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A história dos palcos do RS pelas lentes da fotógrafa Irene Santos
Em seis décadas de trajetória, Irene Santos tornou-se um dos nomes mais importantes da fotografia no Rio Grande do Sul
No ano de 1965, um lançamento chegava no mercado brasileiro; a máquina fotográfica Kodak Rio 400, uma homenagem ao quarto centenário da cidade do Rio de Janeiro. Foi com este equipamento, exibindo singelas dimensões de 8,5 cm altura x 8,5 cm largura x 5,5 cm profundidade - tipo caixote, em plástico e com parte frontal em alumínio - que uma jovem de 15 anos de idade fazia os primeiros registros de uma longa e respeitada carreira como fotógrafa. "A lente era boa. O preço era acessível, comprei com o meu dinheiro. Mas era uma máquina que não tinha recursos. Fiquei anos usando aquilo enquanto trabalhava no banco. Depois eu comprei outras", relembra Irene Santos, um dos nomes mais importantes da fotografia do Rio Grande do Sul e, como muitas fontes afirmaram durante as entrevistas, do Brasil.
Fotógrafa, historiadora formada pela Ufrgs (1971) e pesquisadora de imagens, Irene Santos nasceu em Porto Alegre, em 1947. Em seu primeiro emprego - contava com um pouco menos de 20 anos de idade na época - trabalhou em um banco. O setor de produção de fotolito para impressão gráfica, onde "vivia cheirando a ácido acético", conforme lembra, foi um dos setores pelos quais passou. No restante do tempo, se dedicava à fotografia, registrando eventos como casamentos ("chegava a fazer dois por sábado''), cenas no Parque da Redenção, espetáculos de circos ou ainda a procissão de Nossa Senhora dos Navegantes, ocasião que fazia questão de registrar em razão da dramaticidade do cortejo. Era tudo revelado em um pequeno laboratório que tinha na casa dos pais, Fabia e Otelo Santos.
Enquanto conversa, Irene exibe algumas destas primeiras fotos - todas em preto e branco - retiradas de uma caixa organizadora de plástico que buscou da penumbra do estúdio fotográfico. Comenta sobre o papel simples, sobra das impressões de onde trabalhava. Falou dos muitos cursos que fez, um deles com um profissional que muito admirava, Assis Hoffmann (1941-2015), fotógrafo que formou muitos jovens da área.
Como fazia questão de se apresentar como fotógrafa entre os funcionários do banco, logo Irene arranjou uma maneira de exercer a sua atividade também por ali: ofereceu às colegas cartões de Natal com a foto dos seus respectivos filhos. As imagens eram acompanhadas de uma mensagem personalizada. A mãe de Irene, costureira, confeccionou os gorros de Papai Noel que adornavam a cabeça das crianças. Foi um sucesso.
Após esta fase, a fotógrafa passou por áreas mais burocráticas. Mas a execução automática de funções nunca foi o ponto forte de Irene - e quem conhece o seu trabalho sabe disso. Passados cerca de 10 anos, ela sentiu que era o momento de abandonar a carreira no banco e de se dedicar integralmente à fotografia. É quando, em 1979, ela abre o seu primeiro estúdio, na rua Marechal Floriano, no Centro Histórico de Porto Alegre. A sala era pequena, mas comportava o básico para foto e revelação.
Cerca de um mês depois de sua saída da vida bancária, surge uma proposta de trabalho junto ao arquiteto Júlio Posenato. A atividade consistia em os dois em percorrerem, durante um semestre, os municípios que fizeram parte das colônias italianas na serra gaúcha, Centro do Estado, além de Cacique Doble. A origem foi um convite da Fondazione Giovanni Agnelli a Posenato, em 1979, para pesquisar a arquitetura da imigração italiana no Rio Grande do Sul. "Eu sabia, por amigos, que a Irene tinha deixado o banco para se dedicar à fotografia. Entrei em contato para ela fotografar essa pesquisa de campo."
Posenato conta que os registros feitos por Irene serviram, primeiramente, para uma mostra fotográfica itinerante, lançada na Loja Tumelero, em 1980, e que teve grande repercussão. Em 1983, foi publicado o livro Arquitetura da imigração italiana no Rio Grande do Sul, que recebeu, da Fundação Ilha de Laytano, o prêmio de Melhor Obra sobre o Rio Grande do Sul. "O acervo de imagens dessa pesquisa constitui um documento precioso para a memória cultural do Estado", destaca. "Tenho muito apreço pela Irene, como profissional da fotografia e como pessoa. A parceria com ela foi muito gratificante".
