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Publicada em 20 de Junho de 2024 às 17:59

Com sua música, Clarissa Ferreira insere feminismo e ecologia no gauchismo contemporâneo

Cantora, compositora e pesquisadora, Clarissa Ferreira desafia os limites líricos, estéticos e conceituais da música tradicionalista gaúcha

Cantora, compositora e pesquisadora, Clarissa Ferreira desafia os limites líricos, estéticos e conceituais da música tradicionalista gaúcha

/JOÃO VICENTE RIBAS/ESPECIAL/JC
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João Vicente Ribas, especial para o JC
João Vicente Ribas, especial para o JC
Ela projeta a voz para externar suas ideias. Não está naquele lugar onde se acostumou a localizar as mulheres gaúchas: encantando ou adornando. A cancionista, violinista e pesquisadora Clarissa Ferreira projeta-se hoje com protagonismo na cena cultural do Rio Grande do Sul.
No início de junho, a artista recebeu a reportagem do Jornal do Comércio em sua casa, quando se preparava para pegar a estrada rumo a Montevidéu, onde daria uma aula na Universidad de La República sobre Música, cultura e crise climática. Com gentileza e senso crítico aguçado, respondeu a uma série de perguntas sobre sua trajetória profissional e intelectual. Ao longo da conversa, demonstrou preocupação com a calamidade no Estado e esperança com a união entre os músicos gaúchos.
Seu primeiro álbum, LaVaca, lançado um mês antes da tragédia climática, instiga e sensibiliza sobre o cuidado urgente com a natureza. Não surgiu da noite para o dia, pois é resultado de uma trajetória musical que une atuação e reflexão, desde quando tocava violino em festivais nativistas e começou a escrever o blog Gauchismo Líquido, há 10 anos.
Para se ter uma ideia, entre as faixas do álbum está Flor extinta, sobre a descoberta de uma nova espécie na flora do Pampa. Considerando que restam hoje nesse bioma apenas 36% da vegetação nativa, Clarissa critica "quem só no canto pela terra tem amor".
Segundo Loma Pereira, principal voz feminina negra atuante no Estado, Clarissa Ferreira emergiu para despertar e encorajar reflexões. "Ela nos entrega a ousadia que o mundo precisa", afirma. Loma conhece Clarissa desde que era estudante e acompanhou suas participações em festivais, "onde a mulher é bem pré conceituada". "Ela diz coisas que ninguém tem coragem de dizer", exalta.
Na canção Tiranas, Clarissa faz uma ode à sororidade, com letra da carioca Maria Gabriela Saldanha. "Se não existissem, nós nunca saberíamos de quantos modos uma mulher poderia ser para além do que lhe foi determinado ser", canta.
Vitor Ramil, um dos grandes nomes da música gaúcha contemporânea, celebra a desenvoltura com que Clarissa tem se movimentado na cena musical, cercada de excelentes músicos e parceiros. "É artista de vários recursos: toca, canta, compõe, escreve, performa, pesquisa, teoriza. O fato de ser mulher é significativo, relevante, até porque adentra criticamente na seara masculina do gauchismo", define.
 

Uma soma de vivências

Clarissa Ferreira começou a vida artística na infância; em seu trabalho, pesquisadora e artista andam lado a lado

Clarissa Ferreira começou a vida artística na infância; em seu trabalho, pesquisadora e artista andam lado a lado

