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Publicada em 26 de Setembro de 2024 às 18:57

A história do Santa Mônica, casarão dançante que marcou a noite da Dom Pedro II

Casa noturna atraiu jovens e adultos durante 20 anos, mantendo o pique de um dos mais concorridos territórios boêmios de Porto Alegre

Casa noturna atraiu jovens e adultos durante 20 anos, mantendo o pique de um dos mais concorridos territórios boêmios de Porto Alegre

ACERVO EDSON DUTRA/REPRODUÇÃO/JC
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Marcello Campos
Canonizada pelo Vaticano no século de 1400, a norte-africana Mônica Hipponensis (331-387) não consta no imaginário de católicos e ortodoxos devido a algum milagre. Mas a ela se atribui a conversão de seu primogênito, o rebelde Aurelius Augustinus, em crente fervoroso e teólogo fundamental do cristianismo: o futuro Santo Agostinho. Não por acaso, é padroeira das mães preocupadas e dos alcoólatras em recuperação. "Não permita que meu filho seja conquistado pela luxúria", diz um trecho da oração à protetora dessas e de outras causas.
Canonizada pelo Vaticano no século de 1400, a norte-africana Mônica Hipponensis (331-387) não consta no imaginário de católicos e ortodoxos devido a algum milagre. Mas a ela se atribui a conversão de seu primogênito, o rebelde Aurelius Augustinus, em crente fervoroso e teólogo fundamental do cristianismo: o futuro Santo Agostinho. Não por acaso, é padroeira das mães preocupadas e dos alcoólatras em recuperação. "Não permita que meu filho seja conquistado pela luxúria", diz um trecho da oração à protetora dessas e de outras causas.
E foi justamente a devoção de Dona Arlene, mãe do empresário gaúcho Edson Dutra, que o fez escolher Santa Mônica como nome de uma boate que estaria entre as mais concorridas da Porto Alegre de quase três décadas atrás. Não que Edson precisasse de rezas ou velas acesas por conta de algum mau comportamento, porém, as matriarcas têm lá suas razões. "Ao ver o letreiro luminoso, muita gente achou que era uma alusão àquela praia paradisíaca de Cabo Verde", relembrou o idealizador em entrevista ao Jornal do Comércio em julho de 2020.
Nascido em 1962 e criado no bairro Floresta, ele aprendeu com o pai o ofício de técnico em eletrônica. Chegou a cursar Engenharia Eletrônica na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (Pucrs), até trancar matrícula devido à convocação militar, mas acabou sem servir ao Exército ou retornar à faculdade. Partiu, então, para a sonorização de eventos, até ser apresentado por um tio a Marion Amarante, dona da danceteria Taj Mahal (1982-1993), na avenida Farrapos: "Falei da minha experiência e do equipamento que eu tinha, melhor que o dela. Daí veio o convite para trabalhar na manutenção da casa, em 1984".
O que era para ser apenas 30 dias viraria quatro anos, por conta de uma briga da proprietária com o DJ residente em meio a uma festa - o cara saiu porta afora e Dutra foi chamado a assumir a cabine, coisa que jamais tinha feito. "Em um dos maiores espaços dançantes da cidade, os frequentadores curtiam meu repertório, sempre com hits e novidades. Lembro do pessoal maravilhado quando toquei em primeira mão o LP duplo Substance (1987), da banda inglesa New Order. O envolvimento com a noite virou um caminho sem volta para mim."
Rompido o vínculo com Marion, em janeiro de 1989 Dutra se uniu a três sócios na montagem do bar Swell Sul, na orla de Garopaba (SC). Durou somente o verão, mas serviu de laboratório para algo mais amplo que a atuação como discotecário. Uma aposta foi feita nas duas temporadas seguintes, no litoral gaúcho, com o bar Ragga Store (de primeiro nome inspirado em uma vertente eletrônica do reggae que chegava às paradas de sucesso) - primeiro na Sociedade Amigos da Praia de Quintão (SAPQ), depois em um galpão antes ocupado por um supermercado no mesmo balneário.
Conhecimentos adquiridos. Satisfação com o retorno do investimento. Público conquistado. Em 1992, uma casa foi avançada no tabuleiro com o Chafariz, agrupamento de bares em torno de uma fonte decorativa em terreno no Centro de Quintão. O sucesso desse percurso inicial serviu de deixa para a migração definitiva dos negócios em direção à capital gaúcha, ao som de muito pop rock, reggae, grunge, dance, surf music e outros gêneros. Nos planos, uma boate para aquele perfil de clientela jovem e de classe média. Faltava definir o local.
 