Em 1983, a dupla faz uma nova parceria para o que chama de Porto Alegre, para amar, na qual percorreram o Centro Histórico e vários bairros de Porto Alegre, documentando detalhes arquitetônicos. Posenato diz ainda querer publicar um e-book sobre o projeto. "Júlio é um bom amigo. Foi o primeiro que confiou no meu trabalho, logo que saí do banco. Aprendi muito com ele sobre fotografias arquitetônicas", Irene faz questão de destacar.
A máquina de inventar personagens
Outra virada de chave importante na carreira de Irene Santos ocorreu após mais uma mudança de endereço. O estúdio localizado no Centro de Porto Alegre passou para a rua da República, na Cidade Baixa. Pela redondeza, circulavam diariamente atores, atrizes, diretores, dramaturgos. Irene era vizinha de frente do Teatro de Câmera Tulio Piva. Neste círculo cultural das artes cênicas, mas não apenas, ela passaria a ser uma fotógrafa conhecida e reconhecida durante toda a sua trajetória.
Ali, em meados da década de 1980, tiveram início os célebres retratos de atrizes e atores que passou a registrar. Longe das poses sisudas, "caretas", como os artistas estavam acostumados, Irene conta que as fotos tinham um diferencial, contavam histórias. "Eu perguntava para a atriz, 'como tu gostarias de ser fotografada?' Então ela dizia, 'eu quero ser uma dama antiga, uma cigana' e assim por diante. As pessoas nunca as viam daquela maneira em fotos."
Enquanto fala, Irene exibe o cartaz da sua primeira exposição, Dramática, retrato de atriz, que abriu em 1986, no Theatro São Pedro, reunindo 30 destes retratos. Entre eles, ela aponta para a cantora, compositora e acordeonista Mary Terezinha. Conhecida na música regionalista gaúcha, a imagem mostra Mary encarnando a personagem Floria, da ópera Tosca, de Giacomo Puccini, estreada em Roma, em 1900.
A artista e professora de Fotografia do Departamento de Artes Visuais da Ufrgs, Elaine Tedesco, conta que teve o "privilégio'' de ter sido aluna de Irene, em um estúdio que a professora teve por um curto período, no bairro Menino Deus. Irene cedeu uma sala para Elaine trabalhar. Uma oportunidade para a jovem artista acompanhar a produção dos retratos que seriam exibidos na exposição Solilóquio (Museu de Arte do Rio Grande do Sul - Margs, 1988). Elaine recorda que, para Irene, "os objetos de cena, a pose e o enquadramento eram importantes, mas a luz era o elemento fundamental para conferir a dramaticidade que ela buscava."
Para tamanha produção, Irene sempre contava com a ajuda do amigo, o ator e atual diretor da Casa de Teatro, Zé Adão Barbosa, para maquiar as atrizes e os atores. O artista conheceu Irene em 1986, quando ela fazia fotos para o primeiro espetáculo de Zé Adão, A lição (escrito por Eugène Ionesco). "Acho que Irene se encantou, principalmente, pela caracterização. É o que a fascina, as atrizes e os atores. Era apaixonada muito mais (por isso) do que pelo teatro em si, mas também pela cenografia e iluminação, que fazem parte do trabalho dela", comenta Zé Adão.
O diretor destaca a semiologia presente no trabalho de Irene, pois não a considera uma "reprodutora de imagens, mas uma criadora". "O trabalho dela é muito semiótico, criando um signo em cima de uma foto". Na verdade, este empenho de inventar, subverter, interferir, remete ao início deste perfil, quando Irene comenta que decidira deixar para trás as tarefas burocráticas do banco onde trabalhava. Sua criatividade precisava arejar.
A dramaturga, colagista e produtora cultural Dedé Ribeiro foi uma das atrizes retratadas para a exposição Dramática. Ela recorda que a parceria entre Zé Adão e Irene era bastante integrada. Na época, Dedé estudava tarô e astrologia, e acredita ter sido esta ideia que Zé Adão quis ressaltar nos retratos, já que a proposta era justamente subverter expectativas. "Resolveram puxar uma personagem misteriosa de mim, um tipo que eu não fazia", comenta, rindo. Um dos retratos em que lá está Dedé, uma femme fatale mística, acabou sendo escolhido para a exposição.
