Prioridades para os eleitos nos oito maiores colégios eleitorais do RS

A educação é uma das áreas mais desafiadoras para o próximo mandato de Sebastião Melo (MDB) em Porto Alegre. Após o município registrar quedas no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica ao longo da primeira gestão, o chefe do Executivo não escondeu a insatisfação com os dados. Desde que foi reeleito, destacou a prioridade de aperfeiçoar a alfabetização e se comprometeu a zerar o déficit de vagas em creches para crianças de 0 a 3 anos. Além da educação, o próximo governo tem o desafio de agilizar o atendimento especializado da saúde de Porto Alegre.

 

O prefeito reeleito de Caxias do Sul, Adiló Didomenico (PSDB), destacou as dificuldades que enfrentou para organizar as contas públicas do município quando assumiu o governo em 2021. Para o próximo mandato à frente da prefeitura, disse que priorizará a saúde, com a construção de nova UPA e ampliação do programa Agenda UBS, de agendamento de consultas por telefone. Outra questão apontada como fundamental é colocar em prática a construção de um novo aeroporto no município, visto por Adiló como estratégico tanto para Caxias quanto para toda a região da Serra.  

 

O próximo prefeito de Canoas, Airton Souza (PL), afirmou a necessidade de reconstrução do município, que foi amplamente impactado pelas cheias que atingiram o Rio Grande do Sul em maio de 2024. O futuro gestor disse que as ênfases serão na recuperação da economia, da educação e da saúde. Nesta última área, firmou o compromisso de diminuir as filas de espera por exames de mamografia e de procedimentos cirúrgicos simples. Para alcançar esse objetivo, pretende propor a realização de parcerias com instituições de saúde.

 

Em Pelotas, o prefeito eleito Fernando Marroni (PT) elencou a pauta da saúde como prioritária. Ressaltou a conclusão do novo pronto-socorro da cidade, cujo orçamento é de mais de R$ 59 milhões, em um projeto que inclui 121 leitos clínicos. Em novembro, Marroni afirmou ter desafios financeiros no processo de transição, especialmente no passivo trabalhista, estimado em R$ 30 milhões decorrentes da desativação do atual pronto-socorro. 

 

Rodrigo Decimo (PSDB), que é o atual vice-prefeito de Santa Maria, e em outubro foi eleito para comandar o município, destacou, logo após sua eleição, três pilares de desafios que considera essenciais para o próximo mandato. São eles: promover a educação com inovação, a infraestrutura com logística e o desenvolvimento econômico. Quanto aos dois últimos itens elencados, Decimo citou a duplicação da RSC-287, que foi iniciada em novembro de 2024, como forma de aproximar Santa Maria de Porto Alegre, e, para fortalecer a economia, ressaltou a capacidade turística do município.

 

Prefeito reeleito de Gravataí, Luiz Zaffalon (PSDB) afirmou que um dos principais focos para a próxima gestão é a divulgação do município como um "bom lugar para se viver e se investir". Os desafios elencados pelo chefe do Executivo se concentram especialmente na educação, com a avaliação do governo de que há muitos alunos que chegam ao terceiro ano do Ensino Fundamental sem estarem devidamente alfabetizados. Outra questão é um projeto de construção de novo hospital no município nos moldes Santa Casa, em que o prefeito pretende avançar para que a proposta saia do papel na próxima gestão. 

 

Gustavo Finck (PP), eleito prefeito de Novo Hamburgo, afirmou desejar realizar ações que transformem o município em um "polo de oportunidades", através do desenvolvimento econômico, da inclusão social e da sustentabilidade. Além disso, para a saúde, apontou medidas que devem ser adotadas, como a construção de uma nova UPA 24h e reformas em todos os postos de saúde municipais. Já na educação, elencou a ampliação de vagas e de horários nas creches como prioridades da próxima gestão. 

 

Delegado Heliomar (PL), eleito prefeito de São Leopoldo, destacou os temas inovação, desburocratização, informatização e combate à corrupção como focos prioritários da próxima gestão. Entre os desafios, disse que pretende dar ênfase a melhorias na saúde pública, e, neste sentido, disse ter mantido conversas com a Unisinos para que o Hospital Centenário se torne hospital-escola. Outra prática que disse ter a intenção de adotar é a promoção de parcerias público-privadas no município.