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Publicada em 04 de Junho de 2024 às 21:07

Fraport estima custo inicial de R$ 362 milhões para reabrir Salgado Filho

CEO da Fraport (esq.) apresentou estimativa em reunião com ministro Paulo Pimenta (centro)

CEO da Fraport (esq.) apresentou estimativa em reunião com ministro Paulo Pimenta (centro)

JOAQUIM MOURA/DIVULGAÇÃO/JC
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Patrícia Comunello
A Fraport Brasil, concessionária do Aeroporto Internacional Salgado Filho, estima em R$ 362 milhões o "custo inicial" para colocar o complexo aeroportuário novamente em operação em Porto Alegre. O aeroporto está fechado desde 3 de maio devido à inundação histórica que atinge o Rio Grande do Sul. A reativação foi prevista para dezembro. A paralisação afeta fortemente as ligações com o Estado. A Base Aérea de Canoas (Baco) virou ligação, mas com capacidade limitada de voos.
A Fraport Brasil, concessionária do Aeroporto Internacional Salgado Filho, estima em R$ 362 milhões o "custo inicial" para colocar o complexo aeroportuário novamente em operação em Porto Alegre. O aeroporto está fechado desde 3 de maio devido à inundação histórica que atinge o Rio Grande do Sul. A reativação foi prevista para dezembro. A paralisação afeta fortemente as ligações com o Estado. A Base Aérea de Canoas (Baco) virou ligação, mas com capacidade limitada de voos.
A descrição detalhada dos custos, com itens e ações, foi entregue nesta terça-feira (4) pela CEO da empresa de capital alemão, Andreea Pal, ao ministro extraordinário de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, Paulo Pimenta, em reunião na Capital.
"Foi muito boa", disse Andreea, ao comentar rapidamente sobre o encontro, na chegada ao aeroporto onde veículos de imprensa tiveram acesso às áreas internas, para registrar os impactos da inundação. Ela também apresentou ações tomadas até agora, desde limpeza das áreas, drenagem e começo de testes na pista, que é a grande incógnita e depende de coleta e exame de solo.
A previsão da concessionária é de reabrir o Salgado Filho em dezembro, projeção repassada em vistoria nessa segunda-feira (3) no complexo. Pimenta e técnicos da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) estavam na visita ao terminal.   

"A Fraport está com pressa máxima para recuperar e voltar o quanto antes, como nós e governo federal", disse o secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado, Ernani Polo, que acompanhou a reunião com o ministro.
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Pista deve receber recuperação da pavimentação e instrumentos de apoio aos pousos. Fotos: Tânia Meinerz/JC 
Além de Polo e Andreea, também participaram o deputado que coordena a Frente Parlamentar da Aviação Regional da Assembleia Legislativa (AL-RS), Frederico Antunes, e Milton Zuanazzi, secretário de Planejamento, Sustentabilidade e Competitividade do Ministério do Turismo.
"O cálculo (custo) tem desde equipamentos eletrônicos, raio-x, sistema de bagagem à recuperação da áreas da pista", lista Polo, citando que Pimenta fez contato com o Ministério de Portos e Aeroportos, em meio à reunião, e disse que espera ter novidade sobre recursos até sexta-feira.
"O ministro sinalizou que a União pode fazer aporte e depois ver como fica o contrato", comentou o titular da pasta de Desenvolvimento.
Na lista de custos, as maiores cifras são para destinação de resíduos do lado ar - área da pista (R$ 71,7 milhões), recuperação de subestações de energia (R$ 56 milhões), obras nas taxiways - pistas acessadas pelas aeronaves até a ponte de embarque (R$ 55 milhões), pavimentação da pista (R$ 34 milhões),  equipamentos de auxílios visuais à navegação (quase R$ 30 milhões), terminal - desde mobiliário, revestimentos e hidráulica (R$ 26 milhões) e recuperação de valas de drenagem (R$ 20 milhões).
Polo comentou que a CEO da concessionária informou que ainda não foi possível remeter amostras do solo para análise laboratorial, pois os estratos do terreno ainda estão muito encharcados.
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Água, lama e detritos tomaram conta de equipamentos de processamento para funcionários acessarem áreas da pista  
O secretário citou que o governador Eduardo Leite vai a Brasília esta semana. Agendas no governo federal incluem a pauta do Salgado Filho. "Estamos muito envolvidos devido aos impactos na economia, fluxo de turistas e  empresários e executivos. A não operação do aeroporto deixa o Estado em situação mais difícil, por isso trabalhamos intensamente para voltar o mais rádio possível (operação)", ressaltou Polo.
"O aeroporto é a grande prioridade na logística", garantiu Pimenta, após o encontro. "Por mais que tenha de reativar a rodoviária e fazer o Trensurb chegar a Porto Alegre, nada se compara à importância de reativar o aeroporto. Temos de abreviar estes prazos", deu o tom Pimenta.
"Queremos dar ritmo à busca de soluções para termos resultados com rapidez. Cada dia, cada semana que passa traz enormes prejuízos. Essa reunião é demonstração que queremos que as coisas funcionem em um ritmo bastante intenso", completou o ministro. 
A concessionária já pediu reequilíbrio econômico-financeiro do contrato à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), antevendo o rombo com o evento climático.
Na lista da Fraport, também é indicado que estão sendo feito estudos sobre o uso do Aeroporto de Torres. O terminal, no Litoral Norte, não tem voos regulares. Torres e mais voos no aeroporto de Caxias do Sul seriam opções para ofertar mais ligações com destino à Serra, como Gramado, um dos principais polos de turismo do País.

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