No embalo da Dom Pedro II

Edson Dutra (na foto, atuando como DJ no Taj Mahal, nos anos 1980) comandou casas noturnas que marcaram época

Edson Dutra (na foto, atuando como DJ no Taj Mahal, nos anos 1980) comandou casas noturnas que marcaram época

ACERVO EDSON DUTRA/REPRODUÇÃO/JC
Desbravado pelo bar e boate Publicitá Café (1991-1997), o movimento noturno na rua Dom Pedro II estava consolidado em 1993 por vizinhos como Paisley Park, Gharden e Embaixada de Marte. Foi quando Edson Dutra teve sua atenção atraída na Zona Norte pelo casarão de número 592, construído na década de 1930 e disponível para aluguel após ser desocupado por uma escola de tiro. Chaves na mão e projeto na cabeça, ele providenciou uma reforma que redistribuiu o lugar em pátio frontal e parte térrea com pista na porção traseira, tudo sob configuração despojada.
O resultado surgiu como uma versão expandida do Ragga Store, com mesmo nome e aberta em 4 de dezembro daquele ano com uma pegada semelhante ao homônimo de Quintão. Logo se tornou destino preferencial de boa parte da gurizada boêmia, com filas corroborando o feeling de Dutra, desdobrado entre as funções de proprietário e eventual DJ. "O 'Casarão', como a gente chamava, era divertidíssimo e também uma das melhores baladas para azaração", conta a jornalista e frequentadora Rosy Oliveira, 51 anos.
Igualmente saudoso do Ragga, o hoje assessor contábil Osvaldo Mazzolla não esquece, aos 49 anos, de algo que jamais testemunhou em qualquer outro point: "Teve uma fase, lá por 1995, em que eles lançaram uma festa na qual as luzes e o som eram desligados de propósito por um minuto, acho que de hora em hora. Os guris e gurias partiam para o ataque e se atracavam, como se o apagão total fosse tipo uma senha para começar a beijação. Inclusive eu conheci um casal que namorou firme depois de curtir um desses momentos. O relacionamento durou um tempão". 

Convite para festa no Ragga Store, que mais tarde viraria o Santa Mônica

Convite para festa no Ragga Store, que mais tarde viraria o Santa Mônica

ACERVO EDSON DUTRA/REPRODUÇÃO/JC
"As coisas tomaram uma dimensão incrível e assim foi por três anos", relatou Dutra em entrevista de 2020 na qual também resgatou passagens divertidas. "Certa noite, uma mocinha chamada Mariana rebolava no queijinho (pedestal cilíndrico para performances dançantes) durante o hit Garota Nacional, do Skank, e uma galera começou a cantar 'Mariana Vagabunda' em meio ao refrão 'Beat it laun, daun daun, beat it, loom, dap'n daun, beat it laun, baun baun'. A bobagem se espalhou rapidamente por outras boates durante muito tempo, sempre que rolava aquela música! Quando conheci em um evento o Samuel Rosa, vocalista do Skank, ele se finou de rir ao saber da história".

Voz dissonante da lógica amplamente difundida de que negócios desse tipo têm curto prazo de validade, Dutra atribuiu a extinção do Ragga - em setembro de 1996 - a outro motivo: "O Ministério Público vinha apertando o cerco em relação à presença de menores de idade e ao consumo de álcool por adolescentes. A casa era para maiores de 18 e eu pedia documento de identidade na entrada e controlava o lance da bebida, mas sempre tinha gente conseguindo burlar. Antes que eu tomasse algum processo, resolvi mexer no perfil da casa, até porque eu já alimentava a ideia de um redirecionamento de clientela".

