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Publicada em 18 de Julho de 2024 às 18:27

Escritora Martha Medeiros celebra 30 anos de crônicas e projeta novo livro

Cronista comemora 30 anos de atividade e admite que ser patrona da próxima Feira do Livro de Porto Alegre poderá ser uma alternativa agradável

Cronista comemora 30 anos de atividade e admite que ser patrona da próxima Feira do Livro de Porto Alegre poderá ser uma alternativa agradável

CARIN MANDELLI/DIVULGAÇÃO/JC
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Márcio Pinheiro
Reparem nas efemérides, nas datas redondas: no começo da semana passada, no dia 8 de julho, Martha Medeiros comemorou 30 anos de colunismo, um vínculo de três décadas com o mesmo jornal, no caso a Zero Hora, e com os milhares de leitores com quem ela conversou nesse período. Outra efeméride? Dez anos depois dessa estreia, em 2004, Martha foi convidada para começar uma colaboração com O Globo. Dessa parceria, Martha também celebra uma proximidade que lhe deu um novo público, maior e bem diferente daquele com o qual ela costuma cruzar nas suas caminhadas em Porto Alegre. Tem ainda o décimo aniversário da primeira montagem de Doidas e Santas, peça teatral baseada em textos seus e que, desde o último final de semana, ganhou nova encenação no Rio de Janeiro, com direção de Ernesto Piccolo e com Cissa Guimarães no elenco. Por fim, mais uma data se vislumbra no horizonte da cronista: os 70 anos da Feira do Livro de Porto Alegre, talvez o evento literário que mais se confunda com a trajetória dela. E dessa identificação surge uma novidade: pela primeira vez Martha admite que gostaria de ser lembrada como patrona da edição de 2024. "Durante anos, recusei. Agora, acredito que seria uma boa".
Reparem nas efemérides, nas datas redondas: no começo da semana passada, no dia 8 de julho, Martha Medeiros comemorou 30 anos de colunismo, um vínculo de três décadas com o mesmo jornal, no caso a Zero Hora, e com os milhares de leitores com quem ela conversou nesse período. Outra efeméride? Dez anos depois dessa estreia, em 2004, Martha foi convidada para começar uma colaboração com O Globo. Dessa parceria, Martha também celebra uma proximidade que lhe deu um novo público, maior e bem diferente daquele com o qual ela costuma cruzar nas suas caminhadas em Porto Alegre. Tem ainda o décimo aniversário da primeira montagem de Doidas e Santas, peça teatral baseada em textos seus e que, desde o último final de semana, ganhou nova encenação no Rio de Janeiro, com direção de Ernesto Piccolo e com Cissa Guimarães no elenco. Por fim, mais uma data se vislumbra no horizonte da cronista: os 70 anos da Feira do Livro de Porto Alegre, talvez o evento literário que mais se confunda com a trajetória dela. E dessa identificação surge uma novidade: pela primeira vez Martha admite que gostaria de ser lembrada como patrona da edição de 2024. "Durante anos, recusei. Agora, acredito que seria uma boa".
"A melhor comemoração dos 30 anos de carreira da Martha seria revelar os seus livros de poemas", sugere o publicitário, cronista, escritor e viajante profissional Ricardo Freire, lembrando uma faceta pouco lembrada da cronista. "Imagina alguém que pode pôr no currículo que Millôr Fernandes e Nelson Motta foram à noite de autógrafos do seu primeiro livro! A Martha pode", diz ele. E acrescenta: "A Martha é tão poderosa que tem até homônima famosa - bem menos famosa, diga-se".
Ricardo Freire, que convive com Martha há décadas, faz ainda uma outra revelação, essa de caráter mais pessoal: "A Martha começou a namorar o Telmo (Ramos, também publicitário e que morreu em abril, vítima de uma parada cardíaca), seu primeiro marido e pai das suas filhas, na casa da minha família em Garopaba, num feriadão em turma. Fui um cupido por circunstâncias imobiliárias".
Sozinha - mas não solitária - Martha, aos 62 anos, está agora recém-separada de um relacionamento - "namoramos seis anos, com cada um mantendo a sua própria casa". Mãe de duas filhas já adultas (a mais velha, Júlia, de 33 anos, mora em Paris; a mais nova, Laura, de 28, vive com ela), Martha atravessa essa boa fase sendo considerada um dos mais bem-sucedidos casos de longevidade e de relevância na crônica feita no Rio Grande do Sul.
E antes que 2024 acabe, Martha volta a fazer o que sabe de melhor: lançar mais um livro. Seguindo um formato semelhante ao de Comigo no Cinema, em que elencava seus textos que foram inspirados por filmes e que resultavam em pensamentos e sensações que voltavam com ela para casa depois de assistir uma sessão de cinema, Martha agora fará Comigo na Livraria, em que comenta como os livros dos outros a impactaram. Um livro sobre livros.
Por tudo isso há muito o que festejar.
 

