Rafael Gloria, especial para o JC
Quem vê o escritor José Falero articulando tão bem sobre literatura e a sua trajetória em eventos ou palestras não sabe o quanto foi difícil chegar nesse ponto. "Era uma timidez absoluta. As pessoas olham eu falando em público e pensam que eu sempre fui assim, mas foi uma tortura para chegar aqui", conta em uma tarde de conversa na sua casa no bairro Lomba do Pinheiro, em Porto Alegre. E foi também uma longa travessia até o momento em que finalmente conseguiu lançar seus livros.
Nascido em 1987, na capital gaúcha, Falero é autor de Vila Sapo (Venas Abiertas, 2019), do romance Os supridores (Todavia, 2020) - pelo qual foi indicado ao prêmio Jabuti e ganhou prêmio Ages de livro do ano - e também das crônicas Mas em que mundo tu vive? (Todavia, 2021). Tudo mudou em 2019, com o lançamento do primeiro livro. Mas, na verdade, a história tem início muito tempo antes, quando começou a perceber o mundo de uma maneira diferente.
Aos cinco anos de idade, sua família se mudou para a Cidade Baixa, porque o pai havia conseguido um trabalho de zelador. Falero iniciou os estudos em uma escola no Centro, cursando as primeiras séries por lá. Depois de alguns anos seus pais se separaram e ele voltou para morar com a mãe no bairro Lomba do Pinheiro. "É claro que eu só fui conseguir nomear isso mais tarde, mas o sentimento já estava lá, de duas cidades completamente diferentes", diz. Esse contraste foi importante para o jovem Falero questionar e problematizar as questões sociais, que apareceriam de maneira tão forte em sua obra depois.
De volta à Zona Leste, Falero se deu conta de outra realidade na escola e acabou se adaptando. "Foi como se tivessem me dado mais limites digamos assim. 'Ah, então quer dizer que eu posso falar, que eu posso jogar papel no outro', eu fui sentindo isso", diz. Ele terminou o ensino fundamental e foi fazer o Médio em um colégio na área central da cidade. Em seu bairro, um dos maiores de Porto Alegre, não tinha uma escola com os anos finais.
Ele explica que esse período é uma história gigante, mas lembra de alguns momentos marcantes. "Eu estava entrando em uma depressão complicada. Na época eu não entendia o que era isso. Era muito difícil para mim estar em um lugar público, eu tinha a autoestima muito baixa, e sentia vergonha de estar com as pessoas", diz. Soma-se a isso as dificuldades financeiras que o acabaram levando a largar o colégio.
Depois de várias tentativas frustradas, em 2019, ele retomou os estudos no EJA do Colégio Aplicação da Ufrgs. Já era um momento diferente da sua trajetória. Falero começava a assumir uma postura de enfrentamento, principalmente porque precisaria encarar o público para falar sobre sua carreira de escritor. O outro fator é que ele foi impulsionado pela interlocução com a escritora Dalva Soares, sua namorada e parceira de ideias. "Ela me empurrava para tudo, eu lancei o livro por causa dela. Ela dizia: tu não pode chegar nos lugares e dizer que é escritor com um texto impresso em umas folhas de ofício ou PDF, ninguém leva a sério isso, tem que chegar com o livro na mão", conta.
Essa mesma postura de enfrentamento o fez conseguir terminar o EJA no Aplicação, porque começou a ver o resultado. "Eu vi um guri tocando cavaquinho, e antigamente, quando eu estava lá com os meus problemas, eu nunca faria isso, mas eu me aproximei, e perguntei o nome dele. Fiquei amigo, tocamos, começamos a conversar. Eu fazia esse esforço de contato com as pessoas", explica. Pelo colégio também vendia o seu primeiro livro, chamando a atenção do professor de história Jocelito Zalla, que acabaria dando um exemplar para seu orientador na época, o professor Luís Augusto Fischer, que escreveria uma coluna no jornal Zero Hora sobre a obra, colocando-o sob um holofote maior.