Amém, Santa Mônica

Fachada noturna da boate, em tons de azul e branco, em foto de 2012

Fachada noturna da boate, em tons de azul e branco, em foto de 2012

ACERVO EDSON DUTRA/REPRODUÇÃO/JC
A decisão de mexer em time que estava ganhando exigiu longa pausa para mudanças de layout e proposta, readequada a um público-alvo mais adulto e de classe A-B. Após dez meses e quase R$ 1 milhão (pelo parâmetro atual) em reformas e melhorias, em julho de 1997 o portão 592 da Dom Pedro II se reabriu para uma fachada de paredes brancas em elegante contraste com o telhado e outros elementos em azul, além de pátio frontal repleto de mesas e cadeiras para o refresco ou uma 'social'. O luminoso destacava o novo nome do empreendimento: Santa Mônica.
Na parte interna, muita gente disse amém às duas pistas de dança (uma enorme no subsolo, outra menor no sótão), restaurante, cinco bares e espaços de temática inspirada em diferentes nacionalidades – americana, mexicana, alemã, africana e oriental. Tudo intercalado pela rusticidade de pedras aparentes e reboco descascado, além de eventuais referências à religiosidade. “Ao entrar e sair, a gente dava de cara com o caixa e chapelaria de madeira, em formato daqueles confessionários de igreja”, acrescenta o publicitário e habituê Paulo Cirne Álvares, 53 anos.
 
Milhares de “devotos” passaram a se curvar, de quinta a sábado, a uma das mais belas e espaçosas boates da cidade. Conforme planejado, a antiga clientela – emigrada para outros points – dera lugar ao predomínio da faixa 20-35 anos, incluindo universitários e profissionais de áreas variadas. “Se cada nova casa tira frequentadores de outra, a Santa Mônica vai atrair o público do Malibu, na avenida Goethe”, pensou Dutra na época. Para sua surpresa, a boate magnetizou um pessoal mais vip, incluindo frequentadores da La Camorra (também na Goethe) e Dado Bier (próximo ao shopping Iguatemi).
 
 

Logomarca da boate Santa Mônica

Logomarca da boate Santa Mônica

ACERVO MARCELLO CAMPOS/REPRODUÇÃO/JC
DJ da casa desde os tempos do Ragga Store, Rodrigo Santos foi um dos protagonistas do aprofundamento da aposta da Santa Mônica na música eletrônica, sem deixar de lado outros gêneros. “Sou grato por tudo que aprendi trabalhando desde a adolescência com o Dutra e depois com seu filho Rafael, também DJ”, reconhece o ex-colaborador e que hoje atua, aos 45 anos, em eventos na Capital e Litoral Norte. Ele contribui com o testemunho de momentos surreais envolvendo presenças anônimas ou ilustres no casarão:
“Em uma das vezes que o ginásio Gigantinho teve apresentação dos Harlem Globetrotters [time norte-americano de basquete acrobático, na ativa desde 1926], a produção do evento levou os caras para conhecer a boate, todos vestidos de forma parecida com a de cantores de rap. Não sei o porquê, mas no escritório da casa tinha uma bola novinha e alguém jogou até eles, que começaram a fazer todos aqueles malabarismos em plena pista de dança. A galera se espremeu por todos os cantos do espaço, completamente lotado, para não perder aquele momento”.
Outro lance recordado por quem ali trabalhou foi o sorteio, em um sábado, de duas motocicletas zero-quilômetro, ambas dependuradas por várias semanas no teto próximo à cabine de som como chamariz de estímulo à frequência pelo público. Pois um dos contemplados foi um rapazinho de 18 anos e que sequer sabia pilotar, mas fez questão de carregar o prêmio na mesma hora, sem ajuda, empurrando a pé uma Yamaha DT-180 pelas ruas, em ponto-morto. Ele reapareceu na segunda-feira à tarde, pedindo ajuda com a papelada.
Grande parte do êxito do negócio se devia, conforme Dutra, a uma estratégia centrada em atualizações periódicas: “Fazíamos upgrades constantes para deixar o lugar mais atrativo. Em 2014, por exemplo, a troca das cores branca e azul na fachada para amarelo e vermelho atiçou a curiosidade de quem passava por ali, como uma espécie de aviso de que havia algo novo também lá dentro, pois não estávamos acomodados. Além disso, algum comercial de TV, rádio ou jornal era acionado sempre que o movimento dava algum sinal de queda”.