/VITÓRIA PROENÇA/DIVULGAÇÃO/JC
Clarissa Figueiró Ferreira nasceu no hospital militar de Bagé, em 29 de abril de 1987. Filha do funcionário público municipal Armandino Lima Ferreira e da professora infantil Marta Marília Gonçalves Figueiró Ferreira, tem um irmão, Márcio.
Aos sete anos começou a vida artística, no Instituto Municipal de Belas Artes (Imba), onde fez 10 anos de balé clássico. A partir desse contato, começou a estudar violino, integrou orquestra e foi fazer faculdade em Pelotas.
Concluiu graduação em Música pela UFPel em 2011. A seguir, fez mestrado em Etnomusicologia na Ufrgs, apresentando a dissertação Campeirismo musical e os festivais de música nativista do sul do Brasil: a (pós)modernidade (re)construindo o "gaúcho de verdade" (2014). No doutorado, na Unirio, defendeu a tese "Toca um jazz no galpão": a construção de identidades musicais e profissionais na cena musical independente do Rio Grande do Sul (2018).
Foi professora substituta na Ufrgs e atualmente é na UFPel. Ao mesmo tempo, cursa graduação em História e está escrevendo sobre uma perspectiva decolonial sulina.
De acordo com o amigo Zelito Ramos, compositor de canções interpretadas por nomes como Shana Müller e Daniel Drexler, "a obra da Dra. Clarissa Ferreira é a soma de suas vivências, como pesquisadora inquieta e questionadora, e como musicista no Movimento Tradicionalista Gaúcho e nos festivais nativistas". Zelito acredita que suas abordagens são bem fundamentadas e acabam por colocar em xeque temas considerados tabus da nossa cultura. "O resultado é um trabalho artístico-pedagógico potente, capaz de impactar no comportamento da sua geração e contribuir positivamente na formação identitária das futuras gerações."
 

Música ecofeminista gaúcha e brasileira

Ao lado de Adriana Deffenti, em foto de 2018

Ao lado de Adriana Deffenti, em foto de 2018

/MARCIAL SHULL/DIVULGAÇÃO/JC
O multipalco do Theatro São Pedro em Porto Alegre recebeu nos dias 4 e 5 de abril o lançamento do disco LaVaca, de Clarissa Ferreira. Quando o show ia começar a circular pelo Estado, vieram as chuvas e enchentes. Agora, a artista está engajada no coletivo RS Música Urgente, que visa propor soluções para a cadeia produtiva.
Lucas Ramos, que produziu LaVaca ao lado de Fabricio Gambogi, demonstra perplexidade diante do fato de um disco fortemente ligado à defesa do meio ambiente ter saído um mês antes de acontecer toda a catástrofe. "Que seja para trazer luz, para discutir e falar com mais propriedade", deseja.
Lucas é médico, baterista e namorado de Clarissa há oito anos. "Vim bastante junto dela, desde os singles, muitos produzidos aqui no nosso estúdio, que a gente construiu juntos", relata. Sua participação também alcança as composições: "a minha parceria, na verdade, é uma ideia ou outra, que eu dou no café da manhã". Lucas comenta a generosidade de Clarissa, ao trazer muitas pessoas para o trabalho e para a convivência. "Eu brinco que ela é um grande hub do gauchismo moderno, dessa ideia da quebra de preconceitos e a questão do cuidado com o meio ambiente", afirma.
Integrante da equipe artística do espetáculo, a bailarina Emily Borghetti comenta que trabalhar com a Clarissa é uma aula de criar, prospectar e viabilizar. "Aprendo muito com essa força realizadora que ela tem, que se desdobra em livro, zine, projeção de vídeo, blog, conteúdo pra rede social, poesia, performance", atesta.
 