Então, Falero encarou o público e lançou Vila Sapo em fevereiro de 2019, em um evento junto com mais escritores. "Eu tinha consciência: se eu quero publicar um livro e quero que dê certo, eu vou ter que falar em público, vou ter que estar em lugares, então, eu sabia que eu tinha que enfrentar isso", conclui.
À procura de interlocução
Após morar na Cidade Baixa, Falero foi para a Lomba do Pinheiro com a mãe
/ARQUIVO PESSOAL JOSÉ FALERO/REPRODUÇÃO/JC
Muito da trajetória de José Falero parece refletir uma busca de contato e, mais do que isso, de interlocução. Ele conta que, quando começou a ler, percebeu que se afastava da rua. "Quando eu ia para a rua, já não me interessava o assunto da galera. E o que eu queria conversar eles não queriam saber. Então, começou a se abrir um abismo, eu não tinha interlocução com ninguém sobre essas paradas, eu não tinha um amigo que lia, tá ligado? E daí veio o isolamento", explica.
Foi sua irmã mais velha, Caroline Falero, que o incentivou a ler. "Quando ela vinha me visitar ela enchia para eu ler. Só que eu sou um cara do argumento. Mesmo quando eu estou errado eu preciso do argumento (para me convencer)", diz. No fim, ele acabou lendo o livro Besta-Fera, de Jack Woods, que, para ele, foi uma entrada ideal no mundo da literatura. "Foi um livro que me fez refletir sobre o poder da escrita de suscitar diferentes emoções. Era como se eu estivesse lá dentro, vivendo aquilo ali", afirma. A partir disso, virou um leitor, consumindo todos os tipos de livros, não só ficção.
Acabou se tornando um grande apreciador da gramática e da escrita formal, escrevendo ficção por muito tempo apenas desse modo. Tudo mudou a partir de uma outra interlocução. Como é uma pessoa do argumento, durante uma longa conversa com o linguista baiano Marcos Oliveira, que conheceu por intermédio de trabalhos prestados na área da tecnologia, foi convencido a tentar uma outra visão. "Ele fez eu entender a linguagem como ferramenta de dominação. Foi a primeira vez que casaram a linguagem com as questões sociológicas, e ele me deu vários exemplos de como isso acontece", conta.
Esse acontecimento acabou o levando para outro encontro crucial. Em seguida, Falero escreveu o texto Um otário com sorte, e postou no Facebook, no dia 12 de agosto de 2018 - mais tarde, ele acabaria entrando no livro Vila Sapo. "Foi o primeiro que escrevi com essa linguagem mais oral", diz. Ali é narrado o caminho que ele tomou até encontrar a sua irmã, que estava em um evento. "É muito mais crônica do que conto, porque aconteceu da maneira que eu contei. Nesse dia, eu comecei a me fascinar com as coisas absurdas do cotidiano. Então eu peguei o ônibus e de fato tinham dois piás, de fato aconteceu aquela história do relógio, desci do ônibus e o cara me pediu um cigarro", conta. Quando ele chegou ao local, disse para a sua irmã que escreveria sobre. Ao postar no Facebook, gerou vários comentários e compartilhamentos.
Um dos comentários foi da escritora Dalva Soares, que ficou impressionada com a qualidade do texto. "Eu li e fiquei doida. Mandei um convite de amizade para ele, articulando para ele publicar no site de literatura Diários Incendiários, porque na época eu estava em interlocução com o escritor Evanilton Gonçalves, um dos responsáveis pela publicação", explica.
Não demorou para que os dois começassem a conversar constantemente. "A princípio era essa questão da literatura, mas, como ele mesmo diz, depois a percebemos que a gente era da mesma 'laia'. Ele fala isso e eu gosto bastante. Temos uma origem social muito parecida, viemos ambos das classes populares", diz.
