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Publicada em 03 de Junho de 2024 às 11:31

Aeroporto Salgado Filho completa um mês fechado com vistoria e sem data para reabrir

Pimenta (centro), ao lado da CEO da Fraport Brasil, percorrem áreas do terminal de passageiros

Pimenta (centro), ao lado da CEO da Fraport Brasil, percorrem áreas do terminal de passageiros

VOLTAIRE SANTOS/DIVULGAÇÃO/JC
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Patrícia Comunello
O Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, completa nesta segunda-feira (3) um mês fechado devido à inundação histórica e sem uma resposta: quando vai ser possível reabrir o complexo que chegou a ter, em média, 150 voos diários, antes da paralisação completa. Nesta segunda-feira, nova vistoria está sendo feita, com governo federal, Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e Fraport Brasil.
O Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, completa nesta segunda-feira (3) um mês fechado devido à inundação histórica e sem uma resposta: quando vai ser possível reabrir o complexo que chegou a ter, em média, 150 voos diários, antes da paralisação completa. Nesta segunda-feira, nova vistoria está sendo feita, com governo federal, Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e Fraport Brasil.
As autoridades, como o ministro extraordinário de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, Paulo Pimenta, o órgão regulador e representante do governo gaúcho foram ao terminal no fim da manhã. A CEO da Fraport Brasil, Andreea Pal, conduz o grupo pelas áreas. Em vídeo repassado à seção Plano de Voo, Andreea comenta sobre áreas novas que haviam sido instaladas e que foram afetadas. 
Há expectativa, já manifestada por Pimenta, de que a Fraport apresente nos próximos dias um cronograma de ações. Após a vistoria, vai ocorrer reunião para avaliar, atualizar informações sobre os impactos ao complexo e projetar novos passos.
A concessionária já solicitou à Anac o chamado reequilíbrio econômico-financeiro, para suportar a conta dos danos, ainda não estimada, mas que pode chegar a centenas de milhões, caso a pista tenha sofrido maiores danos. O ministro extraordinário já manifestou que vai haver aporte do governo. Eventos como a inundação são considerados fora de previsão normal do contrato. A Fraport espera formalizar as condições que vão sustentar a necessidade de aportes, ainda a serem calculados.  
Ainda há passivo a ser pago à Fraport, também em função de revisão contratual, dos prejuízos da pandemia de Covid-19, que foram validados pela Anac e pelo governo federal. A conta abrange a paralisação e queda no tráfego, devido aos efeitos da crise sanitária, que começa em 2020 e se prolonga por 2021 e 2022.   
primeira vistoria foi feita na semana passada pelo ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, e técnicos da Anac, que percorreram a pista e as instalações internas. 
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Ministro percorreu a pista de pousos já sem inundação na semana passada. Foto: Ministério de Portos e Aeroportos/Divulgação/JC  
O governador gaúcho, Eduardo Leite, voltou a falar sobre o andamento das tratativas para a recomposição da operação.
"É muito importante que o governo (federal) construa uma solução junto à concessionária para dar segurança sobre o reequilíbrio", reforçou o chefe do Piratini.
"Há projeção de que podem chegar a R$ 1 bilhão os investimentos necessários para restabelecer o aeroporto", projetou Leite.
O complexo vinha numa escalada de crescimento do movimento, interrompido pelo evento climático. Hoje a alternativa é a Base Aérea da Canoas (Baco), mas que faz 10 voos diários com Azul, Gol e Latam, entre pousos e decolagens. A Baco tem limitações técnicas para dar conta de  mais fluxo, mesmo que o ministro de Portos e Aeroportos tenha dito que o número de viagens seria dobrado este mês
A projeção de um prazo, pois a data é impossível, pode sair até julho. Dois movimentos importantes entram em cena e serão comandados pela Fraport Brasil, com acompanhamento do governo federal e da Anac. O Salgado Filho é uma concessão, com ativos que estão sob gestão do grupo alemão, que presta contas à União e deve assegurar a manutenção e condições de operação
Deve ter início a limpeza das áreas da pista, graças à redução do nível da água, após medidas para acelerar a retirada, que incluíram o apoio de arrozeiros com bombas para remover a água à outra área com menor inundação. Também já está sendo providenciada pela concessionária a contratação de empresa que fará testes de solo que indicarão o impacto da água pelo tempo que durou a inundação.
Antes da resposta sobre a reabertura, a concessionária precisará saber a extensão do dano ao traçado para pousos e decolagens e para as demais infraestruturas externas, incluindo equipamentos de auxílio aos voos. Dentro do terminal, já começam trabalhos para recuperação. Esteiras de bagagens foram afetadas. 

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