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Azul cancela segunda rota para cidade do interior do Rio Grande do Sul
Companhia deixou de fazer a ligação para a Serra Gaúcha em 1 de dezembro
Mais um voo ligando Porto Alegre ao interior gaúcho usando pequenas aeronaves foi suspenso pela Azul em pouco mais de quatro meses. Desta vez, o destino era Vacaria, na Serra Gaúcha, desativado em 1 de dezembro. Em agosto, a aérea deixou de fazer a viagem a São Borja, na Fronteira Oeste, devido a problemas na operação do aeroporto. Desta vez, a razão é a baixa demanda.
Em nota, a companhia alegou que suspendeu a conexão por "ajuste de capacidade à demanda".
A ligação começou em agosto de 2021, dentro de expansão da malha e em meio à oferta de quase dez novos voos para pequenos aeroportos.
A coluna Plano de Voo embarcou em 12 destinos durante 20 dias.
No primeiro ano, foram 200 passageiros transportados entra a Capital e Vacaria, segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Este ano foram quase 500 pessoas, 144,5% a mais de tráfego.
Sobre eventual retomada da ligação que era feita usando avião de nove assentos, o Gran Caravan, a companhia descarta "planos imediatos" de reativação e acrescenta que "espera um dia poder retomar o atendimento a esta importante cidade do Rio Grande do Sul".
Passageiros que haviam comparado bilhetes foram informados com antecedência sobre o fim do voo, diz a empresa, esclarecendo que reacomodou as pessoas em outras opções de transporte.
Para quem embarcaria em Vacaria, com destino para fora do Estado, a opção mais perto é ir a Caxias do Sul, onde a Azul tem voos para Campinas, em São Paulo. Outra opção seria vir a Porto Alegre, para embarcar em voo no Aeroporto Internacional Salgado Filho.
A expansão da malha regional dentro do Estado, para pequenos aeroportos, teve o ápice no segundo semestre de 2021. A Azul chegou a ter 12 destinos, sendo quatro operados com aviões ATR 72, turbo-hélice, ligando Porto Alegre a Pelotas, Uruguaiana, Santa Maria e Santo Ângelo.
Incentivos fiscais com redução de alíquota do ICMS para o querosene de aviação, usado nas aeronaves, impulsionaram a oferta. Para ter mais redução, com a alíquota interna chegando a 4%, as aéreas precisam operar com mais assentos e destinos para o interior.