Ao fazer um recorte entre os anos 1980 e 1990, talvez seja difícil encontrar um ator ou atriz que não tenha sido fotografado por Irene Santos. "A Irene não foi uma cineasta, uma diretora de teatro porque não quis", afirma Zé Adão. Normalmente, conta ele, quando ela descrevia a foto que queria, saía exatamente o que havia imaginado. "Quando eu pegava as provas, me deparava com ângulos que eu jamais pensaria".
Durante essas três décadas, a profissional foi uma das artistas mais procuradas no mercado, diz Zé Adão. Todos queriam ser fotografados por Irene.
A dramaturga, colagista e produtora cultural Dedé Ribeiro foi uma das atrizes retratadas para a exposição Dramática. Ela recorda que a parceria entre Zé Adão e Irene era bastante integrada. Na época, Dedé estudava tarô e astrologia, e acredita ter sido esta ideia que Zé Adão quis ressaltar nos retratos, já que a proposta era justamente subverter expectativas. "Resolveram puxar uma personagem misteriosa de mim, um tipo que eu não fazia", comenta, rindo. Um dos retratos em que lá está Dedé, uma femme fatale mística, acabou sendo escolhido para a exposição.
Ao fazer um recorte entre os anos 1980 e 1990, talvez seja difícil encontrar um ator ou atriz que não tenha sido fotografado por Irene Santos. "A Irene não foi uma cineasta, uma diretora de teatro porque não quis", afirma Zé Adão. Normalmente, conta ele, quando ela descrevia a foto que queria, saía exatamente o que havia imaginado. "Quando eu pegava as provas, me deparava com ângulos que eu jamais pensaria".
Durante essas três décadas, a profissional foi uma das artistas mais procuradas no mercado, diz Zé Adão. Todos queriam ser fotografados por Irene.
Aquela a quem se conhece e reconhece
Irene Santos produziu inúmeros retratos durante a sua trajetória, mas, talvez, o rosto que tenha sido mais vezes exposto às suas lentes seja o da atriz Vera Lopes. "Ela está na minha vida há muito tempo. A Irene é o meu Almodóvar. Em todos os trabalhos ela me chama", brinca a atriz gaúcha, que há 10 anos se mudou para Salvador, mas segue vindo regularmente a Porto Alegre para trabalhar com atuação.
Vera conheceu Irene quando começou a trabalhar na Revista Tição, publicação alternativa da imprensa negra de Porto Alegre, que circulou entre 1978 e 1980 e que propunha a conscientização racial, social e cultural da comunidade negra. Irene havia fotografado a capa da primeira e da segunda edição e, desde então, elas seguiram se encontrando.
Uma dessas ocasiões foi no Grupo Caixa-Preta (2002-2020), o qual Vera, Jessé Oliveira e Márcio Oliveira lideravam. O grupo encenava textos de autores negros, além de adaptar obras clássicas a partir de uma perspectiva afrocentrada. A estreia da primeira peça do grupo, Transegun (2003), do escritor, poeta e dramaturgo Cuti, contou com o registro de Irene, assim como as demais encenações. Vera ressalta: "Irene é a mulher negra fotógrafa que todos nós conhecemos e reconhecemos, do movimento negro ou não. Não temos outra fotógrafa negra com a trajetória de Irene".
O grande diferencial do trabalho de Irene, para Vera, é o fato de a fotógrafa acompanhar a cena teatral. "Isso é fantástico. Ela sabe o que é o teatro, o papel do ator, da atriz, assiste aos ensaios e aos espetáculos. No estúdio dela você vê fotos maravilhosas, como a do Barbot".
De fato, no atual local de trabalho de Irene, localizado no bairro Bom Fim - antiga Colônia Africana - está a fotografia que Vera menciona, em uma parede entre a porta de entrada e a janela. Um olho desatento pode confundi-lo com um desenho. Ali está o bailarino e coreógrafo Rubens Barbot (1949-2022), em pé, com a lateral dos membros inferiores de frente para o espectador, enquanto o tronco torce sutilmente para a câmera. A luz sobre a pele retinta do retratado. Ele está nu, sob um fundo branco. Barbot se equilibra sobre o pé direito, o mesmo que está sobre um sapato de salto 15 de cor vermelha. O tronco se contrai levemente e vai ao encontro da perna flexionada. Joelho esquerdo e cotovelo direito se encontram, enquanto o braço esquerdo se estende no ar. "Foi a foto mais difícil que eu fiz, porque o Barbot está fora do ponto de equilíbrio. O peso de um lado e o outro tentando manter a estabilidade. Ficamos horas fotografando", conta Irene.
