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Dupla Grenal equilibra as finanças e sonha com títulos grandes em 2024
Inter e Grêmio acreditam estar no caminho certo para retomar o caminho das conquistas na próxima temporada
Por Cássio Fonseca
Com um olhar esperançoso, a dupla Grenal dá a largada em 2024 com grandes pretensões. Depois de um ano regado de emoções e ilusões por títulos, Inter e Grêmio acreditam estar no caminho certo para retomar as grandes conquistas. Com situações financeiras melhores que as da última temporada, a promessa é por mais investimento no mercado de transferências.
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Com um olhar esperançoso, a dupla Grenal dá a largada em 2024 com grandes pretensões. Depois de um ano regado de emoções e ilusões por títulos, Inter e Grêmio acreditam estar no caminho certo para retomar as grandes conquistas. Com situações financeiras melhores que as da última temporada, a promessa é por mais investimento no mercado de transferências.
O presidente colorado Alessandro Barcellos comemora a reeleição e se mantém à frente do clube no próximo triênio, na expectativa de elevar o patamar do time após três anos equilibrando as finanças. Já Alberto Guerra, mandatário gremista, espera um Tricolor pronto para a disputa da Libertadores e exalta a receita das grandes competições como trunfo para superar dificuldades nos cofres e investir dentro das quatro linhas.
Barcellos vê grupo forte e foca na qualificação com postura ofensiva no mercado
Mandatário colorado quer colher os frutos do trabalho executado no primeiro triênio (Foto: Fernanda Feltes/JC)
Com a permanência do técnico Eduardo Coudet, o gerente esportivo Magrão e o coordenador das categorias de base Gustavo Grossi se confirmando, o Inter inicia o ano com foco total nas contratações. Com mais dinheiro no caixa, o Colorado mira jogadores importantes para elevar o patamar da equipe e se manter na briga por títulos. Barcellos explica porquê o trabalho em seu primeiro mandato foi direcionado às finanças e como o clube, agora, pode ser protagonista no mercado de transferências.
Barcellos lembra que herdou o clube em meio à pandemia, com a maior dívida da história do Inter - de 2017 a 2020, o déficit saltou de R$ 300 milhões para R$ 600 milhões. "Mesmo assim, a gente conseguiu, nestes três anos, dois vice-campeonatos Brasileiros e uma semifinal de Libertadores, essa última com o grupo totalmente remodelado. Hoje, temos uma equipe competitiva e forte, que inicia um novo ciclo, já que foi a primeira competição que o grupo completo jogou", explica.
O mandatário colorado lembra que a atual situação financeira do clube o coloca numa perspectiva diferente para o ano que vem, tendo em vista que o Inter hoje tem recurso. "Fizemos o dever de casa, equilibramos e estancamos a dívida. Temos uma receita extraordinária de R$ 200 milhões garantida para dentro dos cofres, o que nos permite investir já em janeiro para que possamos colher os frutos daquilo que plantamos a duras penas neste período”, aponta o cartola.
Com o Campeonato Gaúcho dando a largada na temporada, a direção espera ter o time pronto e entrosado para as primeiras fases da Copa do Brasil e, posteriormente, o Brasileirão e a Sul-Americana. No Estadual, o torcedor tem a ânsia de quebrar a hegemonia rival, que se estende nos últimos seis anos.
Barcellos ressalta que o perfil no mercado será ofensivo, mesmo julgando assertivos os movimentos de ir atrás de jogadores em fim de contrato para evitar a compra do passe dos atletas, que foi a saída encontrada pelo clube para contornar a crise.
“Com a nova realidade financeira, a gente pode fazer aportes para investimento e disputar atletas que estão sendo disputados por outros clubes do mercado. A nova condição nos permite fazer contratações com perfil diferente do que fizemos, com jogadores que chegam para disputar a posição. Vimos em 2023 que não é uma exclusividade do Inter, vários clubes tiveram dificuldade de enfrentar mais de uma competição, tanto que dos quatro primeiros do Brasileiro, três não são equipes que estavam disputando campeonatos paralelos como nós, até o final", destaca.
Guerra promete um time competitivo mesmo com dificuldades no caixa
Presidente não descarta a vinda de uma nova estrela com o aporte de investidores (Foto: Renan Jardim/Grêmio FBPA/JC)
É fato que o Grêmio tem uma condição financeira melhor em comparação com o início de 2023. Já estabelecido na Série A depois do vice-campeonato e batendo na semifinal da Copa do Brasil, o clube se mostrou competitivo em seu primeiro ano de volta à elite nacional. Com mais receitas, o presidente Alberto Guerra ainda tem suas ressalvas econômicas, mas pretende brigar pelas principais taças, aprimorando a qualidade do elenco.
“Nossa condição atual é melhor do que a de um ano atrás, mas ainda é preocupante do ponto de vista financeiro. A gente diminuiu o déficit, mas ele ainda existe. É claro que a gente sabe que jogando outras competições, especialmente a Libertadores, vai ter uma fonte de receita maior, que nos permite investir um pouco mais. Além de outras receitas que a gente já vem trabalhando ao longo de 2023. Então, teremos poder de fogo um pouco melhor do que há um ano atrás, para poder brigar pela Libertadores”, prevê o presidente.
Depois da incrível experiência com Luis Suárez, o mandatário tricolor não descarta um negócio similar, com o auxílio de investidores, que dê retorno dentro e fora de campo. “É um modelo que a gente entende que funciona, tanto pro Grêmio quanto para os investidores. Não é qualquer atleta que chega nessa condição, porque tem que ser alguém que já tenha uma certa fama adquirida na carreira. Então é algo que pode ser feito se chegar ao clube um nome que também seja midiático. Mas, por enquanto, não temos ninguém, ainda", avisa.
Ao detalhar o modelo, Guerra explica que esse tipo de negócio passa a ser interessante quando o jogador também tem uma força de mídia que pode divulgar os parceiros do clube: "se ele quer vir jogar no Brasil, se quer jogar no Grêmio e atua em uma posição que nos interessa”, a direção segue de olho no mercado.
No campo das finanças, Guerra se mostra empolgado com a Liga do Futebol Brasileiro (Libra), e espera um desfecho positivo da venda dos direitos de transmissão para 2025 o quanto antes, para municiar os cofres do clube. “Estou bastante otimista, porque as empresas tradicionais que comercializam esses direitos precisam adquiri-los no mínimo um ano antes, para poder vendê-los no mercado. Então, os direitos estão sendo negociados e o prazo já está bastante estrangulado. Acredito em um desfecho positivo ainda no primeiro trimestre do ano que vem".
No entanto, o cartola não demonstra o mesmo otimismo quanto à Liga Unificada - fusão da Libra e da Liga Forte Futebol (LFF). “Essa é uma conversa que deve demorar muito mais tempo, porque não temos todos os clubes dentro do mesmo grupo. Ainda há uma divisão entre os clubes e acho que essa conversa não deve avançar em 2024. As tratativas da Liga pararam justamente porque as negociações dos direitos de televisão tomaram a frente. Cada bloco está negociando os seus direitos, para depois retomar a negociação de uma de uma liga, para que possa se encaminhar um desfecho positivo ou negativo sobre a ideia de juntar os dois blocos".