Dalva diz que Falero se empoderou ao longo de sua trajetória. "Eu tenho clareza que o meu amor e afeto por ele foi fundamental nesse processo. Porque ele se sentiu amado, valorizado. Nós costumamos dizer que construímos conhecimento juntos, porque exigimos muito um do outro, ele me obriga a melhorar meus argumentos e eu os dele", declara. Falero concorda. "A própria figura da Dalva, sem ela dizer nada, já me impulsionava, porque eu precisava de afeto, saca? E me sentir gostado, e eu admiro muito ela. E eu ficava pensando que só de ela gostar de mim, já me deixava mais confiante para a vida", revela. Como Dalva mora em Belo Horizonte, Falero frequentemente viaja para lá.
Cuidado obsessivo com a palavra
Falero encontrou uma voz coloquial, mas segue um apaixonado pela gramática
/JOSEMAR AFROVULTO/DIVULGAÇÃO/JC
Perguntado se foi fácil começar a escrever trazendo elementos da linguagem mais coloquial, Falero reflete sobre a resposta. "Acho importante explicar isso: algumas pessoas que leem meu texto pensam que faço desse jeito porque não tenho outros recursos, e que aquilo é mais fácil. Não é, e tem muito trabalho para chegar ali", avisa. O escritor conta que chega a ser obsessivo no processo de escrita. E prefere ficar sozinho para escrever. Por isso, seu momento favorito de produção é a madrugada.
Aprofundando seu processo de escrita, ele pontua que considera o texto em diferentes esferas. "Eu fico olhando uma palavra e penso se ela é a melhor para aquilo que eu quero dizer. Então, há a esfera da palavra por palavra individualmente. Depois passo para a análise da frase inteira. E então o parágrafo, talvez já tenha cinco parágrafos grandes, então, para não cansar o leitor de repente é melhor quebrar em um menor. E ainda há os capítulos, a ordem do romance", explica.
Talvez a esfera com mais obsessão seja a da letra. "Eu tive que fazer esse trabalho, que era inédito pra mim. Quando você altera a grafia e a subverte há um prejuízo, mas também um ganho. O ganho é a aproximação com a oralidade. O prejuízo é o leitor não estar acostumado a ver a palavra daquela forma, então vem o estranhamento. É preciso balancear", afirma. Para Falero, uma página é cheia de detalhes importantes.
Ao começar a escrever desse modo, ele percebeu também o impacto que causava nas pessoas, principalmente seus amigos do bairro. "Vários parceiros meus falando que nunca tinham lido um livro inteiro e o meu foi o primeiro. E eu acho que tem a ver com isso. Achei isso importante, junto com a liberdade na escrita que eu senti que, para mim, era inédita também", diz. Ele sinaliza, entretanto, que continua um apaixonado pela gramática e a escrita 'mais formal', e que é importante conhecer e estudar a sistematização da língua para subvertê-la.
O escritor Tônio Caetano, autor de Terra nos cabelos, prêmio SESC de Literatura 2020 na categoria Conto, acredita que a literatura de Falero é mais um exemplo de que a periferia é lugar de potência. "Acompanhar a realização dos livros dele, saber um pouco do quanto reverberam e acrescentam, equivale a ver um irmão se dando bem, conseguindo realizar um sonho, construindo uma vida com alguma fartura depois de ter vivido junto às dificuldades", diz. Tônio é amigo de Caroline Falero desde 2005 e por intermédio dela conheceu o irmão em 2018, na primeira Festa Literária da Periferia.
Ainda sobre o impacto da obra de Falero, Tônio acredita que um leitor que tenha passado por situações próximas às que o autor conta ou ficcionaliza em sua obra tem a sensação de graça. "Aquela graça indigesta, que também pode ser chamada de consciência de que a cidadania que é negada à periferia, entraves a uma vida mais digna, corresponde ao privilégio de poucos. A graça que faz ir além e que potencializa a revolta, a resistência, a dignidade", afirma.
Outro amigo e um grande interlocutor é o poeta Marlon Ramos. Ele diz que são vários os momentos bons que tem na lembrança com ele, e o considera um grande irmão. "Vou falar de um momento difícil. Quando minha mãe faleceu, em março de 2020, foi um desespero, meu mundo caiu. E uma das primeiras pessoas que falei sobre foi com o Falero. Ele me deu um abraço apertado, ajudou na passagem. Algo simples, mas que foi fundamental para me manter de pé naquela situação", conta.