Cenário esvaziado

Edson Dutra, idealizador da Santa Mônica, em foto de 2020

Edson Dutra, idealizador da Santa Mônica, em foto de 2020

MARCELLO CAMPOS/ESPECIAL/JC
O sacolejo na Santa Mônica adentrou a década de 2010, com renovação e rejuvenescimento de parte de sua clientela pelo acréscimo de outros gêneros musicais (funk, pagode, sertanejo), sem prejuízo às baladas eletrônicas. Do portão para fora, entretanto, fatores diversos impactavam o lazer noturno na cidade - a começar pelos conflitos com a vizinhança e alterações urbanísticas na própria Dom Pedro II, onde a expansão da Terceira Perimetral e outras obras no entorno devolviam à boemia da rua com cara de avenida o aspecto desértico de sua fase pré-1990.
A casa resistiu bravamente como último remanescente (e o mais duradouro) dos 20 e tantos points encravados em quase 30 anos na via de quase 1,5 quilômetro a ligar os bairros Higienópolis e São João. Chegou a aparecer no ranking Top of Mind da revista gaúcha Amanhã, em 2012, como a danceteria mais lembrada da cidade. Mas sucumbiu ao esvaziamento da cena local, enquanto a concorrência migrava para a Cidade Baixa e Moinhos de Vento. "O encerramento, em março de 2017, pegou de surpresa muita gente, que canonizou na memória um point com 20 anos de existência e teimosia", brincou o empresário em depoimento de 2020 ao Jornal do Comércio.
"Sempre que passo em frente ao lugar me dói o coração, porque era bom demais", confirma o frentista e eventual DJ André Marinho, 44 anos, responsável no site de vídeos YouTube por um remember de cenas gravadas no interior da Santa Mônica e mixadas a faixas musicais apreciadas pelos frequentadores. "Estive lá poucas vezes, com minha esposa e cunhado, e foi simplesmente o melhor lugar noturno que já entrei. Além da organização e segurança, tinha um sistema sonoro de primeira, dava para sentir retumbando no peito."
Erguido nos idos de 1930 por uma tradicional família de origem alemã, o casarão já estava vendido aos então proprietários da Companhia Jornalística Caldas Júnior quando virou, em 2018, mais um terreno baldio na cidade ávida por demolições e outras pretensas modernidades. A história se repete: dois anos depois, um espaço comercial de dimensões parecidas brotou no mesmo endereço, tendo novamente como inquilino outra casa noturna - a Coolture, hoje a única remanescente do gênero na Dom Pedro II, após ocupar em sua fase inicial o antigo ponto da boate Crocodillo's, na avenida Plínio Brasil Milano.
Dutra não perdeu tempo. Desde 2006, ele mantinha em paralelo na rua Florêncio Ygartua nº 106 o espaço de evento La Marcha, direcionado a um público mais exigente, "padrão Moinhos de Vento". O ponto - que abrigara a efêmera boate Notredame (1999) - acabou incluído pelo empresário em um novo projeto de night-club: o Fever, com portas abertas em muito alarde em janeiro de 2017, de forma simultânea à reta final da Santa Mônica e contando na fase inicial com os sócios Arthur Kroeff Piva, Felipe Gonçalves e Guilherme Scherer.
 

Atualmente, terreno do velho Santa Mônica abriga a Coolture, em nova edificação

Atualmente, terreno do velho Santa Mônica abriga a Coolture, em nova edificação

GOOGLE VIEW/REPRODUÇÃO/JC
A programação regular de festas de eletrônica, pop, funk, pagode e trap (vertente mais lenta e 'existencial' do rap) foi interrompida em março de 2020 pela pandemia de coronavírus. Inconformado com a pausa que ameaçava de extinção os estabelecimentos noturnos de todo o planeta, Edson Dutra investiu R$ 50 mil na contratação de empresa especializada para a montagem de um pacote com 62 protocolos supostamente capazes de permitir a retomada provisória do segmento - dentre as medidas propostas estava a desinfecção de ambientes por meio de radiação ultravioleta.