O papo é reto, o texto, direto

Martha Medeiros:

Martha Medeiros: "Minha obra anda e eu não me preocupo muito, não tenho tanta possessividade com meu texto"

CARIN MANDELLI/DIVULGAÇÃO/JC
Como a entrevista tem seu ponto central na literatura, nada mais natural que escritos pessoais, livros e autores ganhem uma maior dimensão. Minha primeira pergunta tinha a ver com uma coluna em que ela encerrava com duas enigmáticas frases: "Se acha que essa história terá um final feliz, pode tirar o cavalo da chuva (será uma expressão apropriada?). Eu não consigo mais me ler. Você já se sentiu assim?", constatava ela, antes de finalizar logo a seguir: "Deve ser consequência das mudanças todas, internas e externas. Elas reviram a gente, e o que deu para entregar foi isso. Torço para ainda ser a titular dessa coluna semana que vem".
Publicada no final de maio, época em que o jornal que Martha trabalha vivia um período de grande efervescência - com a dispensa de colunistas importantes, como Cláudia Tajes, sua velha amiga, e Flávio Tavares, decano dos jornalistas gaúchos - o texto dava margem a infinitas interpretações. Até mesmo a de que aquela parte seria uma despedida, voluntária ou não. "Não, não costumo mandar recados pela minha coluna", diz Martha. "Aliás", corrige-se, "mandei uma única vez, mas o destinatário não entendeu que era para ele".
Porém não foi o caso do texto citado. Martha não estava fazendo nenhuma indireta. O final apenas tinha a ver com o teor do que ela havia escrito e que tratava do principal medo que atinge a todos que têm a obrigação de escrever com frequência: ficar sem assunto.
"Difícil não é escrever. Difícil é ter assunto", explica Martha, que semanalmente tem que buscar temas diferentes para a coluna. Parte da inspiração pode vir do cinema. Outra parte dos leitores. Uns escrevem, alguns mandam e-mails longuíssimos. Isso mesmo: e-mails. "Como não tenho secretária, nem agente literário, tudo é feito por mim, respondo a todos os e-mails", explica. "Muitas vezes recebo relatos que me emocionam e já fiz alguns amigos pela internet", conta ela.
Com Martha o papo é reto, o texto, direto. "O que eu escrevo é exatamente o que o leitor lê", explica. E como se faz isso? "Quem me pauta sou eu. Desenvolvo os temas que gosto de debater e busco sempre as melhores palavras". Simples assim.
 