A saga dos supridores
José Falero: "eu sou um cara do argumento, mesmo quando eu estou errado"
/Andressa Pufal/JC
Além da saga da dupla Pedro e Marques, a feitura de Os supridores também merece um capítulo à parte. Rememorando, Falero conta que escrevia mangás, histórias em quadrinhos originalmente japonesas, de luta com os personagens sendo seus primos e amigos do bairro quando adolescente. "E aí a minha irmã foi importante pela segunda vez, quando eu comecei a escrever. A primeira coisa que escrevi foi uma dessas minhas histórias em quadrinho e fiz ela do zero, como livro mesmo", diz. Tratava-se de um universo fantástico, de ficção especulativa, e ela sugeriu que escrevesse algo mais concreto, a ver com o dia a dia.
Falero conta que nesse momento começou a nascer o embrião de Os supridores. "Foi essa vontade de querer escrever alguma coisa mais concreta, e do modo como eu experimento a cidade, que começou a bater na minha cabeça", diz. Na trama do livro, Pedro e Marques trabalham como supridores no mercado Fênix, e pensam em melhorar de vida, algo que, apenas o trabalho, não vai dar. Os dois conhecem pessoas ligadas ao tráfico na periferia onde moram, mas, diante de uma 'seca' de maconha devido ao desinteresse dos traficantes em comercializá-la, e já cansados da exploração do trabalho, os dois amigos decidem entrar para o tráfico.
Para Caroline, seu irmão sempre foi muito observador e curioso. "Lembro que, quando fomos morar na Cidade Baixa e íamos visitar nossos parentes na Zona Leste, nos finais de semana, ele ia colado no motorista no ônibus, observando todos os movimentos. Quando chegava em casa, brincava de motorista, mimetizando os movimentos e os sons que o ônibus fazia", diz. Ela acredita que a sua literatura reflete essa capacidade de observação também. "Assim como quando olhava o motorista atentamente, ele faz com o entorno dele e com a sociedade em si, para escrever. Além disso, a escrita mostra muito a paixão que ele desenvolveu pela gramática. Ele desmembrou, como fazia com seus brinquedos, os livros de português que tinha à disposição, e consegue transitar da linguagem oral para a escrita com a propriedade de quem entende as ferramentas com que trabalha", aponta a artista, que atua em várias instâncias do teatro e cursa Pós-graduação em Artes Cênicas, na Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Os supridores passou por diversas reescritas ao longo do tempo. "Foi escrito durante anos, por vários motivos, porque demoro a escrever, mas também porque eu tinha que conciliar com a obra com a portaria, com os trabalhos que eu estivesse fazendo no momento", afirma.
Durante muito tempo após escrever a primeira versão, Falero tentou contato com várias editoras para publicar a obra, sempre sem sucesso. Mas, ao mesmo tempo, ele ia amadurecendo como escritor e começava a fazer várias alterações na obra até completar uma segunda versão, em 2017. "O Mano Brown falou sobre isso no podcast dele (Mano a Mano). Eu acho que é positivo que a gente se transforme numa outra coisa", diz. O livro ainda sofreria alterações de linguagem, trazendo uma oralidade maior na fala dos personagens.
O que primeiro chamou a atenção do professor Luís Augusto Fischer, que convidou Falero a integrar a Revista Parêntese escrevendo crônicas semanais, foi a combinação entre um controle muito notável da linguagem, em vários registros e dialetos sociais, e a abordagem crua da vida de comunidades periféricas. "Nas crônicas, a mesma coisa, com o acréscimo do registro de memórias da formação do Falero, as quais oferecem um painel vivo da vida na pobreza, sem autopiedade, com grande dignidade e uma excelente visada de conjunto sobre a sociedade", aponta. Em breve, Os supridores terá uma versão traduzida para o francês.
