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Publicada em 03 de Junho de 2024 às 13:33

Aeroporto Salgado Filho pode reabrir em dezembro

Vistoria reuniu autoridades federais, estadual e concessionária no complexo aeroportuário

Vistoria reuniu autoridades federais, estadual e concessionária no complexo aeroportuário

CRISTIANO GUERRA/DIVULGAÇÃO/JC
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Patrícia Comunello
O Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, poderá ser reaberto e voltar a ter voos na segunda quinzena de dezembro deste ano. Nesta segunda-feira (3), o aeroporto completou um mês fechado devido à inundação histórica.
Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, poderá ser reaberto e voltar a ter voos na segunda quinzena de dezembro deste ano. Nesta segunda-feira (3), o aeroporto completou um mês fechado devido à inundação histórica.
A projeção de prazo foi feita pelo ministro extraordinário de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, Paulo Pimenta, após ser validada pela concessionária Fraport Brasil, de capital alemão, durante vistoria na pista do Salgado Filho.
Na manhã desta terça-feira (4), a concessionária entrega oficialmente a Pimenta, no escritório da pasta na Capital, o plano de trabalho das ações para a reabertura do complexo e que foram apresentadas na agenda desta segunda.     
O complexo tinha, em média, 150 voos diários, antes da paralisação completa. A inspeção, nesta segunda-feira, foi dirigida pela CEO da Fraport Brasil, Andreea Pal, nas áreas do Salgado Filho, com participação ainda da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), da Secretaria Nacional de Aviação Civil (SAC), do Tribunal de Contas da União (TCU), da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e de representantes do Estado e da Assembleia Legislativa.
"Se tudo der certo e se os impactos não forem tão profundos como se espera, podemos ter o aeroporto funcionando em dezembro", disse o ministro, coma chancela da avaliação feita pelo comando da Fraport, segundo apurou o Plano de Voo. Mesmo a reativação, caso ocorra em seis meses, não deve ser na capacidade total anterior à tragédia climática.  
Pimenta afirmou, após a vistoria, que a Fraport passou informações sobre o começo da limpeza, testes de solo e prazo. "É uma prioridade acompanhar e fazer com que o aeroporto possa funcionar no menor tempo possível", destacou o ministro. "É estratégico para a logística e economia do Estado", ressaltou o ministro. 
Pimenta também comentou que será preciso que o Ministério de Portos e Aeroportos e Fraport avancem nas tratativas sobre as questões para "restabelecer o equilíbrio do contrato da concessão". "Mas isso não pode ser impeditivo. Que o trabalho seja acelerado, que avance na limpeza, sondagem, reconstrução", cobrou Pimenta.
A Fraport informou que começou nesta segunda-feira a limpeza no complexo e avaliação sobre o impacto da água na pista, que deve levar 45 dias. Além disso, a concessionária já acionou seguradoras que já fazem exame das condições da operação, buscando cobertura a danos. A intenção é acelerar os procedimentos, diz a concessionária.     
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Equipes da concessionária já começaram a fazer a limpeza da pista e dos acessos usados pelas aeronaves. Foto: Cristiano Guerra/Divulgação 
Em nota, a empresa descreveu que a "limpeza consiste em uma ampla varredura em toda a extensão das pistas, taxiways e pátios de aeronaves para a retirada de entulhos e detritos". Os danos e valores para recuperação ou reposição de equipamentos atingidos pela inundação, desde esteiras de bagagens, sistemas de orientação de aproximação de voos e outros instrumentos, ainda não foram dimensionados, disse a empresa.  
"Foram iniciados os testes e as sondagens para avaliação da resistência do solo, desde a compactação até a pavimentação, para que tecnicamente seja possível afirmar os impactos causados pelo acúmulo de água durante as últimas semanas", explicou a Fraport. Os testes devem levar 45 dias, prazo dependerá das condições climáticas, preveniu. A estimativa é detalhar as necessidades de intervenções na pista até início de julho.
“Estamos atuando junto ao governo federal para acelerarmos a retomada do aeroporto e fazendo a nossa parte com diversas atividades já iniciadas. Se os impactos forem menores do que os previstos inicialmente, vamos torcer para que o aeroporto esteja disponível para o final do ano”, declarou Andreea Pal, na nota.
O coordenador da Frente de Aviação Regional da AL-RS, o deputado estadual, Frederico Antunes, observou que o prazo vai depender da questão técnica e do acerto com a União. Nesta terça-feira, tem novo encontro entre Pimenta e Fraport para dar seguimento às conversas. "A CEO informou que fornecedores de alguns equipamentos contatados deram 120 dias para entregar alguns itens. Vamos pedir ao governo federal mais à frente para entrar nisso e ver como encurtar o caminho", adiantou Antunes.  
A Fraport já solicitou à Anac o chamado reequilíbrio econômico-financeiro do contrato, para suportar a conta dos danos, ainda não estimada, mas que pode chegar a centenas de milhões, caso a pista tenha sofrido maior estrago.   
Ainda há passivo a ser pago à Fraport, também em função de revisão contratual, dos prejuízos da pandemia de Covid-19, que foram validados pela Anac e pelo governo federal. A conta abrange a paralisação e queda no tráfego, devido aos efeitos da crise sanitária, que começa em 2020 e se prolonga por 2021 e 2022.   
primeira vistoria foi feita na semana passada pelo ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, e técnicos da Anac, que percorreram a pista e as instalações internas. 
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Ministro percorreu a pista de pousos já sem inundação na semana passada. Foto: Ministério de Portos e Aeroportos/Divulgação/JC  
O governador gaúcho, Eduardo Leite, voltou a falar sobre o andamento das tratativas para a recomposição da operação. "É muito importante que o governo (federal) construa uma solução junto à concessionária para dar segurança sobre o reequilíbrio", reforçou o chefe do Piratini.
"Há projeção de que podem chegar a R$ 1 bilhão os investimentos necessários para restabelecer o aeroporto", projetou Leite, defendendo que é preciso reabrir o aeroporto o "quanto antes": "É ponto crítico no Estado", pelo efeito para "o desenvolvimento e geração de empregos.
O complexo vinha numa escalada de crescimento do movimento, interrompido pelo evento climático. Hoje a alternativa é a Base Aérea da Canoas (Baco), mas que faz 10 voos diários com Azul, Gol e Latam, entre pousos e decolagens. A Baco tem limitações técnicas para dar conta de  mais fluxo, mesmo que o ministro de Portos e Aeroportos tenha dito que o número de viagens seria dobrado este mês

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