Leitores que se aproximam geralmente são breves e educados

Tânia Carvalho e Martha Medeiros, no Grêmio Náutico União, em foto de 2018

Tânia Carvalho e Martha Medeiros, no Grêmio Náutico União, em foto de 2018

MARCO QUINTANA/ARQUIVO/JC
"A Martha tem o dom de fazer com que a leitora, o leitor, sempre se identifiquem com os textos dela", analisa a também cronista Cláudia Tajes. "Eu sou viciada em comentários de crônicas e é incrível como quem lê a Martha sempre diz: 'Puxa, essa foi escrita pensando em mim'", indica Cláudia. "Ela tem um olhar apurado e se coloca no lugar do outro. Ela é uma cronista dos nossos tempos, das nossas angústias e prazeres. E é uma leitora voraz, que ainda escreve poesias e romances!", define a atriz Júlia Lemmertz.
Essa identificação, percebe Martha, se materializa também no contato pessoal. Martha comemora o fato de quem se aproxima dela sempre chega com uma palavra gentil, educada e de estímulo. "Ao vivo, recebo o que considero um assédio respeitoso. Os leitores que se aproximam geralmente são breves e educados. Sinto-me acarinhada". Sabendo desse perfil de quem a cerca, ela evita o quanto pode entrar em bolas divididas, em especial temas políticos personalizados na disputa Bolsonaro vs. Lula. "A política não está entre os temas que mais me fascinam. Mas não posso ficar alheia, muitas vezes eu tenho uma responsabilidade cívica em me manifestar", explica.
Foi dessa forma, simples e direta, que se deu toda a trajetória de Martha, desde o começo. A chegada à crônica foi quase surpreendente. Martha, na época morando em Santiago do Chile (o marido havia recebido uma boa proposta profissional), escrevia alguns textos que mostrava para poucos amigos. Um desses amigos, que trabalhava na ZH, fez a ponte com a direção de redação, que gostou da ideia e sugeriu que o texto fosse publicado no caderno Donna. Não parou mais.
O tema, lembra Martha, também ajudou. Ela comentava a capa de uma revista, que alardeava que a virgindade estava voltando a ser moda. "Era um absurdo tratar um assunto desses dessa maneira em 1994", avalia Martha. "O meu texto foi bem aceito, os editores gostaram e eu fui ficando".
A identificação de Martha com seu público é fundamental. Muitos regulam de idade com ela - o que confirma uma proximidade entre leitor-autor de três décadas - alguns já têm mais de 70 anos e pouco são jovens. "Jovem não lê", constata Martha. "Muitos não têm paciência para acompanhar uma crônica do início ao fim". Essa variedade entre o perfil dos leitores pode ser percebida nas longas e demoradas sessões de autógrafos. Dois terços da presença nas sessões e nas palestras é formada por mulheres. Porém, há uma curiosidade. "Os que mais se expõem são os homens. Alguns falam de suas angústias, relatam dúvidas e questionamentos."
 

A poesia como forma de se desnudar

Escritora Martha Medeiros em talk show na Associação Leopoldina Juvenil, em foto de 2016

Escritora Martha Medeiros em talk show na Associação Leopoldina Juvenil, em foto de 2016

ANTONIO PAZ/ARQUIVO/JC
Antes do sucesso editorial e de lotar sessões de autógrafos, Martha já havia se desnudado em Strip-Tease, livro de poemas publicados pela Editora Brasiliense, de São Paulo. Poesia era algo que Martha escrevia em casa, uma espécie de válvula de escape com relação ao trabalho publicitário que dominava o seu cotidiano. Ela trabalhava em agência de publicidade e gostava de ler a série Cantadas Literárias, editada pela Brasiliense, que trazia nomes como Paulo Leminski, Cacaso, Ana Cristina César, Ledusha e Alice Ruiz. "Com 23 anos, mandei uma carta para o Caio Graco Prado, o dono da editora, com alguns poemas de minha autoria". Caio Graco Prado gostou e a convidou para lançar seu primeiro livro nessa mesma coleção.
Depois, ela seguiu produzindo. Hoje são mais de 30 livros entre obras de poesia, coletâneas de crônicas - a L&PM é a sua principal casa editorial - e dois livros de ficção, Divã (2002) e Fora de Mim (2010), ambos pela Editora Objetiva. "Nossa relação profissional e de amizade vem lá dos anos 1980, quando lançamos Meia-Noite e um Quarto, um livro de poesias. Sou um grande admirador da poesia de Martha Medeiros. No mais, é uma amiga de décadas, cuja carreira eu tenho orgulho e o privilégio de acompanhar nestes quase 40 anos de convivência", atesta o editor Ivan Pinheiro Machado.
Houve ainda adaptações para o teatro e o cinema. Júlia Lemmertz lembra: "A gente se encontrava em festas e havia uma simpatia mútua, aquilo de 'ah, eu quero fazer um texto seu um dia…' Aí aconteceu de ela adaptar umas crônicas para o teatro e nasceu o Simples Assim, que o Ernesto Piccolo, muito meu amigo e dela, me chamou para fazer. Foi uma temporada linda, pois o texto falava muito com o público, que se divertia e se emocionava".
Ao ver a transposição de seus textos para telas e palcos, Martha analisa: "Minha obra anda e eu não me preocupo muito. Gosto das adaptações, embora reconheça que muitas vezes o que eu escrevi tenha sido modificado. Mas não tenho tamanha possessividade com o meu texto".
 

