói. Seu próximo livro reunirá algumas das melhores tiras publicadas na Folha — onde Fabiane também assina a charge A Hora do Café. Inicialmente programada para sair este ano, a publicação teve alguns imprevistos (inclusive, com mudança de editora) e deve ser lançada no primeiro semestre de 2025 pela Bebel Books.
Além da coletânea, a cartunista deseja tirar do papel uma obra chamada Nosso Livro Vermelho. Antes que alguém pense que se trate de um novo Manifesto Comunista, ela explica: o foco aqui é o universo menstrual.
"Pretendo abordar a menstruação através da história, trazendo entrevistas com pessoas de diferentes gerações, classes sociais e identidades de gênero. É basicamente um livro-reportagem. Já tenho a capa e algumas páginas encaminhadas, mas ainda não consegui tempo para me debruçar sobre esse projeto com toda a dedicação que ele merece", conta.
Outro desejo dela é quadrinizar sua amizade com Ota. Essa empreitada, porém, exige superar uma barreira emocional, pois o cartunista faleceu em 2021. "Já rascunhei um roteiro sobre a nossa história, mas, sempre que penso nele, fico emotiva e paro", explica, com a voz embargada. Logo, porém, recorda do amigo de forma mais animada.
"Um dia, ele veio falar comigo em um sonho: 'Ah, Chiquinha, você tem que aceitar que eu morri'. E ele lá, fumando um Marlborão, encostado numa pedra do Parque Lage, de camiseta vermelha e seu indefectível colete de cartunista — com os bolsos cheios de guardanapos desenhados saindo pra fora. Foi mesmo muito realista!"
Enquanto isso, Fabiane segue publicando seus trabalhos na Folha e em outros veículos, no Brasil e no mundo. E também realizando novas façanhas: recentemente, ela teve a oportunidade de desenhar o cartaz do tradicional Salão Internacional de Humor de Piracicaba — o primeiro criado por uma mulher brasileira em 51 anos de história.
Para Junior Kadeshi, diretor do evento, esse reconhecimento é mais do que justo. "Conheci seu trabalho irreverente, corajoso e, muitas vezes, escrachado, dez anos atrás, quando a trouxemos para uma exposição paralela. Na época, era uma das poucas cartunistas que faziam um trabalho com temas tão polêmicos, mexendo com tabus e assuntos do universo feminino de uma forma tão livre e com seu traço inconfundível", ressalta.
Apesar dos feitos, Fabiane evita se intitular pioneira de qualquer coisa. Por outro lado, tem plena consciência de seu papel como mulher cartunista. E avisa que vai continuar desenhando sem a preocupação de se enquadrar no tipo de humor que as pessoas julgam "aceitável".
"Muita gente diz que não ri com meus quadrinhos. Mas nem eu rio. A ideia de que peças gráficas desse tipo precisam necessariamente ser engraçadas é um tanto parva. São diversas nuances que as compõem: denunciar, explicitar os absurdos através de outro olhar… A questão do riso é muito sensível. Geralmente busco algo como um sorriso desconfortável. E, muitas vezes, graça alguma", reflete.
Ela lembra de quando desenhou uma tira sobre uma menina que foi abusada pelo tio, engravidou e, para quem estava ao redor, isso havia sido algo positivo, porque a coisa ‘ficou em família’. “Essa é uma realidade horrível que nos acompanha quase diariamente. E é muito mais aterrorizante que o fato retratado por um cartunista, que, na minha concepção, busca sempre enveredar o olhar dos leitores para uma reflexão mais subjetiva”, acredita.
Ao abordar temas como esse, Fabiane coloca o dedo na ferida — e sabe que provoca uma reação indigesta nos leitores. Mas isso não é realmente um problema. Afinal, como ela própria diz: “ser desagradável faz parte do meu trabalho”.
As multifacetas de Fabiane Langona
Por Sonia Maria Bibe Luyten*
"Pode ser cartum, charge, HQ ou ilustração; imediatamente, o estilo de Fabiane Langona salta aos olhos. Ela preenche uma lacuna não só no humor gráfico, mas também em questões políticas e as hierarquias de gênero. Uma vez li o que fala sobre si mesma: "me encontrei como cartunista justamente pra quebrar expectativas de todos os lados que viessem".
Meu contato com Fabiane é esporádico, mas constante, em salões de humor, palestras e congressos de HQ. Juntas não só do lado profissional, mas como amigas trocando figurinhas sobre nossas vidas.
O mais intenso encontro foi em 2012, quando o cartunista Samuca Andrade organizou o Salão Internacional de Humor Gráfico de Pernambuco e propôs um júri integralmente formado por mulheres, entre cartunistas, ilustradoras e pesquisadoras: a portuguesa Cristina Sampaio; a paranaense Pryscila Vieira; a colombiana radicada na Espanha Nani Mosquera; a gaúcha Fabiane Langona; a carioca Clara Gomes; e eu, a paulista Sonia Luyten.
Vivenciamos nosso lado profissional, enquanto juradas, e o cotidiano, entre conversas e tolices. Numa das noites, após um dia intenso de trabalho, confessei, entre risinhos, que queria assistir ao último capítulo de uma novela da época (Avenida Brasil) para ver o que ia acontecer com a carismática vilã Carminha. E, também entre risinhos, elas confessaram o mesmo. Fomos para meu quarto, sentamos na cama, despimos nossos "trajes de juradas" e demos boas risadas.
Fabiane é uma grande amiga e uma grande profissional. Só tenho superlativos para falar sobre ela, uma artista que transmite clareza, originalidade e expressividade em tudo o que faz."
* Luyten é uma das principais pesquisadoras brasileiras em histórias em quadrinhos, animes e mangás. Escreveu, entre outros livros, O que é História em Quadrinhos (1985), da célebre Coleção Primeiros Passos.
* Daniel Sanes é jornalista formado pela Universidade Católica de Pelotas. Já foi repórter e editor no Jornal do Comércio. Hoje, trabalha na República – Agência de Conteúdo e atua como freelancer.