Sonoridades da cena feminina

Clarissa Ferreira em um dos shows de lançamento do álbum LaVaca

Clarissa Ferreira em um dos shows de lançamento do álbum LaVaca

/JOÃO VICENTE RIBAS/ESPECIAL/JC
A pianista, cancionista, pesquisadora e professora da Ufrgs, Isabel Nogueira, também estima a atuação de Clarissa na articulação das redes. "Porque não é fácil se colocar, lançar um disco", diz. LaVaca levou quatro anos de produção, incluindo composição, financiamento coletivo, gravação e lançamento. Isabel acompanhou o processo e uma criação coletiva que envolveu as duas em 2022 acabou sendo incluída. A canção Chinaredo de Alpargata partiu da provocação de Isabel durante o festival Peitaço, de trazer e se apropriar de palavras "menos bonitas de estar numa canção". Esse tipo de provocação para a composição já era recorrente quando Isabel Nogueira foi professora de Clarissa na graduação. "Mulheres não precisam ter apenas um rótulo", acredita.
A propósito, percebe uma cena feminina pulsante hoje, em que uma artista inspira a outra. E cita nomes como Dessa Ferreira, Nina Nicolaiewsky, Gabriela Lery, Viridiana, Rita Zart, Paola Kirst, Ana Matielo, Nina Fola, Tamiris Duarte, entre outras. "Elas se encontram, dividem o palco e o estúdio, participam de projetos e incubadoras de ideias. Me parece que tem uma busca pela coletividade e Clarissa é uma liderança desses modos de fazer", conclui Isabel.
A principal parceira de Clarissa hoje é Ana Matielo. Elas se conheceram na pandemia, através de uma oficina de compositoras, e agora estão preparando um disco em dupla, a ser lançado ainda neste ano. Na vida acadêmica, Ana avalia que a parceira contribuiu para abrir caminhos para uma etnomusicologia feminista local no Sul, "em trazer as pautas que estão ocorrendo na atualidade e também pensar nesta ponte com diversos públicos, em como tornar os movimentos de melhor bem viver, ecológicos, feministas, antirracistas, em prol das relações sociais-musicais."
Na avaliação de Isabel Nogueira, LaVaca contém elementos que não estariam na música regional, como as sonoridades eletrônica e erudita. Com isto, lembra que há uma inquietação presente, de se pensar a produção gaúcha mais inserida no Brasil. Neste contexto, a pesquisadora sabe que Clarissa deseja ser ouvida fora daqui e acredita que "seu disco pode ser ouvido como música brasileira".
 

"Não é nada demais botar um beat numa milonga"

Clarissa Ferreira:

Clarissa Ferreira: "Muitas mulheres fizeram, mas canônicos são os homens"

