Quem integra o Polo Petroquímico de Triunfo

Conheça algumas das empresas que fazem parte do complexo

Por JC

ECO especial polo petroquímico de Triunfo - Data: 14.01.2014.Local: Triunfo, Rio Grande do Sul.
Pedro Carrizo, especial para o JC
Conheça algumas das empresas que fazem parte do complexo. 

Braskem, a gigante da indústria petroquímica e a maior da cidade

Após a conclusão da aquisição da Copesul em 2007, a Braskem passou a ser maior controladora do Polo Petroquímico de Triunfo. A Braskem tem seis unidades industriais no Polo do Rio Grande do Sul, além de seis plantas piloto, e responde por 80% dos ativos do complexo, produzindo mais de 5 milhões de toneladas de químicos e resinas termoplásticas por ano no Polo Petroquímico de Triunfo.
Na central de matérias-primas, onde os insumos básicos são transformados em compostos para as indústrias de segunda geração, a Braskem possui três plantas: duas de eteno fóssil e uma de eteno verde.
Já na 2ª geração, a empresa possui mais três plantas: uma de polietileno fóssil, uma de polietileno verde e outra de polipropileno.
Os produtos são escoados para diversos segmentos industriais, como o de embalagens, materiais hospitalares, transporte e outros.

Innova atende mercados de eletrodomésticos, descartáveis, embalagens e eletroeletrônicos

A Innova é responsável pela produção de monômeros de estireno e poliestireno em Triunfo. No caso do poliestireno, os compostos plásticos são utilizados em mercados como os de eletrodomésticos, descartáveis, embalagens, eletroeletrônicos. Já no caso do estireno, a produção é escoada para confecção de borrachas, resinas acrílicas e poliéster. Em 2021, a empresa começou a operar a Central de Geração de Vapor e Energia Elétrica (CGVE), construída na petroquímica de Triunfo, com 30 mil kW de potência instalada, que passou a fornecer energia renovável a partir de biomassa de resíduos vegetais. A capacidade instalada em geração de energia elétrica equivale ao consumo de 420 mil habitantes, ou seja, à soma dos municípios de Canoas e Montenegro, no Rio Grande do Sul.
A planta da Innova é a única no País a integrar a produção do etilbenzeno, monômero de estireno, tolueno, poliestireno para uso geral e de alto impacto, bem como o poliestireno expansível. Ela sedia também o Centro de Tecnologia em Estirênicos (CTE), referência nacional na produção de patentes no segmento.

Oxiteno fica com produção de solventes oxigenados para ramos de tinta e revestimento

A planta da Oxiteno, antiga subsidiária da Ultrapar, em Triunfo, é responsável pela produção de solventes oxigenados metiletilcetona (MEK), utilizados pela indústria de tintas e revestimentos. Neste ano, foi finalizada a compra da empresa por parte da Indorama Ventures Public Company Limited (IVL), a maior produtora mundial de resinas PET, por US$ 1,3 bilhão.
"Agora que a Oxiteno faz parte de um grupo tão relevante no mundo, esperamos que isso contribua no aumento da produção aqui no Rio Grande do Sul", diz Victor Guidobono, gerente industrial da Oxiteno.
Conforme Guidobono, a parte da produção da Oxiteno é escoada atualmente para outra indústria da empresa em Mauá, em São Paulo. Do restante, 50% é exportada e a outra metade abastece o mercado doméstico brasileiro.

Produção da Arlanxeo abastece indústria automotiva, de pneus e construção civil

A Arlanxeo é detentora de duas plantas industriais em Triunfo, uma responsável pela produção de ESBR (borracha de butadieno estireno em emulsão) e outra de EPDM (monômero de etileno-propileno-dieno) e EPM (monômero de etileno-propileno). Na planta de ESBR, as borrachas sintéticas produzidas são usadas, principalmente, nas indústrias automotiva e de pneus. Outras aplicações incluem a fabricação de borracha, equipamentos médicos, calçados, materiais esportivos e de lazer. Já as borrachas de EPM/EPDM são usadas em peças automotivas, material de construção civil, isolamento de fios e cabos elétricos. Os aditivos produzidos são usados em lubrificantes. As duas plantas juntas produzem cerca de 100 mil toneladas de compostos ao ano.

White Martins fornece gases industriais em Triunfo

Não é só de petroquímicas que vive o Polo de Triunfo. Para o trabalho das indústrias, é necessário um abastecimento constante de energia para a produção, e quem faz isso no complexo é a White Martins.
No Polo, é fornecedora de oxigênio, hidrogênio, nitrogênio, especiais e ar comprimido, tendo o nitrogênio gás como seu principal produto. A planta de Triunfo também abastece unidades de saúde e exerce papel fundamental no fornecimento de oxigênio medicinal para a região.

GS Inima gere todo recurso hídrico usado na produção do Polo

A GS Inima é a responsável pela gestão de toda a água do Polo, como captação, tratamento, além de fornecimento de água industrial e potável para as empresas. Com capacidade para captar 6 mil m³ de água bruta por hora, a Estação de Tratamento de Água da GS Inima trata, atualmente, cerca de 67 milhões de litros de água por dia. Presente desde 2019 no complexo, a empresa produz dois tipos de água industrial, uma convencional, denominada de água clarificada, e outra de padrão de pureza extremamente elevado, denominada água desmineralizada, utilizada em processos industriais mais sensíveis. Todo o processo de produção e a qualidade da água tratada é monitorado por um sistema de automação e controle, que inclui instrumentos de medição em tempo real, agregando o que há de mais moderno em termos de instrumentação analítica.

Sitel é referência no tratamento de efluentes petroquímicos

Responsabilidade da Corsan, o Sistema Integrado De Tratamento de Efluentes Líquidos (Sitel) foi implantado em 1982, juntamente com o Polo Petroquímico do Sul, realizando o tratamento de todos os efluentes petroquímicos das indústrias, que geram aproximadamente 18.000 m³/dia de efluentes líquidos inorgânicos e orgânicos.
Esses efluentes são recebidos na Estação de Tratamento de Efluentes (ETE), onde o afluente bruto inorgânico (ABI), proveniente das torres de resfriamento das indústrias do Polo, dispõe de tratamento preliminar e primário. A média do ABI recebida em 2022 é de 259 m³/h, sendo a capacidade de tratamento do efluente inorgânico de 469 m³/h.
O sistema é composto de tratamento preliminar - separação de sólidos grosseiros e areia; tratamento primário - separação de água, óleo e equalização; tratamento secundário - sistema de lodos ativados (reator aeróbio) e tratamento terciário —, e lagoas de estabilização. Este ciclo de tratamento tem duração de 40 dias aproximadamente. Todo o efluente tratado e o lodo biológico gerado no processo é disposto em área licenciada.