O então jovem diretor de teatro e atual coordenador do Núcleo de Artes Cênicas de Porto Alegre, Jessé Oliveira, já lia há tempos o nome de Irene no crédito das fotos de diversos espetáculos, desde o início da década de 1990. "Eu não sabia quem ela era, na época não existiam as redes sociais. Até o dia em que ligo para Irene e combinamos de se encontrar. Quando ela chega, vejo uma mulher negra. Na época eu não era um diretor de teatro negro, eu não tinha consciência e ação neste sentido", destaca Jessé Oliveira.
A partir dali, os dois tornam-se amigos e colaboradores recíprocos, como na peça Hamlet Sincrético (2005), na qual Irene fez fotos e criação gráfica. Jessé lembra que, naquele período, ainda era um diretor desconhecido; mesmo assim, a fotógrafa dedicou-lhe a mesma atenção que daria quase uma década depois, quando Jessé passaria a ter maior prestígio no meio artístico. "Ela se envolve muito com o trabalho. Propõe ângulos, mexidas que, depois, a gente olha e diz 'caramba, isso pode ser incorporado à cena."
Durante a produção deste perfil, a reportagem não encontrou projetos de pesquisa acadêmicos nos quais Irene Santos fosse objeto de estudo. Para Jessé Oliveira, a questão racial não pode ser desconsiderada em relação a este apagamento, e se pergunta por onde anda o pensamento e o interesse da academia. "Uma artista, porque é isso que ela é, da dimensão da Irene, que ainda é uma pesquisadora da presença negra da imagem; reconhecida nacional e localmente, e a gente não dá essa atenção a ela?"
A artista e professora de Fotografia do Departamento de Artes Visuais da Ufrgs, Elaine Tedesco, indicou à reportagem artigos e demais materiais nos quais a fotógrafa é mencionada. Ela comenta que, embora Irene não tenha sido até hoje objeto de estudo, o livro Negro em Preto e Branco - História fotográfica da população negra de Porto Alegre (Fumproarte, 2005), organizado pela fotógrafa, tornou-se uma referência fundamental para a pesquisa em antropologia, história e cultura sobre a presença do negro na fotografia, sendo citado em muitas pesquisas.
Visibilidade afirmativa: um imaginário real
No ano de 2005, Irene publica o livro Negro em Preto e Branco: História fotográfica da população negra de Porto Alegre (Fumproarte) - vencedor do Premio Açorianos 2006, na categoria Especial. Ali estão reunidas fotografias de famílias negras em diferentes ocasiões: festas de aniversário, lazer, carnaval, festas religiosas, entre outras. Elas foram compartilhadas e cedidas para publicação por cerca de 100 pessoas e famílias, entre elas, o ex-governador Alceu Collares, a ex-miss Brasil Deise Nunes, o músico e compositor Giba Giba, o poeta Oliveira Silveira, o senador Paulo Paim e a cantora e compositora Zilah Machado. O objetivo, como diz Irene no texto de apresentação, é "revelar o amor próprio e a alegria da identificação com a etnia negra, que se revela nos olhares preservados nas fotografias de nossas famílias porto-alegrenses."
O doutor em Antropologia Social Iosvaldyr Bittencourt Junior, menciona diversas referências para falar sobre a forma que a imagem de sujeitos negros vem sendo retratada no decorrer da história. Ele, que também contribuiu em Negro em Preto e Branco com fotografias e com o texto Territórios Negros, lembra do psiquiatra e filósofo Frantz Fanon (1925-1961).
Iosvaldyr explica que, em Peles Negras, Máscaras Brancas, o martiniquenho alude à dificuldade do discriminado de desenvolver um esquema corporal e demonstra que a rejeição impossibilita o negro de se ver como pessoa, exatamente porque sempre foi olhado como um diferente. Por isso, destaca o trabalho iconográfico da historiadora e fotógrafa, afirmando que Irene contribui para consolidar, por meio da difusão de tal acervo, uma visibilidade afirmativa. Iosvaldyr acredita que tal documentação confere uma condição de cidadania plena, "de modo a contrapor os estereótipos depreciativos acerca da imagem do negro, notadamente em Porto Alegre, ao desvelar e publicizar seu universo social, histórico, cultural e sagrado."