/VITÓRIA PROENÇA/DIVULGAÇÃO/JC
No intervalo entre compromissos acadêmicos e solidários, nos abrigos para desabrigados pelas enchentes, Clarissa Ferreira concedeu esta entrevista em seu apartamento em Porto Alegre, onde vive com o namorado Lucas Ramos e a gata Hermeta Jurema. Sua fala perpassa inquietações, vivências e a situação de emergência em que se encontra o Estado.
Jornal do Comércio - Teu avô era radialista? Como foram teus primeiros contatos com a música?
Clarissa Ferreira - Meu avô materno, Artaxerxes Figueiró, era radialista de um programa precursor, na Rádio Difusora, em Bagé, com a temática regionalista. Foi um super incentivador do meu caminho na música. Mas eu não tenho a vivência da cultura gaúcha dos CTGs lá de Bagé. Minha família não vem desse movimento. Eu fui ter esse contato posteriormente, como profissional. Eu sempre fico tentando buscar essas memórias, das músicas que eu ouvia nesse tempo, das nossas vivências cotidianas, os churrascos de domingo.
JC - Que repertório tu recordas?
Clarissa - Bah, Vitória Régia (de Wilson Paim) tocava muito quando eu era pequena. O meu tio também levava uma coletânea de discos em vinil, que tinha vários clássicos daquele período. Eu fui conhecer mesmo o repertório depois, quando comecei a conviver com músicos e pesquisadores, a entender as músicas uruguaias e argentinas.
JC - E pela música brasileira, quando começou teu interesse?
Clarissa - Quando eu comecei a consumir música de uma forma mais consciente, foi MPB, Elis Regina, Chico Buarque, Djavan. Lembro que os primeiros downloads que eu consegui fazer, era para ouvi-los. Foi um start para querer estudar música, principalmente pela letra. Os acontecimentos históricos que eu começava a conhecer pelas canções, tudo isso me fez despertar. A música poderia me ensinar em vários aspectos, é conhecimento puro.
JC - Mas tu começaste como instrumentista. Como foi a transição para a canção?
Clarissa - Eu já estava bem adiantada na graduação, no violino, e entrei em crise. Acho que é muito comum um estudante de música entrar em crise. Pois a graduação ainda está com uma raiz muito colonial, erudita, e a gente vem de outras vivências, e acaba se afastando do que nos aproximou da música. Num momento, não tinha ânimo para pegar o violino, e tinha um repertório para cumprir todo semestre na faculdade. Foi um momento bem paradigmático, vendo que a música que eu tocava era uma e a música que eu ouvia era outra. Não fechava.
JC - Da crise, tu chegas ao lançamento do primeiro disco. Hoje tu tens uma identidade definida, dentro de um gênero específico?
Clarissa - É uma questão que eu penso bastante. Fico tentando não me definir, mas me compreender para que isso ajude outras pessoas a compreender também qual é o meu trabalho. É uma necessidade que a gente tem por viver num mercado e num processo com tantas ferramentas de comunicação. Como é que a gente faz, de forma eficaz, para chegar nas pessoas com a nossa mensagem? Ao longo desses três anos de gravação, fui pensando muito nisso, já tinha uma proposta desde o início, e ela se concretizou.
JC - Que proposta é essa?
Clarissa - É fazer um trabalho que bebesse da fonte do regionalismo, pensando-o como uma construção social, localizada no Rio Grande do Sul. Mas também numa forma antropofágica, de pegar tudo isso e digerir. E eu me identifico com isso, de criar com esses ritmos e fazer milonga do meu jeito, do jeito que eu entendo ela, do jeito que eu consigo. Não tem um peso, no sentido de eu ter que corresponder a uma expectativa sobre uma tradição. Tento ver hoje isso de uma forma leve. Penso que eu faço música ecofeminista. Música gaúcha feminista. Várias formas, né. Música pós-gaúcha. Já usei, já escrevi sobre isso. Também é música popular gaúcha, que é um termo que já estava aí.
JC - Teu disco começa com uma levada bossa, com programações, que remete a artistas contemporâneos da MPB. É uma forma de dialogar com uma cena?
Clarissa - Com certeza. Acho que é natural também, porque as músicas que eu consumo fazem uso dessas sonoridades. Até então, parecia que era um pouco proibido. E não é nada demais botar um beat numa milonga. Mas, já que parece proibido, vamos fazer pra ver como é que fica. Tem um pouco disso. Acho que o disco é provocativo, descaradamente. As músicas trazem essa questão, às vezes com humor, às vezes uma crítica bem forte e direta. E que se ressignificou agora, pós-maio de 2024.
JC - Tu já pensaste o disco como música de protesto?
Clarissa - É, eu acho que vem dessa ideia, mesmo. Inclusive, o protesto foi ficando um pouco mais delicado com o tempo, na minha composição. Porque a primeira que eu lancei foi Manifesto Líquido, que é curta e grossa na mensagem, falando sobre o machismo na cultura gaúcha. Mas ao longo desse meu curto tempo de compositora, desde 2016, fui tentando chegar numa linguagem um pouco mais acessível.
Enfim, o disco vem nesse sentido de protesto. Porque vem marcar que é um disco criado por uma mulher, nesse contexto regionalista, e afirmando uma bandeira mesmo. Tivemos muitas mulheres que fizeram. Mas os discos considerados canônicos são compostos por homens. E até quando falam de mulheres, são também escritas masculinas falando sobre. Nesse contexto, o que era pra ser só uma questão de gênero, nunca é. Porque, quando a gente fala de feminismo, é sobre repensar todo um sistema possível, de vida para nós, para os animais, para todos os seres. 

Visão de Clarissa Ferreira sobre a própria arte mudou após enchentes:

Visão de Clarissa Ferreira sobre a própria arte mudou após enchentes: "O que eu cantava com um pouco mais de raiva, hoje eu canto com um pouco mais de dor"

VITÓRIA PROENÇA/DIVULGAÇÃO/JC
JC - E teu disco foi lançado um mês antes da catástrofe climática.