Futuro e próximo livro
Escritor José Falero está trabalhando em um romance, seu quarto livro, que deve ser lançado no ano que vem
/Andressa Pufal/JC
José Falero já está trabalhando em seu novo livro, que tem o título provisório de Quase homem, com provável data de lançamento para 2023. Ele conta que deseja fazer algo que não conseguiu no seu romance anterior, em termos de estrutura. "Eu quero desenvolver linhas dramáticas autônomas, acompanhando duas ou três histórias a partir de uma principal", diz.
Na trama, ainda não revelada, ele pretende abordar o tema da masculinidade. "Se fala muito sobre isso, mas eu vejo poucas pessoas debatendo como isso se modela. Como é que se constrói? Tipo, do momento da criança até a vida, como isso vai se configurando na mentalidade daquela pessoa", reflete. O livro vai sair, mais uma vez, pela editora Todavia.
Outro ponto que ele pretende trabalhar mais é a presença de personagens mulheres. A proposição partiu de mais uma troca com Dalva, que disse que sentia falta de personagens femininas nos textos do companheiro. "Eu argumentei que experimento a sociedade como homem, mas a gente começou a conversar e eu me dei conta que sou rodeado de mulheres, e que elas foram e são mais importantes na minha vida do que os homens", comenta. Ele salienta que o fato da presença masculina não ser tão presente é quase uma constante, sendo muito comum entre pessoas que ele conhece.
Com grande sucesso derivado de Os supridores, Falero reflete sobre a pressão para escrever, algo que, ironicamente, ele revela que pensava que não daria atenção. "É muito difícil não levar em conta a expectativa das pessoas. Muita gente comentando que quer ver o próximo, e então você senta e aquela multidão falando na tua cabeça. Não consigo deixar de pensar nisso e, ao mesmo tempo, não quero me guiar por isso, quero ser espontâneo, quero escrever algo que eu ache que faça sentido", diz.
Para o escritor Jeferson Tenório, ainda ouviremos falar da produção de Falero por um bom tempo. "Ele é uma das maiores vozes da literatura brasileira atualmente. Em vários aspectos: na linguagem, nos temas que aborda, na visão estética e social. Nos conhecemos em 2018 e desde então tenho admirado e aprendido com as suas reflexões. Para mim, é um privilégio ser seu amigo", afirma.
Falero se sente agradecido, mas também impressionado com toda a recepção que vem recebendo e o que pode acontecer no futuro. "Estamos na era do cancelamento, né? E todo o fato social que tu puder imaginar é sempre atravessado pelos marcadores de raça, de gênero e de classe. E até nisso tu consegue ver que há pessoas que são canceladas mais facilmente do que outras. Aí já perdeu o contrato, perdeu seguidores. Eu consigo sentir que as pessoas estão esperando eu fazer ou falar alguma besteira, sabe?", desabafa.
Quando fala no futuro, o escritor sempre pensa no lado profissional junto. Ele diz que, até há pouco tempo, pensava em já fazer uma graduação depois que terminasse o EJA, por ser difícil o mercado do livro no Brasil, e entender que são poucas as pessoas que vivem apenas disso. "Só o que que acontece? O cavalo encilhado está passando, e eu não posso pegar e dizer que não vou lançar livro agora, que não vou aos eventos. Então eu estou deixando a graduação para depois e tentando aproveitar ao máximo todas essas oportunidades. Mas sei que tudo é muito incerto, ou até quando as coisas vão rolar, tá ligado?", conclui.
Livros de José Faleiro
Livro 'Os supridores' colocou José Falero entre os destaques da literatura brasileira
/TODAVIA/DIVULGAÇÃO/JC
- 2019 - Vila Sapo - Editora Vienas Abertas
- 2020 - Os supridores - Todavia
- 2021 - Mas em que mundo tu vive? - Todavia
* Rafael Gloria é jornalista, mestre em Comunicação pela Ufrgs, editor fundador do Coletivo de Jornalismo Cultural Nonada – Jornalismo Travessia e sócio da agência Riobaldo