Qualquer esperança dependia de uma vacina, que só chegaria 11 meses depois, de forma escalonada para idosos e outros grupos prioritários. Dutra não conseguiu receber o imunizante ou ter sua ideia implementada. Em 8 de março de 2021, a três semanas de completar 59 anos, tornou-se mais um caso fatal da doença entre os gaúchos. Ficou o legado de dedicação e camaradagem que ainda é motivo de elogios por quem o conheceu ou com ele trabalhou. "A vida noturna é uma ilusão, onde cada boate tem a sua magia para quem deseja ver e ser visto", resumira em sua derradeira entrevista.

Exercício inédito

Santa Mônica foi um dos primeiros locais da Capital a investir pesado em segurança contra fogo, incluindo ensaios de evacuação simulada

Santa Mônica foi um dos primeiros locais da Capital a investir pesado em segurança contra fogo, incluindo ensaios de evacuação simulada

ACERVO SORAIA MUSSE/REPRODUÇÃO/JC
Quase seis meses após 242 jovens morrerem em Santa Maria no incêndio da boate Kiss, Porto Alegre teve, em 23 de junho de 2013, a sua maior evacuação simulada de casa noturna para esse tipo de ocorrência. Local escolhido: Santa Mônica. Gerador desligado em plena madrugada. Luzes de emergência. Sirene de alerta. Figurantes de prontidão em cada ambiente interno. Na rua bloqueada por brigadianos e agentes de trânsito, a mobilização abrangeu bombeiros, paramédicos e outros profissionais. Dentro e fora do imóvel, cada etapa era devidamente cronometrada.
Na origem da mobilização estava a iniciativa de Edson Dutra em buscar o apoio técnico da empresa paulista Dalle, especializada de engenharia de segurança, para a montagem de um esquema capaz de evitar tragédias no quase sempre apinhado casarão da Dom Pedro II. Preocupação, aliás, que já havia motivado o proprietário da boate a promover o treinamento de funcionários e a formação de uma brigada interna para prevenção e combate de episódios com fogo ou fumaça (ao menos um incidente, rapidamente contornado, ocorrera nos primórdios do estabelecimento).
A firma contratada decidiu adicionar os conhecimentos da equipe liderada pela professora e pesquisadora Soraia Musse na Faculdade de Informática (atual Escola Politécnica) da Pucrs. Autora de tese de doutorado sobre comportamento de multidões em cenários de risco, ela desenvolvia na época o software Crowdsim, capaz de simular situações de esvaziamento daquele tipo de ambiente. Modelos tridimensionais de cada pavimento foram então elaborados, enfatizando áreas de circulação, suas saídas e eventuais gargalos.
Ela detalha: "Em duas tardes, ajudamos a definir um plano de contingência para reduzir de 5 para 3 minutos o tempo de evacuação, algo que acabaríamos conseguindo no teste prático. O proprietário estava no pátio externo e usou um microfone para comemorar o resultado. Essa experiência, inédita no Brasil, foi de grande importância ao demostrar as vantagens do programa de computador como ferramenta mais precisa que as próprias simulações ao vivo. Um dos vídeos que elaboramos na época pode ser visto em minha página no Youtube".
 

A noite na Dom Pedro II

• Publicitá Café (1991-1997)
• Paisley Park (1992-1994)
• Gharden/Thunder/Hit Music (1992-1997)
• Casa Blanca (1993)
• Embaixada de Marte (1993-1994)
• Ragga Store (1993-1996)
• Kalahari (1994-1995)
• Guaraná Brasil (1994-1995)
• Urca House (1994-1995)
• Best Beer Dance (1996-1998)
• Santa Mônica (1997-2017)
• Tequila Pub (1998)
• Nukanua (1998-2001)
• Coolture (desde 2020)
 

* Marcello Campos é formado em Jornalismo, Publicidade & Propaganda (ambas pela PUCRS) e Artes Plásticas (UFRGS). Tem seis livros publicados, incluindo as biografias de Lupicínio Rodrigues, do Conjunto Melódico Norberto Baldauf e do garçom-advogado Dinarte Valentini (Bar do Beto). Há mais de uma década, dedica-se ao resgate de fatos, lugares e personagens porto-alegrenses. Contato: [email protected].

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