O momento é de recolhimento

"Tem tanto livro novo me aguardando que não posso me dar ao luxo de reler um livro inteiro que já tenha lido"

ACERVO PESSOAL MARTHA MEDEIROS/REPRODUÇÃO/JC
Nascida em Porto Alegre, ex-aluna do Colégio Bom Conselho, colorada, Martha também é uma alucinada por viagens. Além dos destinos mais óbvios, no Brasil e no Exterior, Martha já atravessou o mundo para conhecer Honolulu e Tóquio. Agora, seu passeio mais recente foi em fevereiro, quando se encontrou com a filha Júlia na França e, ao lado dela, fez um roteiro que incluía Chamonix, Verona e Eslovênia. O próximo destino? Martha nem pensou nisso ainda. "Com o aeroporto de Porto Alegre fechado, nem tenho como planejar nada. Quando reabrir, eu começo a montar um novo roteiro", explica. "Agora o momento é de ficar em casa, de recolhimento".
Recolhida, o maior luxo que Martha se permite é o de trabalhar em casa e - atualmente - escrever só sobre aquilo que gosta e que lhe interessa. Raras são as encomendas. "Sempre tem alguém querendo que eu faça um relato de alguma família, que a própria família reconhece como muito divertida e original", conta Martha. "Eu nunca aceito".
No amplo apartamento no décimo andar de um edifício no bairro Bela Vista, em Porto Alegre, Martha reserva um recanto agradável e ensolarado para o seu computador. "Como não sei escrever em café, restaurante, e não me adapto bem aos notebooks, preciso escrever em casa de maneira tranquila", ensina. Além da mesa do computador, o espaço é tomado por estantes, repletas de livros, muitos deles de autores que Martha admira como Fernando Pessoa, Philip Roth, Paul Auster, Ian McEwan, Ernesto Sábato, José Saramago, os conterrâneos Claudia Tajes e Luis Fernando Verissimo.
Esta liberdade para escrever sobre o que lhe interessa Martha conseguiu depois de quase duas décadas dedicadas à publicidade, com trabalhos para várias agências de Porto Alegre. A publicitária foi sendo ultrapassada pela escritora a partir de meados dos anos 1990. Primeiro com a coluna que passou a ser publicada duas vezes por semana em Zero Hora - uma no caderno Donna, que circula aos domingos, e outra às quartas-feiras na página editorial.
Mais do que as colunas, os livros são um sucesso, em especial Divã. Escrito em 2002, até hoje tem boas vendagens. Ocupou durante semanas a lista dos mais vendidos, superando a marca de cem mil exemplares. Além disso, Divã foi publicado na França, Suíça, Itália, Espanha e em Portugal. Parte desta força deve ter sido potencializada primeiro pela peça (que ficou mais de três anos em cartaz), depois pelo filme (que foi visto por mais de dois milhões de espectadores) e ainda pelo seriado televisivo.
"A Martha escreveu a orelha do meu primeiro livro na véspera de uma viagem, já com o pé no avião", lembra Cláudia Tajes. "Ela é sempre generosa com autores iniciantes - e a gente sabe que uma apresentação da Martha conta muitos pontos". Ricardo Freire vai numa linha parecida: "Compartilhamos a origem na publicidade e a paixão por viagens e pelo Rio de Janeiro. O fato de ela ter saído da publicidade, bem mais cedo que eu, me enche de inveja. E a paixão pelo Rio é a prova de que ela sabe viajar".
E, celebrando a amizade, Cláudia conclui: "Tenho a alegria de dizer que ela é uma das minhas melhores amigas e que encontrar a Martha para tomar um vinho e falar da vida tem sido um lindo programa há anos. Que continue sendo por muitas e muitas safras".
 