O antropólogo lembra que Irene, de certa forma, segue uma tradição de retratar famílias negras, como demonstram as fotografias de "Retratos de famílias abastadas", do século XIX, no Rio de Janeiro, publicadas na obra Museu afrobrasil- Um conceito em perspectiva, de 2020, sob a curadoria de Emanoel Araújo. Além deste exemplo, Iosvaldyr cita ainda o fotógrafo gaúcho Ireno Jardim, contemporâneo de Irene, que se dedica em fazer registros fotográficos de personagens negros e negras.
Para o antropólogo, a importância das pesquisas, registros e preservação de acervos fotográficos, por parte de Irene, “resulta no enorme significado e alcance na refutação das imagens negras reificadas pelo imaginário escravocrata”. Iosvaldyr complementa que antigas imagens passam a ser substituídas pela visibilidade de negros e de negras no mundo social do trabalho, da cultura, da política, da vida associativa negra, esportiva e lúdica, dentro dos marcos históricos e civilizatórios Afro-Brasileiros.
Além de Negro Preto em Branco, Irene publicou, 2010, o livro Colonos e quilombolas - Memória das colônias africanas de Porto Alegre – (Fumproarte). A obra conta com a coordenação editorial de Irene; textos da escritora mineira Cidinha da Silva e da jornalista Vera Daisy Barcellos; pesquisa de Dorvalina Fialho, e projeto gráfico de Zoravia Bettiol.
Para o antropólogo, a importância das pesquisas, registros e preservação de acervos fotográficos, por parte de Irene, “resulta no enorme significado e alcance na refutação das imagens negras reificadas pelo imaginário escravocrata”. Iosvaldyr complementa que antigas imagens passam a ser substituídas pela visibilidade de negros e de negras no mundo social do trabalho, da cultura, da política, da vida associativa negra, esportiva e lúdica, dentro dos marcos históricos e civilizatórios Afro-Brasileiros.
Além de Negro Preto em Branco, Irene publicou, 2010, o livro Colonos e quilombolas - Memória das colônias africanas de Porto Alegre – (Fumproarte). A obra conta com a coordenação editorial de Irene; textos da escritora mineira Cidinha da Silva e da jornalista Vera Daisy Barcellos; pesquisa de Dorvalina Fialho, e projeto gráfico de Zoravia Bettiol.
Exposições de Irene Santos em Porto Alegre
» 1986 - Dramática, retrato de atriz - Theatro São Pedro
» 1988 - Solilóquio - Salas Negras - Museu de Arte do Rio Grande do Sul
» 1991 - Arcanos Imaginários - Casa de Cultura Mário Quintana
» 1994 - Quimeras - Theatro São Pedro
» 2007 - Iyalondês - Museu de Arte do Rio Grande do Sul
» 2010 - Bertoldo para sempre BRECHT - Casa de Teatro
» 2016 - Fotógrafa convidada: Mostra internacional Mosaicografia - Largo Glênio Peres
» 2018 - Artista convidada: Travessias Contemporâneas ao Sul do Atlântico - Caminho das Artes
PUBLICAÇÕES
2005 – Negro em Preto e Branco - História fotográfica da população negra de Porto Alegre – (Fumproarte) – Premio Açorianos
2010 – Colonos e quilombolas - Memória das colônias africanas de Porto Alegre – (Fumproarte)
PARTICIPAÇÕES
2005 – Negro em Preto e Branco - História fotográfica da população negra de Porto Alegre – (Fumproarte) – Premio Açorianos
2010 – Colonos e quilombolas - Memória das colônias africanas de Porto Alegre – (Fumproarte)
PARTICIPAÇÕES
1980 – Arquitetura da Imigração Italiana do RGS, de Júlio Posenato - (Fundação Giovani Agnelli / FIAT)
2007 – Zoravia Bettiol: a mais simples complexidade - (Território das Artes)
WEBDOCUMENTÁRIO
2007 – Zoravia Bettiol: a mais simples complexidade - (Território das Artes)
WEBDOCUMENTÁRIO
2014 – Outros Carnavais – Memória do carnaval de Rua de Porto Alegre, 1930-1969 (Fumproarte)
* Priscila Ferraz Pasko é escritora, jornalista freelancer na área cultural, colunista no site Literatura RS e graduanda no curso de Bacharel em História da Arte (Ufrgs). É autora do livro de contos Como se mata uma ilha (Zouk, 2019) – Prêmio Açorianos 2020 na categoria conto. Tem se dedicado à dança contemporânea e a experimentos em videodança.