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HISTÓRIA

- Publicada em 04 de Dezembro de 2022 às 16:48

Descentralização motivou escolha de Triunfo para construção do polo petroquímico

Triunfo ganhou prestígio para se tornar a terceira base do tripé petroquímico brasileiro, ao lado de Bahia e São Paulo

Triunfo ganhou prestígio para se tornar a terceira base do tripé petroquímico brasileiro, ao lado de Bahia e São Paulo


BRASKEM/DIVULGAÇÃO/JC
Pedro Carrizo, especial para o JC
Pedro Carrizo, especial para o JC
Na década de 1970, o consumo de petroquímicos no Brasil crescia cerca de 25% ao ano. Diante da demanda latente, o governo nacional entendeu que era hora da implantação do terceiro complexo petroquímico, agora em outra região do País, promovendo a descentralização do desenvolvimento industrial. Foi neste contexto que a idealização do Polo de Triunfo ganhou o prestígio necessário para se tornar a terceira base do tripé petroquímico no Brasil, se unindo aos complexos de Bahia e São Paulo.
Em 1973, a Fundação de Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (Cientec) iniciou estudo preliminar sobre a viabilidade da implantação do terceiro complexo petroquímico no Estado e quais seriam as alternativas de localização. Entre as razões da escolha por Triunfo, os chamarizes da região foram as condições para executar ações de proteção ambiental e escoamento de produção (ferrovia, hidrovia e rodovias). Em setembro de 1977, as obras de construção da Central de Matérias-Primas do Polo Petroquímico, então Copesul, braço da Petrobras, iniciaram com mais de 10 mil trabalhadores. Após cinco anos, em 1982, nascia o Polo de Triunfo, já com a especificação do eteno e a condição de fornecimento da matéria-prima.
No entanto, na época em que foi inaugurado, a demanda por petroquímicos no Brasil já não era a mesma: caiu para 15% ao ano após os choques de petróleo em 1973 e 1979. Foi isso que levou o Polo de Triunfo a se vocacionar à exportação, explica Sidnei Anjos, diretor administrativo do Comitê de Fomento Industrial do Polo (Cofip RS). Em 1992, o Polo de Triunfo viveu um novo marco em sua história, com o leilão de privatização da Copesul, cujo controle acionário foi dividido entre os grupos Ipiranga e Odebrecht, que fundou a Braskem em 2002.
Polo/Divulgação/JC
O leilão no início dos anos 1990 foi consequência do processo de desestatização, abertura econômica e reestruturação da indústria petroquímica nacional que o País vivia na época.
A consolidação da nova estrutura de governança do polo, no entanto, só veio a ocorrer 15 anos depois. Em 2007, Petrobras, Ultra e Braskem compraram o grupo Ipiranga pela soma de US$ 4 bilhões. Enquanto as duas primeiras companhias focaram-se nos ativos de combustíveis, a última, controlada pela Odebrecht, assumiu a parte petroquímica. Com isso, além de conquistar o controle da central petroquímica de Triunfo, a Braskem ainda ficou com algumas plantas de segunda geração que a Ipiranga possuía no local.
De acordo com Anjos, a integração dos ativos petroquímicos facilitou o alinhamento das estratégias empresariais de companhias anteriormente distintas, permitindo maior eficiência nos processos produtivos e respostas mais rápidas às mudanças do mercado.
Polo/Divulgação/JC
 
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