"A sofisticação do mal sempre me atraiu"

1. Qual o seu livro inesquecível?
Equador, de Miguel Sousa Tavares. Big Loira, de Dorothy Parker. Enclausurado, de Philip Roth. Grande Sertão: Veredas, de Guimarães Rosa. E centenas de outros.
2. Qual seu trecho inesquecível?
Clarice Lispector escrevendo que "até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso. Nunca se sabe qual é o defeito que sustenta nosso edifício inteiro".
3. Qual o livro que mais o perturbou?
Ensaio Sobre a Cegueira, de José Saramago.
4. Qual o livro que você gostaria de ter escrito?
Todos os que não escrevi e reverencio. Milhares.
5. Qual o personagem que você gostaria de ter criado?
Tom Ripley, de Patricia Highsmith. A sofisticação do mal sempre me atraiu.
6. Qual o maior livro da literatura brasileira?
Grande Sertão: Veredas, de Guimarães Rosa.
7. Qual o maior escritor da literatura brasileira?
Dificuldade enorme de eleger "o maior". Machado de Assis? Guimarães Rosa? Clarice Lispector? Não sei.
8. Qual o livro que você mais relê?
Releio filosofia contemporânea, trechos aleatórios. Tem tanto livro novo me aguardando que não posso me dar ao luxo de reler um livro inteiro que já tenha lido.
9. Qual o livro mais superestimado que você conhece?
Olha, não entendo muito o sucesso dos poetas concretistas.
10. Qual o livro mais subestimado que você conhece?
Acho que Luis Fernando Verissimo deveria ser muito mais incensado do que é.
11. Qual livro merece ser adaptado para cinema?
Tudo é Rio, de Carla Madeira.
12. Qual livro foi adaptado para o cinema e o resultado foi frustrante?
Caio Fernando Abreu sempre foi bem maior do que as adaptações que teve.
13. Qual o livro que você daria de presente?
Rosa Montero sempre é um acerto.
14. Qual o livro que você gostaria de ganhar?
Atualmente, Jantar Secreto, do Raphael Montes e A Mais Recôndita Memória dos Homens, de Mohamed Mbougar Sarr.
15. Qual deve ser o maior mérito de um escritor?
Seduzir o leitor.
16. Cite um grande livro de um grande autor.
Vou ter que me repetir: Grande Sertão: Veredas, de Guimarães Rosa.
17. Cite um grande livro de um autor pouco conhecido.
Longamente, do francês Erik Orsenna.
18. Cite um livro que você esperava gostar e que o decepcionou.
Decepcionou tanto que não lembro...
19. Cite um livro de que você não esperava nada e o surpreendeu.
Migrações, de Charlotte McConaghy
20. Dentre os livros que você escreveu qual considera o mais importante? Ou que você gosta mais?
Fora de Mim e Tudo que eu queria te dizer.
 

Uma lista (incompleta) de obras de Martha Medeiros

Detalhe da capa do livro

Detalhe da capa do livro "Fora de Mim", de Martha Medeiros

L&PM EDITORES/DIVULGAÇÃO/JC
- Strip-Tease (1985)
- Meia noite e um quarto (1987)
- Persona non grata (1991)
- Geração Bivolt (1995)
- Topless (1997)
- Trem-Bala (1999)
- Non Stop (2000)
- Divã (2002)
- Montanha-Russa (2003)
- Esquisita como eu (2004)
- Tudo que eu queria te dizer (2007)
- Doidas e santas (2008)
- Fora de mim (2010)
- A graça da coisa (2013)
- Simples assim (2015)
- Quem diria que viver ia dar nisso (2018)
- A claridade lá fora (2020)
 

* Márcio Pinheiro é jornalista e escreveu os livros Esse Tal de Borghettinho e Rato de Redação - Sig e a História do Pasquim.

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