Clarissa - Ninguém imaginava o que aconteceu em maio. E mudou um pouco o meu entendimento. O que eu cantava com um pouco mais de raiva, hoje eu canto com um pouco mais de dor. Porque o que a gente cantava acabou se tornando realidade muito rápido. Agora, fico pensando sobre criticar o Rio Grande do Sul. Porque o meu trabalho é uma crítica à cultura hegemônica do Estado. De que forma a gente pode continuar fazendo isso, num momento de fragilidade? De não cutucar a ferida, mas sim mostrar outras formas de existir. Eu acho que esse é o grande desafio. Pensar em possibilidades de continuar mirando um horizonte.

JC - No teu livro, chama atenção a análise sobre Berenice Azambuja. Tu tens a preocupação de trazer para o debate assuntos que não estão sendo tratados?

Clarissa - Sim. Muito disso se dá por eu ser da etnomusicologia, da gente pensar na música como uma ferramenta de melhoria social. A música pode nos dizer muito sobre os rumos que se tem tomado. Acabei voltando pra buscar histórias de mulheres que construíram seus caminhos num contexto diverso - talvez pior que o nosso hoje. Porque não acho também que a gente melhorou muito na questão desse machismo musical. Mas a Berenice foi uma personagem para pensar nessa transgressão, para se inspirar e perceber como hoje ainda existem preconceitos e falta de interesse em conhecer a história de algumas pessoas - histórias que nos falam tanto, como da Berenice, da sua sexualidade, da forma como ela lidava, de uma forma muito inteligente, para conseguir estar dentro desses espaços.

JC - Hoje, o contexto é de mais coletividade do que era para a Berenice?

Clarissa - Acho que sim, por uma questão de necessidade. A Berenice conseguiu gravar muitos discos, por gravadoras. Então, o contexto era bem mais favorável. Isso falando em junho de 2024, no Rio Grande do Sul, onde a gente está tendo que reestruturar toda a cena. A gente está num momento de precarização do trabalho musical. Já não vinha muito bem e ainda passa por isso tudo. Todo mundo sendo obrigado a parar, por cancelamento de agenda. A única forma da gente vislumbrar um futuro é a partir dessa coletividade.

JC - Para quem não está dentro do circuito dos festivais, como é lançar um disco e encontrar o público?

Clarissa - É uma descoberta. Eu tenho focado mesmo num outro público que não é do circuito dos festivais nativistas. E nem dos shows regionalistas, não me vejo nesse espaço. Já tenho uma outra entrada, que é nas feiras de livros, esses outros espaços de música autoral independente, que é um circuito efervescente no Brasil e toda América Latina. Eu tinha muitas expectativas com esse lançamento. Trabalhei incansavelmente e tinha planos de tocar em vários lugares do País. Ainda é um desejo. Mas também sinto a necessidade de tocar para quem está perto. Porque acho que pode dar um acalanto, nesse contexto que a gente está vivendo.

As obras de Clarissa

Foto que virou capa de 'LaVaca', primeiro álbum de estúdio de Clarissa Ferreira

Foto que virou capa de 'LaVaca', primeiro álbum de estúdio de Clarissa Ferreira

/VITÓRIA PROENÇA/DIVULGAÇÃO/JC
LaVaca (Independente, 2024)
Disco de estreia de Clarissa Ferreira, reúne canções que abordam o feminismo, o racismo e a preservação da natureza. Contém diversas parcerias, entre elas um poema musicado de Mario Quintana. Também conta com duetos, ao lado de nomes como a uruguaia Ana Prada, a paulista Rhaissa Bittar e os gaúchos Loma e Vitor Ramil.
Gauchismo Líquido
(Editora Coragem, 2022)
Compêndio de ensaios de Clarissa Ferreira traz reflexões contemporâneas sobre a cultura do Rio Grande do Sul. Entre os temas abordados no livro, o hino rio-grandense, a Teiniaguá, o termo "prenda" e a sexualidade no tradicionalismo.
 

* João Vicente Ribas é editor da newsletter Canciones para despertar en Latinoamérica e jornalista na Emater/RS-Ascar.

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