O comportamento da inflação vai ditar o financiamento dos imóveis em 2024 no Rio Grande do Sul. Se a inflação continuar a baixar a expectativa é de que a taxa de juros também tenha uma redução e com isso haverá um ambiente favorável aos negócios no setor imobiliário. A previsão é do presidente do Sindicato da Habitação, representa as empresas imobiliárias e os condomínios no Rio Grande do Sul (Secovi/RS) e da Associação Gaúcha das Empresas do Mercado Imobiliário (Agademi), Moacyr Schukster. "Com a redução da taxa de juros melhoram os negócios o que acaba por favorecer a prestação dos compradores", destaca.
Para Schukster, a expectativa do setor é que a taxa de juros continue a baixar salvo que alguma situação interfira na economia brasileira e a inflação volte a subir. "Com o juro baixo, o financiamento imobiliário será facilitado para os compradores", explica. Sobre a quantidade de imóveis a disposição no mercado, o presidente do Secovi/Agademi afirma que existe um bom estoque de imóveis usados em todo o Brasil. "Os negócios com imóveis usados continuarão a ser realizados. Não teremos grandes modificações no portfólio de vendas das imobiliárias: imóveis usados ou novos.
Com relação aos imóveis novos, Schukster afirma que existe uma clientela basicamente restrita a pessoas que tem uma renda maior. "Não teremos grandes alterações nos negócios com os chamados imóveis de luxo ou de semiluxo", explica. Agora, com relação ao mercado relacionado ao Minha Casa, Minha Vida, o presidente do Secovi/Agademi destaca que continuarão sendo realizados bons negócios. Já com relação aos imóveis que estão na faixa de R$ 500 mil a R$ 2 milhões destinado a classe média, o dirigente do Secovi/Agademi afirma que será um ano estável. "Com a queda de juros, a previsão é de um acréscimo nas vendas de 2% a 3% em 2024. Não é muito mas é algo significativo para imóveis de compra e venda", acrescenta.
Sobre a locação, o presidente do Secovi disse que a tendência é que o mercado de locação continue a crescer em 2024. "No próximo ano, a previsão é de um aumento no preço das locações que poderá ficar em torno de 5% a 6% dependendo do estado do imóvel", comenta. Conforme Schukster, não falta imóveis para locação no Rio Grande do Sul. O Sindicato conta com representações em 400 cidades gaúchas.
O presidente do Secovi/Agademi destaca que há também a geopolítica internacional como a questão da Argentina que está com problemas na sua economia, a guerra da Rússia com a Ucrânia e o conflito no Oriente Médio entre Israel e Hamas, o que acaba por "perturbar o movimento de comércio internacional. No Brasil, segundo Schukster, quem deseja empreender precisa ficar atento as medidas do governo federal na economia.